-"Quem era a rapariga que atendeu o meu telefonema?" eu pergunto. Ele aproxima-se de mim, e eu não me desvio. Quero senti-lo perto de mim.
-"Era a minha irmã mais nova."
-"Tens uma irmã? Nunca me falaste dela."
-"Não me ocorreu, achei que não era relevante." ele encolhe os ombros. Gosto especialmente do seu humor hoje, está despreocupado e honesto. "Então... Pudemos falar de nós?" noto um pouco de hesitação no seu tom.
-"Acho que sim..." engulo em seco. "Preciso de saber as tuas intenções para comigo."
-"Antes de mais nada, estiveste com o Cristovinho?" fodasse.
E agora? Conto a verdade? Sinto que a minha expressão está cheia de culpa, mas ele parece não entender. Mesmo assim, decido optar pela verdade, mesmo sabendo que ele vai reagir da pior forma. A nossa relação já teve mentiras a mais.
-"Fomos jantar."
-"Só isso?"
-"Não..."
-"O quê?"
Ele levanta-se rapidamente da cama e por minutos, fiquei com receio. Receio de ele dizer algo que posteriormente se arrependa, já que é isso que fazemos a tua a hora.
-"Tu vais para a cama com outro e ainda tens a ousadia de me perguntar quais são as intenções que tenho contigo? Desculpa mas isto não vai funcionar. Sempre que eu penso que a nossa relação pode evoluir, ela acaba sempre por estagnar, e eu não consigo viver neste sufoco." ele pára para respirar eu aproveito isso para intervir no seu discurso.
-"Nós não nos envolvemos. Ele tentou, mas não aconteceu nada. Quem é que pensas que eu sou? Pensava que tinhas vindo aqui para ficarmos bem."
O meu coração bate cada vez mais rápido, e as lágrimas já ameaçam cair.
Como é possível? Ainda à minutos atrás estávamos a conversar tranquilamente, e agora, estamos a gritar um com o outro. Esta relação tem tanto de paixão como de bipolaridade, e sinceramente não consigo perceber se isso é bom ou mau.
-"E quem me garante isso?"
-"Mr.Cristovinho, claro."
-"Obviamente que não lhe vou perguntar, até porque ele vai dizer que te fodeu nesta cama, mesmo que seja mentira." os seus olhos enchem-se de raiva enquando fala do professor de economia. "Portanto, não tento maneira de saber."
Ele está irritante e eu não sei muito bem como lidar com ele neste estado.
-"Podes parar por um segundo e considerar acreditar em mim? Eu amo-te e nunca iria para a cama com outra pessoa, a não seres tu. Já devias ter assimilado isso."
-"Eu vim até aqui por tua causa. Espero que estejas a dizer a verdade, até porque não vou conseguir perdoar-te mais."
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Unconditionally [D.A.M.A]
Fanfiction"uma história onde o ódio se transforma num sentimento superior, fazendo um professor de Biologia e uma simples aluna viverem uma história única."
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