| A menina do fone |

Capitulo 17

-Kate narrando-

Acordei mais um dia sem a minha melhor amiga e decidi não ir para o colégio hoje caso a mãe dela precisasse de mim. Tomei um banho e coloquei meu roupão pois não sabia que roupa vestir, concentrada em fazer um make meu iPhone toca e vejo a foto de Vini aparecer no visor.

#Chamada on

—Kate?- ele faz aquela voz de preocupado

—Oi Vini aconteceu alguma coisa? Diz logo.

—Precisamos entrar em uma investigação.

—Que tipo de investigação? É bem perigoso?

—Seguiremos Flávia em um restaurante chique.

—Ta bom, que horas você me pega em casa?

—As 23:00 em ponto te pego, esteja pronta tá?

—Okay, beijos...vê se fica bem deslumbrante.

#Chamada of

-Fany narrando-

Acordei com Gabriel do meu lado e já havia um lanche bem gostoso na minha frente, não hesitei em pegar logo pra comer.

—Gabriel? Acorda e vem comer esse lanche.

—Já amanheceu? Nossa eu nem vi passar.

—Ah muito tempo...passou rápido mesmo.

—Você está bem? Está sentindo alguma dor?

—Sim...não precisa se preocupar comigo uê.

Começamos a comer o bolo de chocolate em silêncio e então a porta foi aberta e Flávia entrou carregada de sacolas, era estranho ver ela assim toda feliz.

—Bom dia casal! Tenho novidades pra vocês.

—O que você quer Flávia?-eu pergunto seria

—Vim trazer algumas roupas para vocês e olha que eu fui bem generosa ao tentar escolher suas roupas pretas.- ela dá um sorriso bem diferente

—Obrigada.-sorri sínica e revirei os meus olhos

—Agora levante-se que vocês vão tomar banho.

Fui a primeira a me levantar, comecei a ser guiada por dois seguranças e logo eles me fizeram entrar no banheiro, era apertado más limpo, retirei toda a minha roupa e deixei com que a água do chuveiro levasse todos os meus pensamentos pra fora, depois de alguns minutos reparei que estava chorando pois comecei a soluçar.

Eu só queria saber se a minha mãe estava bem, queria esquecer a cena em que Luke beijava a Lili, concerteza de todas as coisas que ele me fez aquela foi a pior, queria o abraço da Kate e do Vini que me fazia sorrir toda hora. Depois de banho tomado eu sequei meu cabelo e vesti um short jeans desfiado e uma blusa preta cavadinha, calsei a havaianas e sai do banheiro fazendo um coque bagunçado no meu cabelo.

Quando voltei para o "quarto" Gabriel já havia tomado banho, ele usava uma bermuda estampada com desenhos da maconha e um moletom preto.

—Onde você tomou banho Biel? -perguntei

—Me levaram pra outro banheiro, você estava chorando?-se aproxima de mim preocupado

—Eu só queria ir pra casa.-choro mais ainda

—Prometo que vamos sair dessa.-me abraça

—O Luke e eu nunca mais vamos voltar, depois de tudo o que aconteceu, más ele também errou feio.

—Fica assim não, ele volta! Eu tenho certeza.

—Volta mesmo?-levantei a cabeça pra o encarar

—Você quer que ele volte?- ele sorri sem graça

—Quero, quero muito!-virei meu rosto pro lado

—Não posso te dar a certeza de que ele vai voltar, más posso te dizer uma coisa?-assenti. -Se ele te faz chorar, ele não merece esse seu sorriso lindo.

—Mas eu amo ele! Mesmo depois do que houve.

—Eu sei o que você está sentindo, eu sei o que é amar alguém que nunca vai te amar da mesma forma, eu sei que dói, más também sei que você é forte pra superar isso. Eu quero te ver sorrindo!

—Más...eu vou ter que olhar pra ele todos os dias sendo feliz com a Lili, como eu vou conseguir?

—Te vejo chorando por ele e estou de pé.-ri

É...eu me afastei do Gabriel quando ele disse isso, eu estava sem palavras, eu não quero ferir os sentimentos de ninguém más também não posso dar esperanças pra ele sabendo que não vai dar.

—Me desculpa! - o abraço forte e eu chorei

—Te desculpar pelo que Fany?- me encara

—Sabe...por eu não poder corresponder ao seus sentimentos, sabe eu até queria, porque você é fofo, carinhoso, amigo e me ama, más o idiota do meu coração foi se apaixonar por um marrento, emburrado, tosco, bronco más que eu sou apaixonada por essa maneira dele de ser, eu queria te amar mas não dá.- limpei as lágrimas

—Não! Eu que fui idiota demais de pensar que algum dia eu teria chanche com a aquela garota desconhecida do café, eu imaginei tudo, criei um livro no meu pensamento sem saber se você queria ser a personagem principal da minha historia, você não me iludiu eu me iludi sozinho.

—Não! Más eu dei brechas pra isso acontecer, eu devia ter deixado claro que só havia amizade entre nos dois..más eu sempre faço essas merdas.

A Flávia entra no "quarto" e viu a nossa cena de "quem tem mais culpa", essa foi a deixa pra ela dar um enorme sorriso de satisfação e felicidade.

—Vejo que vai ser mais fácil do que eu pensei, que ótimo essa aproximação de vocês, que cena cut!

—O que você faz aqui Flávia? -reviro os olhos

—Calma! Eu vou sair para um jantar importante mais tarde e espero que vocês se comportem.

Ela deixou o nosso "almoço" em cima da mesa e saiu do quarto, peguei a sacola onde tinha quatro hambúrgues e comecei a comer um, Gabriel se sentou do meu lado e fez a mesma coisa que eu.

-Kate narrando-

A noite chegou e eu me arrumei na casa da Fany (midia) passei a manhã inteira apreensiva, o Luke estava andando de um lado para o outro super nervoso. Quando desci as escadas todos estavam reunidos, Vini estava lindo de blusa social branca dobrada até a metade do braço e uma calsa jeans colada.

—Estou pronta Vini, vamos?- peguei a bolsa

—Más antes escute as instruções do seu tio.

—Quais as instruções tio?- me sentei no sofá

—Conseguimos rastrear a Flávia, vocês terão que ser discretos e agir como se fossem um casal normal em um restaurante, prestem atenção em tudo o que ela disser e siga ela com o rastreador no carro do Vini até o suposto esconderijo.

—Ta bom tio, vou dar o meu melhor pela Fany.-falo sorrindo fraco e me controlando rapidamente

—Kate?-Luke me chama triste e eu sorri fraco

—Oi Luke? Você quer me pedir alguma coisa?

—Boa sorte!- diz ainda muito triste e sorri

—Obrigado, minha amiga vai voltar pra você.

[...]

Entramos em um restaurante muito chique, procuramos por algumas mesas e avistamos Flávia sentada em uma mesa com um homem elegante. Nos sentamos logo atrás da mesa dela e agimos naturalmente, eu estava virada de costas pra ela porque ela nem conhecia o Vini direito.

Chamamos o garçon e fizemos um pedido qualquer, eu nem ia comer pois eu estava em estado de nervosismo e muito agitada.