Use Wake Up com moderação (Parte I)

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{Bradley}

-Eu não vou com você! – ela gritou fazendo um bico enorme e fechando a cara em uma carranca horrível.

-Gabriela, para de gritar... – ordenei quase em um sussurro com vergonha de falar alto.

-Eu não ligo para o que os outros pensam. – ela olhou em volta. – Vou esperar minha mãe e não vou com você. – ela novamente deu um berro.

-Dá para me explicar o que está acontecendo? – uma enfermeira chegou.

-Nada. – falamos juntos, o que era incrível.

Resumindo a história... Fomos parar no hospital e com péssimas notícias. E justamente hoje, e nesse momento, Gabriela Marie Tunner, tirou o dia para fazer o "momento" dela.

-Vai embora! – ela falou baixo desta vez, me fuzilando com os olhos.

A enfermeira deu uma leve risada e saiu, me deixando a sós com a garota que poderia me matar a qualquer momento.

-Pra que todo esse escândalo? – cruzei os braços. – Me diz, por quê?

Ela virou o rosto para não olhar nos meus olhos. Mas eu só conseguia pensar em como fazer para ela dar, pelo menos, um sorriso. Mas o bico dela estava tão feio, que eu pensei melhor e achei que qualquer palhaçada, ou coisa do tipo, só iria piorar a situação.

Eu a olhei e contive o riso. A cara dela de emburrada superava qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo. Dava dó, angustia, medo e alegria, ao mesmo tempo. Era tão engraçado que às vezes, quando eu ria, ela também.

-O que tem de errado? – eu perguntei. – O que eu fiz agora? – ela tinha fechado a cara e ficava olhando para os lados.

-Estou procurando minha mãe, querido. – ela deu um sorriso sarcástico.

-Eu estou disponível para te levar agora...

-Não! – ela me interrompeu com um grito fino.

-Vocês dois não tem jeito mesmo, não é? – a enfermeira rabugenta foi até nós. – Os dois para fora agora!

Pelo jeito que a Gabriela olhou para a moça, eu achei que seria um barraco na certa. Mas não. Gabriela Marie Tunner simplesmente, se levantou como uma dama e foi em direção à porta. Eu fiquei super surpreso, tanto pela educação, quanto pela cara de boa moça que ela fez. Ela simplesmente obedeceu.

Eu a segui, olhando discretamente todos os sinais de raiva que ela dava. Ela mordia a bochecha. Brincava com o cabelo. Mexia as pernas. E, talvez em algum momento de todo aquele alvoroço, ela dava uma risada boba, mas a cara nunca saia de uma carranca. Era isso que ela sempre fazia quando estava brava. Todos de uma só vez, por causa da sua hiperatividade.

-Porque você ainda está aqui? – ela se virou perguntando indiscretamente e chamando atenção de todos os senhores de idade que estavam na porta, tanto chegando, quanto saindo.

-Estou te ajudando. – eu disse simplesmente, balançando os ombros.

-Esse é o problema...

-Tem mais um problema agora? – eu a interrompi e isso foi a pior coisa que eu fiz. A cara dela virou como se ela fosse uma assassina pronta para matar.

-Você não deveria estar aqui! – ela gritou. – Esse é o problema!

-Aonde eu deveria estar? – eu perguntei arqueando as sobrancelhas.

-Com a sua noiva, Bradley. Lembra-se dela? Ela chama Laura. É alguns centímetros maior que eu. E tem os olhos saltados para fora da cabeça. O mais importante é que ela esta sozinha e grávida, e você aqui "me ajudando". – ela fez aspas. – Quer me ajudar. Vai embora! – ela me empurrou. – Você tem uma vida lá fora! – ela me empurrou novamente. Mal eu percebi que os olhos dela marejavam e a voz ficava cada vez mais falha. – Eu quero que você vá embora... Agora! – ela gritou.

Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora