Capitulo 9

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Ainda com a mão entrelaçada a do Pablo o sigo até uma enorme porta de madeira no final no corredor do andar superior, ele abre a porta e adentramos o cômodo que no mesmo instante constato ser o seu quarto.

Ainda exaltada sinto como se uma nuvem densa tampasse meus olhos, meu sangue fervia dentro do meu corpo fazendo-me sentir como se estivesse sendo corroída de dentro para fora.

Eu estava sentindo tanta raiva naquele momento que só me dei conta de que estava chorando quando o Pablo se aproximou de mim lentamente e acaricio suavemente meu rosto com o dorso da mão limpando minhas lágrimas.

- Ei não chore, detesto ver você chorando... sempre detestei.

Olho para ele tentando conter minhas lágrimas mas simplesmente não consigo e mais forte do que eu. Estar de novo frente a frente com o Paulo e esculto-lo falar friamente da morte dos meus pais que ele mesmo tinha causado me fez sentir a mesma dor de 13 anos atrás de quando eu abraçava aos prantos os corpos dos meus pais já sem vida. Então em meio às minhas lágrimas digo quase em um sussurro.

- Me desculpe.

- Você não precisa se desculpar Safira, meu pai que se comportou como um verdadeiro idiota te fazendo relembrar da morte trágica dos seus pais. Eu nunca passei por isso nem nada parecido, mas imagino que deve ser muito dolorido ter essas lembranças.

Ele realmente tinha razão, ele não tinha noção nenhuma do que eu estava sentindo por que ele nunca passou por isso. Eu também não teria que ter passado, isso tudo era culpa do pai dele. E eu não estava chorando apenas pela dor que aquelas lembranças me traziam...   eu também estava chorando de raiva.... de ódio.

Respiro fundo e me afasto do Pablo limpando minhas lágrimas, chorar não traria os meus pais de volta, nada traria, mas a morte deles não ficará impune. Eu farei o Paulo pagar por tudo o que fez e por me privar de crescer ao lado dos meus pais.

- Safira vem cá, você não tem que se envergonhar pelas suas lágrimas.

- Eu sei me desculpe, mas eu não sou assim... eu não sou fraca desse jeito.

- Chorar não é sinal de fraqueza.

- Pra mim é.

Ele se aproxima novamente e toma meu rosto em suas mãos enquanto diz.

- Você está enganada, suas lágrimas não te fazem uma pessoa fraca, muito pelo contrário só mostram o quanto você é forte por ter seguido em frente de cabeça erguida depois de tudo que aconteceu.

Não consigo dizer nada, apenas encaro aquele par de olhos azuis enquanto ele continua falando acariciando meu rosto.

- Eu nunca conheci nenhuma mulher como você Safira. Você é forte, determinada, corajosa... você é perfeita.

Mesmo fazendo muito esforço não consigo sair do lugar, a ternura das palavras do Pablo fizeram meu corpo simplesmente travar. Ainda paralisada tudo o que eu conseguia fazer era continuar encarando seus olhos, quase não percebi que a distância entre nossos rostos diminuía a cada fração de segundo, e quando me dei conta nossos lábios estavam colados enquanto nossas línguas dançavam no mesmo ritmo.

 Ainda paralisada tudo o que eu conseguia fazer era continuar encarando seus olhos, quase não percebi que a distância entre nossos rostos diminuía a cada fração de segundo, e quando me dei conta nossos lábios estavam colados enquanto nossas língua...

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