Capítulo 32

1.5K 146 21
                                    

Safira.

Dizem que quando estamos prestes a morrer, a um tipo de luz que nós envolve e nós acalma... mas e mentira, não há luz alguma só uma grande e fria escuridão que nós consome.

Ana.

Eu estava feliz pela Safira, quem sabe essa gravidez não seja o motivo que a faça desistir de toda essa vingança. Eu ate consigo entender os motivos dela, eu não tive os melhores pais do mundo mas ela não, todos que conheci e que tiveram contato com o senhor e a senhora Ferraz sempre repetem o quão bons eles eram e a Safira e prova viva disso, caso contrário ela não estaria disposta a estragar sua vida para vinga-los.

Mas eu tenho muito medo por ela, pelo pouco que conheci desse Paulo ele é um homem extremamente perigoso, um assassino que e capaz de fazer de tudo pelo dinheiro, e também tem o Pablo, sei que ele talvez nunca perdoe a Safira quando descobrir que ela o usou para se aproximar do Paulo... E eu sei que se ele não a perdoar vai ser um golpe muito grande para ela, pois a conheço a anos e essa e a primeira vez que a vejo assim, sei que ela o ama de verdade.

Pelo jeito que o Pablo saiu da festa, suspeito que o que eu mais temia aconteceu, caso contrário por que ele sairia no meio da própria festa de noivado acompanhado da ex? Será que a Safira não contou da gravidez? Subo as escadarias indo na direção que o Pablo veio enquanto os convidados especulam sobre a atitude do Pablo e o repentino sumiço da Safira.

Assim que chego ao andar superior encontro uma das empregadas e digo.

- Boa noite Eduarda, por acaso você sabe onde a Safira esta?

- Sim senhora, ela se trancou com o seu Pablo no escritório do senhor Contreras a algum tempo.

- Ela ainda deve estar lá, por que o Pablo já saiu, muito obrigado.

- De nad...

De repente escutamos um barulho muito alto vindo do escritório nos fazendo sobressaltar, antes que eu dissesse algo a Eduarda diz em pânico .

- Ai meu Deus, isso foi um tiro?

- Safira.

Corro em direção a porta e tento abri-la mas ela esta trancada por dentro, olho desesperada para a Eduarda e digo.

- Você tem a cópia das chaves?

- Sim senhora, esta aqui.

Ela pega um molho de chaves dentro do bolso de seu avental e me entrega com as mãos trêmulas, assim que consigo destrancar a porta e entrar vejo a Safira caída desacordada aos pés da porta no meio de uma poça de sangue ao lado de uma pasta de documentos enquanto o Paulo ainda segura uma pistola.

- Você a matou.- Digo quase em um sussurro.-Eduarda corre, chama alguém... liga pra emergência, faz alguma coisa.

A Eduarda corre para fora do escritório enquanto eu me ajoelho ao lado da Safira tentando acorda-la, o Paulo fica ali parado sem reação alguma apenas observando. Logo em seguida algumas pessoas começam a subir para ver o que tinha acontecido, nesse instante o Paulo finalmente parece se dar conta do que acabou de fazer, ele deixa a arma cair no chão e sai correndo.

- Ai meu deus Safira... O que aconteceu Ana?

Olho para a porta e vejo a dona Larissa e o senhor Simas, padrinhos da Safira, eles se ajoelham ao meu lado enquanto a dona Larissa diz em meios as lágrimas.

SafiraOnde histórias criam vida. Descubra agora