Somebody To You 2 || Bradley Simpson (Em Revisão)

Vai com calma no Wild Heart (Parte I)

Quase duas semanas depois...

Eu estava prestes a socar a cara da atendente, quando meu telefone toca. Era o capeta me perseguindo e querendo minha pobre alma barraqueira. Tirando as brincadeiras a parte, era Bradley. Desliguei na hora.

-É o seguinte. – Me virei para a moça da loja. – Eu vou querer essas malditas fraldas e esse pijama, se você negar fazer desconto, eu juro que vou te enforcar com esse chiclete.

Para ajudar minha doce irmã, eu passei em uma loja infantil para comprar algumas coisas para o bebê. Como eu já conhecia a loja e tinha desconto, só fui aproveitando. O problema é que as atendentes foram trocadas e a que me conhecia, não está mais lá. Ou seja, adeus desconto.

-Se eu fizer isso, você vai embora? – ela me perguntou, olhando feio.

-Claro que sim. – disse seca.

Ela finalmente passou as compras e eu consegui chegar ate o estacionamento do shopping. Coloquei as coisas no carro e entrei. Olhei no meu celular na esperança e ingenuidade de só olhar as horas, mas me deparei com quinze chamas perdidas do Bradley. Aquilo me tirou do serio.

Eu não queria falar com ele. De jeito nenhum. Na verdade eu até queria, mas meu orgulho falava mais alto. O mais estranho disso tudo era que iria fazer duas semanas sem eu saber noticia ou ver a cara dele. Então, liguei para Tristan.

-Me diga que as chamadas perdidas do Bradley é caso de vida ou morte, porque se não for, com certeza ele vai morrer. – gritei para ele assim que ele atendeu.

-Na verdade eu estou te ligando. – James riu. – Perdi meu celular e queria falar com você.

E porque ele estava com o celular do Tristan?

-Está falando. O que quer? – fui ríspida.

-A Bia está com outro. – eu bufei. – Porque eu estou olhando o Facebook dela e tem fotos com outro cara.

-Vai se ferrar James. – eu gritei e liguei o carro. – Supera isso, pelo amor de Deus. – desliguei e sai do shopping.

Fui para a casa da minha mãe, que era onde minha doce irmã se encontrava. Usei doce para defini-la porque eu preciso amenizar o soco que eu quero dar na fuça daquela menina. Quer engravidar? Ok, mas não me encha o saco pedindo fraldas. 'Tá cara as coisas, sabia?

Mas eu não poderia reclamar dela, afinal, minha barriga já estava bem crescidinha também e de acordo com o ultrassom, o filho daquele traste do Zayn, iria nascer logo.

O meu celular voltou a tocar, mesmo dirigindo e sabendo que isso era imprudente, eu atendi.

-Quem é? – coloquei o telefone no viva voz.

-Sou eu. – respondeu a outra linha.

-Seu numero não está salvo e eu não reconheço a voz, me diz quem é ou eu desligo. – falei brava.

-Erick. – ele bufou. – Sua irmã está perguntando onde você está? E se vai demorar mais?

-Mande ela ir para a puta que pariu. – sorri e desliguei.

Sim, hoje era um dia em que Gabriela Marie Tunner está totalmente estressada e neurótica. Talvez seja por conta dos hormônios fluindo em meu corpo, meus pés inchados e meu rosto totalmente sem maquiagem.

E mais uma vez, aquela maldita musica Radioactive toca. Eu bufei igual a um búfalo com muita raiva e atendi.

-Gabriela... – a voz do outro lado da linha estava sussurrando.

-Quem é e porque está chorando? – eu fiquei preocupada.

-Sou eu. – disse audível entre soluços. – Preciso falar com você. Agora!

-Me dê dez minutos. – falei e desliguei.

Quando eu falo dez minutos, eu chego em dez minutos. Eu sou a fodona.

Desci do carro correndo e cheguei até o apartamento dele. Ele abriu aos prantos e SIM PRODUÇÃO, O CORAÇÃO DE GABRIELA MARIE TUNNER, FICOU MOLE.

-Quando você chegou? Cadê os outros meninos? Onde está Niall? Você está bem? – lancei perguntas a ele, mas ele só me olhou. – Vem cá. – cedi meu abraço para conforta-lo.

Acabei por ficar alguns minutos abraçada com ele, mas assim que ele me soltou, preparei chá com biscoitos para ver se o animava.

-Odeio chá com biscoitos! – ele fez cara feia por cima da cara de choro.

-Mas vai comer. Porra cara, você não é britânico? – fiquei brava.

-Sim, mas estou sem estomago pra isso. – ele abaixou a cabeça.

-Ver você assim me parte o coração que eu não tenho. – sorri. – Consegue me contar o que aconteceu?

-Não, porque você irá ficar muito brava. – ele conseguiu me encarar e sorrir.

-Diga logo, antes que eu te bata. – fiz cara feia.

-Eu não gosto de mulheres Gabi. – ele riu fraco.

-'Tá, e qual o motivo da choradeira? – Gabriela insensível?

-Eu fui à boate com os meninos, acabei beijando o... – ele engoliu seco.

-Ai menino, me fala logo. – gritei.

-Eu beijei o Harry.

-Que? – berrei.

-Eu não sei. – ele ficou nervoso. – Aconteceu. Eu o beijei ele retribuiu, mas isso não é de hoje.

-Que? – berrei novamente.

-Nós já ficamos em alguns tempos atrás. Mas a Modest sempre nos faia esconder isso. Eu não estou aguentando mais isso.

-Que? – eu não entendia mais nada.

-A Modest sempre me fazendo ficar com mulheres e Harry fez aquela aposta com você. Eu fiquei maluco. – ele falava rápido.

-Se servir de consolo, eu não fiz nada com Harry. – ergui minhas mãos.

Ao mesmo tempo em que eu me desculpava com as mãos para cima, um vento bateu em minha blusa e deixou minha barriga, praticamente e amostra. Xinguei tudo mentalmente.

-Você está grávida? – ele se espantou.

-Vamos resolver seu problema primeiro, depois o meu. – eu disse.

-Só me diz uma coisa, isso ai é do Zayn?

-Sim. – odiei ouvir aquele nome. – Mas vamos falar de você. O que aconteceu depois do beijo?

-Desculpe, ainda estou chocado pelo fato de você mentir para todos. Quem mais sabe? – eu arregalei os olhos e abaixei a cabeça. – Ah, claro! Niall e Erick. – ele riu.

-O que aconteceu, Louis? Foco vai! – estralei os dedos.

-Aconteceu o de sempre... Nós nos beijamos e tudo aquilo não vai passar de uma noite memorável e boa. – ele esboçou um sorriso bobo.

-Manda essa empresa para a puta que pariu. – e foi essa frase que me fez lembrar a meu compromisso com a minha irmã.

-Harry tem uma "ordem de restrição" que a Modest criou para ficar longe de mim. – ele contou.

-Essa ordem vale até na minha casa? – ergui as sobrancelhas e quase pude ver a lâmpada acender em cima da minha cabeça.

Eu iria juntar os dois, nem que eu seja presa por isso ou tenha que processar uma empresa de merda.

Enquanto nós saímos do apartamento, eu me virei para ele.

-No caminho eu te conto mais sobre isso. – apontei para a barriga e ele entendeu.