Herdeira I

❤ DEUS em primeiro lugar ❤

Não há outro igual
a Ti 🎶🎶❤
😥😥😥✍

Taylor

Melissa havia me ligado, dizendo que se reconciliou com seu pai.

Graças a Deus.

Agora estou no trabalho, preenchendo alguns formulários e agendando casos. Miguel está imprimindo alguns relatórios e ouvindo a pregação da missionária Isa Reis.

– Que unção maravilhosa! – ouço ele dizer.

– Verdade. – sorrio. – Dom muito lindo.

– Com certeza, agora... – dá pausa no vídeo. – sua fisionomia declara que estás abatido, ou deprimido.

– Não é pra tanto! Só estou desanimado, com medo, desconfiado, com ciúmes...

– Iiiiih! – levanta-se. – Desabafa comigo vai.

Fez uma cara de cachorrinho pidão. Ele me irrita com isso, mas gosto dessa atitude "amigável".

– Irmão, ontem fiquei muito nervoso. Melissa saiu pro ensaio, só que não voltou, seguiu direto para o Centro de Ajuda, adivinha com quem? E que horas da noite chegou?

– Irmão, eu sei que você ama muito essa mulher, mas precisa se controlar, esse tipo de "ciuminho bobo" pode acabar destruindo seu relacionamento. – explica.

– Foi isso que minha tia disse. – reviro os olhos. – De qualquer maneira fico irritado, Henrique não gosta mais da minha pessoa, imagina só se eu impôr regras.

– Como assim? – ergue as sombrancelhas.

– Cara, se eu chegar nele e disser: "Minha namorada, minhas regras, você só vai sair com ela quando eu quiser, e quando sair tem horário para voltar, não abrace-a, fique metros de distância". – Miguel começa a gargalhar.

– Irmão, isso está muito exagerado! – fala entre risos. Não está rindo fazendo descaso e sim rindo meio preocupado.

– Verdade. – bufei. – E quem não vai gostar nem é ele e sim ela. Vou te dizer uma coisa: se esse cara ficar enchendo a cabeça dela... – fecho minhas mãos com força.

– Esquece! Vamos trabalhar! – bate palmas e volta pro seu lugar.

Eu nunca bati em ninguém e nem sinto vontade (Não no momento. Brincadeira). Toda vez que presencio uma briga, (e que obviamente estou envolvido) eu sempre soco a parede, algum objeto, mas nunca me dirijo a pessoa. Não suporto ver sangue e manchas, não quero que ninguém tenha ódio, ressentimento, mágoas de mim. Me lembro que uma vez na escola fiquei cara à cara com o garoto que as pessoas tinham mais medo. Eu, no caso, não tive receio algum, meus amigos ficaram gritando: "Bate nele, pega ele, amassa ele, faz jorrar sangue!". Comecei a conversar numa boa, mesmo que estivesse gritando comigo, pronto para me jogar ao chão, continuei sendo paciente e ele desistiu, me deixou falando sozinho.

Alguns começaram a me chamar de tantos apelidos: "delicado", "você é uma flor" , blá, blá, blá. Nesse tempo eu já tinha quinze anos, já estava convertido e inclusive, um dia antes dessa briga o pastor havia pregado no livro de lamentações três, trinta:

"Quando alguém lhe bater, mostre a outra face e aceite os insultos"

Não tive outras escolhas.

💡❤💭

– Meus jovens! – meu chefe entra na sala.

– Olá! – digo.