Eu me chamaria de louca neste momento. Definitivamente e completamente, uma pessoa louca. Tenho certeza – mais acho do que tenho – de que o universo está tentando devolver minha sanidade no momento ou está rindo da minha cara.
Eu nunca aprendi com meus erros. Tanto que eu os fazia novamente e novamente. Talvez fosse esse o mistério da minha vida. Fazer burrada a cada minuto do dia e depois acordar pensando: "Que merda eu fiz?". Mas parando para pensar, se cada um não cometesse os mesmos erros, o mundo seria diferente. Se tanta gente não persistisse nos erros até enfrenta-los, nós não teríamos – talvez – uma revolução. Mas por enquanto estamos falando de mim e de como eu sou persistente e boa no que faço.
Então ai vai um conselho: Qualquer menina que pense que está grávida porque está passando mal e lembrou que fez burrada nas noites passada, não confie em testes de farmácia. Eles – como as pílulas do dia seguinte – só te dão um por cento de certeza, então reze e vá ao medico. Ele pode ser o pior medico da sua vida, mas exames de laboratório não erram. Eu acho!
Pra uma pessoa que já fez tantas burradas em uma vida só, nem merece reencarnação, mas se eu tivesse, tenho certeza que a próxima seria uma santa. E aqui, sentada na cadeira dura de uma clinica, você pensa na sua vida e fica deprimida.
Viajei, namorei, engravidei, quase morri, separei, beijei, festejei, bebi, casei, engravidei, quase morri, separei, briguei, bebi e continuo fazendo merda. Aí eu penso: "Cara, minha vida de resume em beber, engravidar e quase morrer." Não é atoa que minha vida parece uma novela mexicana.
-Senhorita Tunner. – o medico chamou na porta fazendo sinal para que eu o acompanhasse.
Com o coração na mão e quase tendo um mini-infarto, eu o segui até uma maldita sala de medico. Sentei e esperei que o sorriso da cara dele fosse alguma coisa útil.
-Como está? – ele perguntou.
-Estou na boa. – respondi com simplicidade. – Talvez eu ficasse bem melhor se você me dissesse o que deu no teste, porque ai eu vou embora e você nunca mais vai precisar olhar para minha cara novamente. – sorri.
-Fica tranquila, você vai vim me visitar varias vezes ainda. – ele sorriu.
-Você só pode estar de brincadeira comigo?! – peguei o papel da mão dele e sai da sala bufando.
E eu sai da clinica, batendo todas as portas possíveis que tinham ali. Eu não tinha o objetivo de ir a lugar nenhum. Eu só andei por ai. Como se a vida me pedisse para fazer isso. Para respirar um pouco de ar e esquecer-se dos problemas que eu causei até agora. Eu queria era voltar a ser criança. Com toda aquela inocência e sem qualquer tipo de preocupação existente. Andar de bicicleta com o antigo vizinho que eu chamava de cabeça de limão por causa do seu cabelo e comer os bolos de chocolate da minha mãe. Quando você cresce, você se desconecta de todas as coisas boas do mundo e quando vê, já é mais um adulto. Com trabalho, emprego, talvez esposa e filhos, e que talvez continue fazendo burradas pó aí.
Eu não sei e nem faço a mínima ideia de como cheguei aqui. Mas eu encarei por uns cinco e longos minutos a placa em inglês – que mesmo eu estando com uma dor de cabeça insuportável eu traduzi – Marroni Floricultura. E pude ver os sorrisos de varias pessoas que saiam daquele estabelecimento.
Quando eu entrei o sininho da porta anunciou-me e então me deparei com um sorriso meigo vindo da bancada.
-Ei, o que faz por aqui? – sua blusa era azul e seu avental verde, duas cores que caiam bem nele.
-Eu queria perguntar. As mulheres compram flores por vontade própria ou elas só veem aqui para ver seu sorriso e seus bíceps atendendo-as? – franzi a testa.
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Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)
Roman d'amour-Então isso será nosso final feliz? - Ele me perguntou sorrindo e eu senti vontade de esmurra-lo. - Final feliz? Mas que merda de final feliz é esse, Bradley? - minha raiva extrema passou por todo o meu corpo. - Eu estou feliz, se você não est...