Capítulo 23

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Não importa o quanto tentamos guardar os nossos segredos ou mante-los seguros, porque uma hora ou outra todos vêm a tona, pois quanto mais coisas você tenta controlar, mais chances você tem de errar.

Estamos a dois dias na mansão Contreras e hoje finalmente conseguimos invadir o escritório do Paulo durante a madrugada, assim que todos dormiram eu e a Ana nós levantamos e seguimos para o mesmo, ela ficou surpresa quando viu o esconderijo do Paulo para o cofre, suspeito que ela tenha achando que eu exagerei quando disse que ele tinha um super esconderijo na parede. E eu ainda tenho comigo que se ele teve tanto trabalho para esconder aquele cofre de todos até mesmo da família, e por que nele contém evidências que pode incriminá-lo.

- Não adianta Safira esse cofre só abre com a senha ou a digital do dono, eu nunca vi algo parecido na vida isso... isso e alta tecnologia e esta fora até do meu alcance.

- Entendeu por que eu disse que isso era muito suspeito? O cara projetou um esconderijo na parede para esconder o cofre - Clico em um dos botões do controle remoto fazendo a parede falsa voltar para seu lugar e pego o quadro da parede em minhas mãos-  olha sem o controle remoto podemos até remover o quadro do lugar, mas tudo que vemos e apenas uma parede aparentemente sólida.

- Eu sinto muito Safira mas o único que pode abrir o cofre e o próprio Paulo já que mais ninguém além de nós sabe de sua existência.

Coloco o quadro novamente no lugar e digo totalmente frustrada.

- Pode ao menos tentar invadir o notebook do Paulo?

- Isso já esta ao meu alcance, vamos liga-lo.

Ela caminha em direção ao interruptor de luz e ascende a lâmpada, corro em sua direção e desligo o mesmo dizendo.

- O que você pensa que esta fazendo?

- Ligando a luz.

- Ficou maluca?

- Por que?

- Quer que alguém descubra que estamos aqui?

- Verdade.

Ela segue em direção a enorme mesa de madeira  que fica no centro da sala e liga o notebook do Paulo, que após concluir seu iniciamento abre aba que pede a senha.

- Como você vai fazer para descobrir a senha?

- Eu não vou... o aplicativo que eu desenvolvi vai.

- Como assim?

- Vou usar um aplicativo similar ao que usei para desbloquear a pasta de aquivos da Samara, só que esse aplicativo que desenvolvi não irá criar uma nova senha para o notebook como fizemos com os arquivos, ele irá apenas decodificar e desbloquear , mas eu não modificarei nada, nem ao menos saberei qual e a senha... mas o que importa e que vamos conseguir entrar.

Ela conecta um Pen Drive no notebook que até esse momento eu não havia percebido que ela carregava consigo, alguns cliques no teclado e alguns minutos depois e estavámos "dentro" como ela costumava dizer.

- Então?

- Não tem nada demais aqui Safira.

- Como não?

- Eu não achei nada ilícito ou fora do normal... o notebook dele esta simplente limpo.

- Não pode ser... tem que ter alguma coisa ai.

- Sinto muito mas aqui não tem nada.

De repente escultamos um barulho vindo do térreo, alguém tinha acabado de entrar na mansão e eu acho que é o Paulo, ele havia ligado para Sara avisando que chegaria tarde em casa e quando fomos "dormir" ele ainda não tinha chegado, mas agora já passava das 3:30 da manhã, pensei que ele tivesse chegado em casa a muito tempo. Olho para Ana que também parece assustada com a possibilidade de ser pega em flagrante, ela desliga o notebook rapidamente e saímos quase correndo do escritório em direção aos nossos quartos, para não levantar suspeitas decidimos que e melhor ficar cada uma em seu quarto até que amanheça.

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