❤ Minha, somente minha ❤

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Eu confio em Ti,
nada poderá me
afastar de Ti 🎶😍🌻

🌻🌻🌻🌻

M

elissa

- Alô?

- Alô, com quem eu falo? - pergunta uma voz feminina.

- Melissa. - digo.

- Estou ligando do Hospital Geral e venho lhe informar sobre um parentesco seu. Ele chegou aqui na tarde de hoje e seu estado é razoável. Ficou em côma durante meses em outra cidade, por isso não teve como manter o contato. Peço que uma de vocês duas compareçam. - explica.

O que?!

- Ok, muito obrigada. - desligo.

- Quem era no telefone? - pergunta minha mãe, enxugando as mãos com o pano de prato.

- Do hospital... - respondo ainda em choque. Tenho certeza que essa pessoa é meu pai. Eu sinto. Sério mesmo que esse homem voltou? Estava tudo tão... tão... tão tranquilo. Nem sei se ainda tenho coragem de olha em sua cara.

- Você está bem? Está tão pálida.Fala Melissa! - grita.

- Meu pai está no Hospital Geral, internado e é para senhora visitar ele! - grito, perdendo a paciência que eu já não tive mais depois daquela ligação.

- Jesus! - coloca as mãos na cabeça. - Vamos Melissa, se arrume! - diz tirando o avental.

- Mãe, me escuta...eu não vou pisar meus pés naquele lugar. - digo tranquilamente.

- Melissa, por...

- Por favor, respeita minha decisão. A senhora sabe de tudo que aconteceu, eu ainda não estou conformada.

Ela respira e diz: - Ok.

🏵🌱

Estou aqui sozinha, abraçando meus joelhos, pensando se esse homem se recuperar. Não tenho dúvidas de que seja ele. Como será nossa convivência dentro de casa? Eu não guardo mágoas, não mais! Graças a Deus. Só que estava tudo tão bem, tão diferente, um clima maneiro e razoável.

Continuará sendo o mesmo rabugento de sempre?

"Deus, Tu sabes que eu prefiro me manter longe dele, mas é meu pai. Não posso mudar isso. Me ajuda. Transforma aquele coração, não desejo ver minha mãe sofrer novamente e garanto que o Senhor também."

🏵🌱

Maria

- Me acompanhem, por favor. - disse a enfermeira. Jonas veio comigo, já que Melissa ainda não se sente preparada. Confesso que nem eu estou, parece tudo novo, já tinha me acostumado com sua ausência.

Chegamos na sala onde Eugênio estava. Pude sentir um aperto no meu coração ao vê-lo todo entubado. Eu não posso chorar, não guardo mágoas, mas ele não merece ver minhas lágrimas, muito menos meu sofrimento.
Me aproximei lentamente até a maca, sua respiração estava tranquila. Apoiei minhas mãos sobre a sua e suspirei.

- Ele pode te ouvir, só não consegue corresponder. Isso é normal. - diz a enfermeira.

Sinto ele apertar a minha mão fortemente. Um sorriso escapa do meu rosto.

- Como vocês descobriram meu número? - pergunto ainda olhando para nossas mãos.

- Através desses sinais que ele consegue transmitir com as mãos. Fomos ditando os números e o mesmo foi confirmando. - explica.

Herdeira IOnde histórias criam vida. Descubra agora