Todo ser que vive, louve o nome do Senhor 🎶♥♥
❤👑❤
Lidar com uma pessoa cheia de traumas não é fácil. Sinceramente, nem eu me aguento. Tento decifrar esse turbilhão de sensações dentro de mim. Fico presa dentro deles, sem saída, sem rumo, sem direção. Tudo é integralmente escuro ao meu redor.
Não tenho essa mania de cortar os braços, talvez por medo. Por mais que digam que a lâmina alivia a dor.
Pra que tirar sangue?
Meu sangue é minhas lágrimas.Tenho segredos que nem mesmo minha mãe sabe. E nunca vai saber! Só de lembrar todo esse passado horrível, sinto nojo de mim.
Perdi a confiança nas pessoas, só tenho uma amiga e juro uma coisa: se ela me decepcionar, nunca mais olho em sua cara.— Pode me contar o por quê de estar assim, pensativa? — senta-se ao meu lado.
— Não penso em nada. — digo. — Na verdade... penso em minha mãe. Só Deus sabe como ela está neste momento.
— Tenho certeza de que Deus está guardando sua mãe. Mas parece que tem outra coisa que lhe aflige.
— Minha trajetória me aflige, Lucy. — indago. — Tudo que acontece ao meu redor me deixa assim!
— Assim... como?
— Perturbada! — uma lágrima escorre em minha face.
Lucy nunca chorou quando eu desabafei. Ela diz que isso é ruim, pois posso achar que estou certa. Não sei explicar direito.
Às vezes, me dá raiva, pois a mesma me observa e não diz absolutamente nada! Só suspira.— Há um propósito para tudo nesta vida. — começa. — *Nem sempre os mais rápidos vencem a corrida; nem os mais fortes vencem a guerra... Tudo depende do caso e da ocasião. O tempo de Deus serve para todos. - sorri.
— O que quer dizer com isso? — pergunto secando as lágrimas.
— Nem sempre aqueles que sorriem, são os mais felizes. — seus olhos brilhavam ao ponto de me fazer querer entender o quanto estou errada. — Essa tristeza toda que você sente dentro do teu ser, é o sinal de que uma grande alegria está por vir.
Até parece que vou acreditar, vendo que tudo ao meu redor está desmoronando. Não há solução!
— Espero Lucy, espero. — suspiro. — Mas me fala da "tal" visita.
— Ah, já havia me esquecido. — Levanta. — Meu sobrinho Taylor irá passar um tempo aqui.
— Aqui? Em sua casa?! — pergunto incrédula.
— Sim! — responde surpresa com a minha reação.
Ah não! Meu pai vai me matar se por um acaso souber que estou numa casa com um homem. Ele vai pensar que aqui é um ponto de encontro.
— Mas... mas Lucy, meu pai...
— Não se preocupe querida. — sorri. — Converso com ele.
(...)
♥
— Aaaaah! — grita Victória.
— Meus tímpanos! — indago.
Victória é minha melhor amiga. Nos vemos só aqui na casa da Lucy. Meu pai é muito nojento e não permite que eu receba visitas.
Fazemos muitas resenhas aqui.— Saudades! — me abraça. — Vê se da próxima vez passa menos tempo na casa de seus pais!
— Não posso e você sabe o motivo.
Meu pai desconfiaria se passasse muito tempo aqui.
— Seu pai é mesmo um rabugento. — reclama.
Gargalhamos.
— Estou gostando de uma pessoa. — diz.
Nossa que direta.
— Sério? Quem é o fofo que roubou o coração dessa loira? — brinco.
Victória é muito romântica. Gosta de garotos brincalhões e fofos. Sonha horrores com um príncipe, como nos contos de fadas e isso é muito complicado, pois não existe! É somente um conto.
Dois dias depois...
Estou indo embora hoje à tarde. Era para ser amanhã, porém não paro de pensar em minha mãe.
Enquanto arrumo minha mala a campanhia toca.
— Aí meu Deus! — ouço a voz de Lucy. Voz de empolgação.
— Tia!
Ah, é a "tão esperada visita". Espero que não seja um daqueles meninos antipáticos.
— Melissa! — chama-me.
— Senhora?!
— Venha conhecer meu sobrinho! — grita.
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🌼*( Baseado no livro de Eclesiastes 9:11)
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Herdeira I
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