Harry POV
5 anos depois...
"Começou a perceber que o ser humano se adapta a tudo, inclusive ao caos."
É com essa frase em mente que adentro o saguão de um hotel cinco estrelas qualquer no centro de Los Angeles, sendo seguido (ou perseguido, fica no ar) por dez ou onze paparazzis armados com suas câmeras. Todos eles soltando frases desconexas e perguntas que eu prefiro não citar.
Carrego alguns livros debaixo do braço (nclusive a citação que paira sobre a minha cabeça pertence a um deles) e uma bolsa lateral com os pertences pessoais. A mala será entregue no quarto, como sempre.
Liam e Zayn caminham atrás de mim, Liam apoiando sua mão no meu ombro e me guiando até o elevador, enquanto Paul, meu segurança, caminha ao meu lado, ambos deixando toda a burocracia da minha estadia por conta de Zayn, que fica para trás resolvendo tudo.
-Finalmente uma cama!-Agradeço ao entrar na suite da cobertura, e me jogo na cama que pelo tamanho me parece caber três Harry e meio Liam.-Depois desse evento eu vou poder ir pra casa, né? Quero passar o Natal com a minha família.
-Claro que vai, Harold.-Liam afasta as cortinas e a claridade entra pela extensa parede de vidro, consigo ver a cidade inteira através dela.-Mas sua turnê começa no dia 4 de janeiro, então você vai ter duas semanas e...
Tudo que Liam fala depois disso vira um borrão na minha mente porque começo a pensar em algo que tenho feito bastante nos últimos tempos: sobre como a minha vida deu essa revitavolta toda em cinco anos e como me acostumei com o caos.
Quando voltei de Londres tudo o que eu queria era ver minha familia, colocar em prática tudo o que eu aprendi no curso e continuar, mesmo com a distancia e com todos os empecilhos, minha vida com Louis.
Aparentemente, tudo caminhou como eu planejava.
Menos a parte que envolve Louis.
Eu não sei exatamente quando tudo ficou estranho e desandou, mas quando eu dei por mim, já não era mais nada daquilo que foi um dia.
A gente se distanciou.
As conversas não eram mais as mesmas, nada era mais o mesmo.
E então nós terminamos dois meses depois. E eu senti como se tivesse perdido uma parte essencial de mim.
Eu me lembro exatamente do dia e de como tudo aconteceu. Eu sabia que as coisas não eram mais como antes. Eu sabia que muita coisa tinha mudado, porém, apesar de todas as mudanças, o meu amor não havia mudado.
Então Louis disse que o amor, mesmo que seja parte essencial num relacionamento, não era o suficiente.
Ele tinha razão.
Eu não podia me culpar ou culpa-lo por não ter dado certo.
Eu não podia prende-lo.
Por mais doloroso que tenha sido, nós tivemos que lidar com isso, cada um do seu modo.
Tudo bem que o meu modo de lidar com isso não foi o mais saudável possível, já que beber além da conta e quase entrar em coma alcoólico não é uma boa coisa. Mas ainda assim, eu tive que lidar com isso.
Tive que lidar também com a mensagem que recebi de Louis no dia seguinte perguntando se estava tudo bem e -preciso frizar- dizendo que sentia a minha falta e não queria me ver mal. Respondi apenas com um "vai ficar, também sinto sua falta."
Passada essa fase e mais focado naquilo que eu queria, as coisas foram amenizando. As vezes eu sentia um frio na barriga quando o menor falava algo no grupo do whatsapp com os meninos e eu via o seu nome piscando na aba de notificações. As vezes eu queria ligar e perguntar se estava tudo bem. Outras vezes eu queria pegar o primeiro vôo pra Londres e abraça-lo.
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Welcome to London (L.S)
FanfictionHarry é estudante do último ano do curso de música da Yale University, Estados Unidos. Faltando poucos meses para que Harry se forme, ele consegue uma vaga para intercambistas na conceituada University College London e conhece Louis Tomlinson, estud...