Bônus

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Presentinho para vocês, um capitulo bônus narrado pela Ana. Quem aqui sentiu a afinidade que ela teve com o Doutor Carter desde a primeira vez que eles se viram hein? Espero que gostem.

Beijos da Alle.

Ana.

Confesso que ver a Safira enfrentando o passado daquela maneira foi mais difícil do que pensei, somos amigas e eu sei o quão dolorosa era para ela reviver tudo aquilo. O advogado do Paulo bem que tentou amenizar a culpa que ele tinha mas não teve jeito a Safira tinha a verdade ao lado dela por isso ganhou a causa. Quando eles tocaram no assunto da violação de dados sigilosos do Paulo eu quase tive um infarto, pois sabia que aquilo era crime mas mesmo assim resolvi ajudar a Safira, mas graças a Deus ela conseguiu se livrar da acusação do advogado sem maiores consequências.

Depois que a Safira encurralou o Paulo com as provas que tínhamos conseguido, um dos policiais veio até mim dizendo que começaria o interrogatório das testemunhas e que eu devia acompanha-lo para me preparar. Não preciso dizer o quão surpresa eu fiquei ao encontrar o Doutor Carter na sala das testemunhas não é mesmo? Eu não sabia que ele também tinha sido intimado, a Safira não havia me dito nada.

Mas como ele foi a primeira testemunha a ser chamada e eu não tive chance de dizer nem ao menos um oi, na verdade foi tudo tão rápido que eu acho que ele nem se deu conta da minha presença ali. Me sinto ridícula por ter ficado animada ao vê-lo, com certeza ele nem deve se lembrar de mim. Quando chegou a minha vez de ser interrogada me senti um tanto acuada pelo advogado do Paulo, até parecia que tinha sido eu a cometer todas aquelas atrocidades, mas a Safira percebeu e me defendeu como uma leoa alegando que o advogado estava me intimidando com seu tom de voz.

Assim que a audiência terminou e o juiz declarou o Paulo culpado de tudo que estava sendo acusado pude perceber o semblante da Safira se suavizar, naquele instante ela havia acabado de se livrar de todo esse peso que carregou durante anos, finalmente ela havia conseguido vingar a morte de seus pais. Corro em sua direção de dando um abraço apertado enquanto digo.

- Acabou Safira, você conseguiu provar que foi o Paulo quem matou os seus pais, parabéns.

- Obrigada Ana, mas ainda não acabou.

Não é possível que irá começar tudo outra vez.

- Como assim?

- Eu quero ouvi-lo admitir o plano sujo dele para me separar do Pablo.

- Safira esquece isso, já se passou mais de 1 ano. Você irá se casar com o Diego em uma semana, por que reabrir essa ferida?

- Eu preciso fazer isso Ana... essa ferida foi reaberta hoje e só assim conseguirei fecha-la novamente.

Assim que a ouço entendo tudo, eu tinha esperanças de que o Pablo e a Sophia passassem despercebidos por ela em meio a multidão mas isso não aconteceu.

- Você os viu não foi?

- Sim e doeu muito.

- Eu sinto muito que as coisas tenham terminado dessa maneira.

- Eu também, agora espere um pouco enquanto eu peço ao juiz que me deixe falar com o Paulo antes de o levarem para o presídio .

(...)

Sigo em direção a uma cafeteria que a em frente ao tribunal para comer alguma coisa, já passava das 11:30 da manhã e eu ainda não havia comido nada. Sento em uma mesa próxima as enormes janelas de madeira e peço um Machiatto, enquanto o barista prepara meu cappuccino me deixo levar pelos meus pensamentos e sou invadida pelas lembranças de um lindo par de olhos verdes que a mais de 1 ano não sem da minha mente.

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