Capitulo 44

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Pablo.

Dizem que cada pessoa possui uma alma gêmea, mas que nem todo mundo tem a sorte de encontrá-la, por isso me atrevo a lhes dar um conselho, quando encontrar sua alma gêmea não a deixe escapar pois podemos ter diversas paixões durante a vida, mas amor de verdade só sentimos uma vez.

Acordo com os raios do Sol invadindo o quarto, essa e a primeira vez em mais de um ano que eu consigo dormir à noite toda e tão serenamente, já faz 2 semanas que estou em Madri e até hoje não consegui ter uma conversa calma com a Safira, para ser sincero não consegui ter conversa nenhuma pois não considero as poucas trocas de palavras que tivemos uma conversa, todas as vezes que eu tentei me aproximar ela acabou me evitando de alguma forma, mas se ela pensa que assim ira me fazer desisti está muito enganada, eu já cometi o erro de deixar a mulher da minha vida uma vez e não vou fazer isso outra vez.

Me levanto tomo uma ducha fria e ligo para a floricultura para mandar entregarem mais uma rosa na casa da Safira, tenho feito isso todos os dias desde que lhe mandei aquele arranjo de flores, pois eu não estava brincado quando disse que para cada dia que eu estivesse longe dela eu lhe daria uma rosa.

Assim que encerro a chamada com a floricultura me celular toca novamente, eu mal acreditei em meus olhos quando vi a foto da Safira piscando no identificador de chamadas.

- Alô.

- Oi Pablo sou eu... Safira.

- Eu sei meu amor.

Ela ignora o fato de eu chama-la de meu amor e continua.

- Você ainda quer conversar?

Se eu ainda queria conversar? Como ela ainda tinha dúvidas quanto a isso?

- Claro.

- Pode vir a casa dos meus padrinhos mais tarde?

- Estarei aí.

Ela fica em silêncio por alguns segundos e encerra a chamada, eu ainda não acreditava que finalmente ela aceitou falar comigo, tenho medo de estar sonhando, mas se isso for um sonho eu não quero acordar.

(...)

Já passava das 18 horas da tarde quando o táxi que pedi a recepcionista do hotel chegou, o simples fato de saber que a veria novamente fazia meu coração martelar dentro do peito, essa poderia ser minha ultima chance de faze-la reconsiderar tudo e me dar outra chance... uma ultima chance.

Assim que o taxista para em frente a casa dos padrinhos da Safira sinto uma onda de pânico se apossar de mim, e se ela realmente não conseguisse me perdoar? E se ela só tivesse me chamado até ali para dizer que definitivamente não me amava mais? Pois se tem uma coisa que eu aprendi com toda essa história e que não a amor que sobreviva quando e regado de ódio e sofrimento... e se a dor e o sofrimento que causei em sua vida foi tão grande que ela não consiga me perdoar?

Pago a corrida e salto do carro em direção a porta principal, respiro fundo na inútil tentativa de me acalmar e toco a campainha, algum tempo depois a porta se abre revelando a silhueta da Safira, assim que meus olhos se encontram com os seus sinto como se o mundo todo sumisse a nossa volta, era como se eu tivesse voltado no dia em que a reencontrei naquele hotel, no dia em que soube que minha vida e o meu coração já não me pertencia mais.

- Você veio...

- Claro... eu sou capaz de ir ate o fim do mundo atrás de você.

Ela fica em silêncio por alguns segundos antes de me convidar para entrar. Não sei se era impressão minha mas algo nela estava diferente, não estava tão fria e distante como da última vez em que nos vimos.

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