[Forty-five]

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-"A comida estava ótima, obrigado pela noite." eu digo, parando em frente da porta do meu dormitório.

-"Não tens de agradecer." ele oferece-me um sorriso e eu retribuo.

-"Então... Até amanhã?"

-"Sim."

Quando estava pronta para me virar com o intuito de entrar no quarto, sinto o meu braço ser puxado e o meu corpo ser empurrado contra a parede.

Conseguia sentir a sua respiração contra os meus lábios, os nossos corpos estavam demasiado próximos.
A suas mãos desceram até às minhas ancas, enviando-me uma sensação extremamente boa. Ele juntou os seus lábios aos meus, enquanto o meu corpo ia cedendo cada vez mais ao seu toque. Ele pegou em mim ao colo, e abriu a porta do meu quarto.

Céus, o que é que eu estou a fazer?

O meu corpo foi deitado cuidadosamente na cama, e por momentos, esqueci-me que era um professor que estava em cima de mim.
Ele retirou a sua camisola de um modo desajeitado, e fiquei a observá-lo por instantes.
A sua boca percorreu o meu pescoço, dando breves mordidas e beijos no mesmo.

Um flashback de Mr.Coimbra apareceu na minha mente. Eu não posso fazer isto.

-"Nós não podemos."

-"Eu sei." ele sai de cima de mim.

-"Até amanhã, Mr.Cristovinho.

-"Até amanhã, Miss Ariana." ele veste a sua camisola, e sai do dormitório.

Mas o que é que eu estou a fazer?
Ainda à horas atrás estava a suplicar para estar com Mr.Coimbra, e ainda agora estava na cama com outro homem? Não sei o que se passa comigo, será que eu estou a desenvolver algum tipo de sentimento por Mr.Cristovinho? Não, não pode ser. É impossível. Ele não me beija como o meu professor de biologia, não me faz sentir tão bem quanto ele. Aliás, ninguém o faz, e duvido que alguém o fará.

Pov Mr.Coimbra

-"Então só vais ficar aqui mais esta semana?" a minha irmã pergunta.

Ela está tão linda, os seus olhos estão num castanho perfeito e os seus cabelos parecem mais brilhantes do que a última vez que os vi.
Tem apenas oito anos, mas tem uma maturidade superior a muitos adultos.

-"Sim, pequena."

-"E já tens uma namorada?" ela sorri inocentemente.

-"Não."

-"Vá lá, podes contar-me."

-"Tu és a minha única namorada." eu abraço-a. Tinha tantas saudades dela.

-"Tu estás triste, eu nunca te vi assim. Quem é ela, Coimbra?"

-"Um dia conto-te, ok?"

Ela assente e aconchega-se no meu peito.

Unconditionally [D.A.M.A]Onde histórias criam vida. Descubra agora