9

965 71 2
                                    

Harry POV

-Caralho! Que merda!-Terminava de ler post sobre música na internet quando ouço Louis gritar do quarto dele.

Com o susto, desligo o notebook e coloco em cima da mesa; saio do quarto e ando até o quarto de Louis, pra ver se ele precisa de alguma coisa. A porta está fechada. Dou três toques mas ninguém responde.

-Louis?-Chamo.-Posso entrar? É o Harry.

-Entra.-Ele diz.

Giro a maçaneta e entro no quarto, vendo o menor em cima de uma cadeira arrumando alguns livros dentro do armário dele. Por ser muito baixo, Louis tinha dificuldades pra colocar o livro na parte de cima do armário. Mordo os lábios tentado abafar a risada porque ele é engraçado quando está estressado. Sua calça de moletom marca as partes mais fartas de Louis, principalmente suas coxas, o tecido transparente da blusa deixa em evidência os músculos pouco definidos das costas do menor e por estar com o braço levantado, o final das suas costas ficam à mostra, revelando duas covinhas ao final delas.

-O que você ta fazendo?-Pergunto.

-Arrumando meu quarto.-Ele responde e arqueio as sobrancelhas pois Louis não gosta de arrumar nada, muito menos o quarto dele.-Por que essa cara?-Ele pergunta quando se vira e me vê em silêncio.

-Você não gosta de arrumar quarto e não faz isso sem sua mãe mandar. Percebi isso.

-Dizem que quando arrumamos nosso quarto, nossa bagunça interior é organizada também. Vai que dá certo.

A verdade é que Louis ficou muito chateado com a traição de Eleanor e desde quando ele descobriu, na sexta-feira, ele têm agido diferente, principalmente durante o fim de semana, em que ele nem sequer falava no nosso grupo. Ele não estava diferente do tipo escroto e babaca, mas diferente do tipo que fica estressado e bufando com mais facilidade, intolerante com coisas bobas e quieto durante muito tempo. Os meninos o conhecem a mais tempo que eu e eles sabem como agir com Louis, mas comigo é diferente, não sei o que fazer. Eu o entendo, mesmo achando que ela não merece metade desse estresse dele porque o que ela fez não é algo que se faça com ninguém.

-Você quer ajuda?-Pergunto ao ve-lo descendo da cadeira, pegando outra pilha de livros e subindo novamente.

-Não, obrigada.

-Quer sair então? Andar um pouco... To entediado.

Louis parece pensar um pouco, e estava preparado para ouvir um "não muito obrigado", mas no fim ele acaba concordando com a cabeça.

-Ta.-Ele coloca o ultimo livro no armário, desce da cadeira e a coloca no lugar.-Vamos.

xx

A noite em Londres está um pouco nublada mas não está muito frio. As folhas das arvores balançam e algumas caem pelo chão formando caminhos na rua e decorando as calçadas. Louis caminha um pouco mais a frente, chutando algumas pedrinhas no caminho, e eu ando atrás um pouco perdido no modo como Louis caminha, no jeito que ele joga a cabeça para tirar a franja que cai nos olhos, o músculo das suas costas contraídos pela posição das mãos, dentro do bolso da jaqueta jeans.

-Onde estamos indo?-Louis vira pra mim e começa a andar de costas.

-Não sei, iremos onde você quiser.-Respondo dando de ombros e Louis assente voltando a caminhar normalmente.

Algumas quadras depois Louis começa a correr, e preciso correr também para acompanha-lo e não perde-lo de vista, mas o problema é que Louis corre numa velocidade quase inalcançável.

-Louis!-Chamo, ele não responde e continua correndo.

Volto a correr tentando acompanha-lo e quase tropeço no meio da rua arrancando uma risada de Louis quando ele me ouve xingar. Louis vai parando de correr aos poucos quando chegamos numa parte gramada; estamos num parque e percebo que estamos longe quando olho a minha volta e conheço o lugar: Hyde Park. Louis pula uma grade que cerca o lago do parque e senta na grama na beirada do lago.

Welcome to London (L.S)Onde histórias criam vida. Descubra agora