Quinze

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O beijo foi prolongado e calmo. O deixei explorar minha boca com sua língua, e logo depois cessamos o beijo com selinhos demorados, escutei a voz de minha mãe.

- Será que posso saber se os pombinhos voltaram? - ela brincou e a gente riu, Henry me puxou me abraçando.

- Claro que não, jamais voltaria com esse idiota - ri e deitei a cabeça no peitoral no mesmo-

- Idiota é? Vou parar de ser o idiota, e então quando eu parar correr atrás de você não reclama. - ele falou sério.

- Que medo - revirei os olhos.

- Sem brigas, agora vão para cama, pois já está tarde e amanhã cedo temos que partir. - minha mãe ordenou e sorriu.

- Vou ter que dormir com esse tarado? - brinquei.

- Óbvio, ele não vai dormir comigo - minha mãe retrucou e eu ri.

- Vamos, se não eu durmo aqui no sofá mesmo. - disse Henry.

- Para de besteira - levantei e o puxei para o quarto minha mãe seguiu seu trajeto para a cozinha.

- Eu sei que me ama, e você deveria assumir - ele sorriu de lado enquanto falava.

- Não vou lhe falar algo que não tenho certeza, que nem sei se existe - arqueei uma sobrancelha.

- Nossa, não estar mais aqui quem falou. - entrei no quarto e ele entrou em seguida. - Vou organizar minhas malas, já vai dormir? - perguntei indo para o guarda-roupas.

- Vai precisar da minha ajuda? - ele perguntou olhando meu corpo. Dos pés à cabeça.

- Toda ajuda é bem vinda - sorri de leve e comecei a organizar minhas roupas na mala.

- Sabe que estou com preguiça - ele falou.

- Não vejo uma novidade nisso. - fingi uma risada.

- Chata - ele jogou uma blusa na minha cara.

- Para seu chato - Te olhei e cruzei os braços.

- Deveria parar de ser menos séria - disse ele me olhando. Henry era alto de olhos de cor de mel, cabelos castanhos e seu corpo era supostamente musculoso.

- E você de ser chato. - descruzei os braços e voltei a arrumar a mala com a ajuda de Henry.

- Sem graça, aceita sair comigo amanhã? - ele falou dando de ombros.

- Vou pensar, talvez eu mate a saudade da Madson. - sorri estava com saudades da minha bebê.

- Quando vocês estão juntas são pior que carrapato, parecem até umas lésbicas. - ele revirou os olhos.

- Ciúmes é? - provoquei.

- Não enche sua morgada. - dei um tapa no braço dele.

- Chato.

Terminei e fechei as malas me deitei na cama e logo ele se deitou em cima de mim, começou a beijar meu pescoço. O empurrei para o lado.

- Nem tenta algo. - o olhei seria. - Se não já sabe que vai se dar mal.

- Você e sua agressividade.

Ele nos cobriu com o edredom e me puxou para o seu peitoral, abracei sua cintura e fechei os olhos.

- Obrigado por hoje ter enfrentado aqueles homens - agradeci.

- Não precisa agradecer, faria muito mais coisa por você. - ele sussurou o que me fez arrepiar, sua voz bem grossa.

- Hum. Precisa sim, obrigado. -falei sorrindo.

- Mas então, o que estar ou estava acontecendo ? - ele perguntou.

  S.O.S Morgana Onde histórias criam vida. Descubra agora