Estava observando bem as pessoas que movimentavam a rua, até que percebo um movimento em um pequeno beco que no momento estava escuro, mas dava para escutar um choro ou até ruídos e broncas, algo indistinguível, peguei meu celular e liguei a lanterna, fui entrando no beco lentamente e logo percebi que não havia ninguém, suspiro e volto a caminhar para a delegacia com algumas dúvidas que estavam me atormentando.
- Eu só posso estar enlouquecendo. - sussurro somente para mim.
Respirei fundo e passei delicadamente a mão sobre meu rosto, enquanto caminhava aflita.
Senti um forte impacto contra meu ombro, oque me fez cair no chão de bruços, vi somente um homem alto de costas, seus cabelos eram negros e longos acima dos ombros, seu corpo supostamente musculoso, e lá estava ele correndo não se importando comigo, levantei-me e percebi policiais correndo atrás dele, franzi o cenho, e corri o mais rápido possível para a delegacia.
Sem me importar com arranhões que aquele esbarrão proporcionou. Mas logo chego na delegacia, exasperada.
- Jack... -Grito por ele, com a respiração ofegante assim que entro na delegacia.
- Estou aqui querida -sua voz estava calma, e o mesmo estava encostado no balcão, enquanto eu tentava controlar a respiração.
- Ah, bom, pode me explicar por que a polícia está indo atrás de um cara com os cabelos negros acima dos ombros? -coloco a bolsa na mesa e o olho, percebendo o mesmo se aproximando.
- Primeiramente, isso não te interessa, segundo sua função é limpar banheiro e terceiro você esta aqui somente pra me obedecer - O Olho-ao escutar a sua risada sarcástica.
-Ah, claro, havia me esquecido, então para que me chamou pra desvendar um caso? - cada vez mais ele se aproximava.
- Você é muito tosca e ingênua. - disse ele com seu tom de voz rude o que me deixou um pouco irritada.
- E você um grande babaca.- Engoli seco ao Jack segurar minha cintura bruscamente, fixei minhas mãos sobre seu peitoral empurrando-o com uma certa agilidade, afastando-o do meu corpo.
-
- Ah, garota! Qual é? - ele apenas revirou os olhos. -- Você acha que eu estou aqui pra quê?-Ele novamente aproximou-se me imprensado contra parede me deixando tensa.
Sem perceber já estávamos em meio a um beijo intenso, que estava ficando caloroso, tentei me afastar, empurra-ló, mas não obtive sucesso com as tentativas, obviamente ele é mais forte e eu não obtenho a mesma quantidade de força que ele, mordi forte o lábio dele, fazendo-o sangrar, oque fez com que ele se afastasse do meu corpo, mas logo senti meu rosto queimar.
Apertei os olhos seguidamente com força deixando a boca entreaberta levando a mão direita até a bochecha deixei a mão sobre a mesma. Não estava acreditando que ele havia batido no meu rosto, então logo parti pra cima dele o que fez arrepender-me segundos depois, ele pressionou brutalmente meu corpo na parede, e o seu corpo contra o meu segurando meus braços por cima da cabeça apertando meus pulsos com força, olhei seu rosto com um olhar de nojo e pavor.
Fui jogada contra o chão, fazendo-me bater fortemente a cabeça no balcão o que me fez apagar.
Imediatamente ele se aproveitou da situação, ficou por cima de mim, retirando as peças de minha roupa, e deixou marcas visíveis por meu corpo, em forma de chupões e mordidas. Acabei acordando em meio ao abuso, sem me dá conta as lágrimas já rolavam por meu rosto, o ódio e o rancor estavam presentes, a dor estava acomodada no meu corpo, tentei me levantar mais nao consegui ele segurou meus braços enquanto dava estocadas bruscas, gritei por socorro, ainda tentando retirar ele de cima de mim ou seja lutando para ele parar com tudo aquilo.
- S-SOCORRO! ALGUÉM M-ME A-AJUDA - -gritei entrecortadas- Que bucetinha gostosa, e ninguém vai te escutar delícia.- Ele disse com voz de deboche e logo soltou uma gargalhada sarcástica.
Ele retirou seu membro de minha entrada após um longo tempo depois, de liberar seu esperma.
- Vai pro inferno, SEU IDIOTA. -Acabei alterando o tom de minha voz, me encostei no balcão, apoiando-me no mesmo, mal sentia minhas pernas.
- Acho que alguém não vai conseguir caminhar pra casa. - disse ele entre risos, que me deixou cada vez mais furiosa.
- Você vai pagar caro por isso. - falei seriamente secando minhas lágrimas que escorriam por minhas bochechas, olhei o vaso e peguei o mesmo, joguei contra o Jack.
- Ui, estou morrendo de medo, oque uma simples faxineira vai poder fazer pra me derrubar? Hum? Quer a resposta? Nada! - Ele disse enquanto aplaudiu risonho. - Quando você conseguir, você não irá está mas aqui, toma cuidado, okay? - desvio do vaso - - Precisa melhorar sua mira Morgana.- Resmungo ao errar o vaso e me visto com uma certa dificuldade.
- Não estou lhe ameaçando, estou apenas dando um recado, cuidado, por que o que vem debaixo pode passar na sua frente ou lhe atingir, enquanto você rir agora, amanhã você pode está chorando, o jogo pode inverter e você pode passar a passar morar no circo pois canto de palhaço não é em uma delegacia. -Falei seriamente, retirando-me lentamente da delegacia, mancando, ergo o braço pro táxi e o mesmo para, olhei pro Jack que estava surpreso na porta e então logo entrei no carro, mandando o motorista seguir com o carro até minha casa.
××××××××××××××××××××××
Morgana On:
Ainda estava em choque com o que havia ocorrido algumas horas atrás, quando cheguei em casa fui direto tomar um banho. Após finalizar a ducha, seco meu corpo e o cabelo. Fui para o quarto, onde apenas vesti meu pijama e deitei-me na cama, com a certeza que nunca iria me esquecer desse abuso, amanhã cedo estava planejando de ir na delegacia prestar queixa.
Passei a noite toda sem conseguir dormir, a insônia estava me atormentando, as imagens do que Jack havia feito comigo estava presentes na minha mente, nos meus pensamentos o que estava me deixando atormentada, louca, as lágrimas já estavam novamente rolando sobre minhas bochechas que ficaram bem vermelhas depois de algum tempinho, então resolvi pegar um caderno e duas canetas que continha a tinta vermelha e azul, meu caderninho era onde costumava escrever para me expressar, praticamente era o meu diário. Botei para fora o que estava sentindo, essa era a única maneira que me deixava mais aliviada, então logo comecei a escrever.
As relações sexuais por meio de violência é um dos crimes mais graves que existe, digamos que é um dos piores, como um indivíduo tem a coragem de abusar brutalmente do corpo de uma mulher, criança até mesmo adolescente? Há muitos casos espalhados, umas que são abusadas pelo padrasto, pai, tio, avô, primo, conhecidos, algumas das vezes desconhecidos, o que fazer com esses idiotas? Tomar uma decisão drástica sobre isso não é nada fácil, mas temos que ser rígidos, sem dó, pois se não tomamos uma decisão a população que está revoltada com o acontecimento pode se precipitar e tomar a decisão. Já ouvi falar que os homens que estupram andam falando que esse é um modo de ensinar as mulheres a se defender mas sou contra a isso porquê o que devemos fazer é ensinar aos homens a não estuprar.
Ser estuprada é uma coisa terrível, onde não sabemos oque fazer, como reagir e como iremos ficar...
Eu sei disso, por que passei, mas não vou me deixar abalar, por mas que machuque lembrar do ocorrido, ou algo do tipo, eu não irei desistir do meu sonho, não irei me trancar em um quarto, apenas irei lutar pra me fortalecer e realizar o que eu quero, pois eu sou Morgana Thompson, e sei bem que nem um obstáculo é invencível.Enquanto escrevia senti minhas lágrimas caírem cada vez mais a insônia logo foi desaparecendo, coloquei o caderno no chão junto com as canetas, cobri o meu corpo, aconcheguei-me na coberta, fechando os olhos, adormecendo aos poucos.
Eu sabia que aquela dor não iria ser curada com o tempo, pois ele não destruiu somente minha vida, ele me matou por dentro, fuzilou minha alma, e isso me perfurava a cada segundo que se passava.
×××××
VOCÊ ESTÁ LENDO
S.O.S Morgana
Teen FictionAssim como todos Morgana Thompson batalha para realizar o seu maior sonho, sem se importar com as desavenças ao decorrer do tempo, amba se mostra forte o suficiente para permanecer de pé. Status: em andamento.