Undertale do Humor (Humortale I)

Na Casa Das Aranhas

Prosseguindo a viagem em direção ao castelo, todos continuam passando pelos labirintos de Hotland. Bia, penalizada, deixa que Sans guie o grupo, numa tentativa de fazer o coitado se sentir mais útil durante a jornada. Undyne e Alphys, as mamães orgulhosas, revezam Smyle no colo, e se mordem de vontade de apertar a filha, enquanto a pequena salamandra finge socar o ar com os punhozinhos.

ALPHYS: (maravilhada, ninando a bebê nos braços) parece que ela herdou seu espírito de luta, Undyne!

UNDYNE: (comovida) sim (arrulha para Smyle, que gargalha) você vai querer chutar a bunda das pessoas malvadas, filha? Vai? Awn...

METTATON: (ficando ao lado de Alphys, observando a bebê) ahhh... retiro o que disse ontem, doçuras. Essa bebezinha é mesmo linda! Vai alavancar nossa audiência por aqui, hum...?

ALPHYS: pois é. Até por que você nunca se equivocou antes, né, Mettaton?

METTATON; (aborrecido, chutando o Vulkin que aparece no seu caminho, fazendo o coitado voar gritando e se chocar no Tsundervião) também não precisa esculachar, queridinha...

Todos ficam quietos quando Smyle balbucia animadamente, com a testinha franzida de concentração.

AUTORA: olha só, cara (ri baixo) alguém está querendo falar.

SMYLE: tá... tum... (aperta os olhinhos) to... me... ton... (olha pra Mettaton, que arregala os olhos) Ton Ton. Ton Ton!

ASRIEL: num creio.

SMYLE: (mais animada que nunca, pulando no colo de Alphys, agitando os bracinhos para Mettaton e repetindo) Ton Ton! Ton Ton!

METTATON: (olhos cheios de estrelinhas) ahhhhhhh... awn, querida! Eu sou Ton Ton, é? (pega a bebê no colo, encantado) que gracinha! Ton Ton já adora você, sua salamandrinha linda!

UNIVERSO: OOOOOOOWN...

UNDYNE: aliás, Metta (dá piscadela pra Alphys) quer ser o madrinho da Smyle?

METTATON: (dançando de alegria com Smyle nos braços) ahhhh... claro, Undyne, querida! Vou ensinar para essa doçurinha todos os segredos do glamour! Vamos passar horas nos maquiando e desfilando!

UNDYNE: (olhando pra Bia, que está morrendo de rir) de repente, tô achando que foi uma ideia ruim.

Depois de virarem uma passarela, a turma finalmente se aproxima de uma grande construção, cheia de teias de aranha. Bia toma a dianteira, dando uma batida na porta.

AUTORA: oi? Muffet? Tem gente em casa?

MUFFET: (falando lá de dentro) Ahuhuhu. Mais visitas? Irunihh, querida... saia pelos fundos então... não esqueça de vir tomar chá com a gente na semana que vem! Beijinhos, linda! (mais alto, em direção á porta) já estou indooooo!

Bia e Toriel recuam um pouco – ao que Sans se pões ao lado de Bia – quando, por fim, Muffet, a aranha roxa de lacinhos, abre a porta, saindo da construção e recebendo os visitantes.

AUTORA: fala, Muffet!

MUFFET: oi, Bia. Estávamos esperando vocês! Que bom que estão... (os cinco olhos de Muffet encaram os presentes – e, surpreendentemente, se arregalam ao chegar em Sans) aqui....

Sans também a encara, e, para surpresa geral, parece hipnotizado. Um Pyrope retardado começa a tocar aquela musica do Ghost ao fundo.

TORIEL: (olhando de um para o outro e revirando os olhos, estalando os dedos e acordando Muffet e Sans) bem (bate as palmas uma na outra) podemos entrar? Está tão quente aqui...

MUFFET: (sacode a cabeça, parecendo assustada) han... claro (dá passagem pra galera) fiquem à vontade (entra a seguir e bate palmas) meninas! Sirvam chá para nossos hóspedes! Vamos, vamos!

Várias aranhas e aranhinhas surgem, trazendo xícaras de chá quentinho para todos. Porém, todos percebem que a própria Muffet fez questão de trazer pessoalmente o chá de Sans.

ASGORE: (cochichando com Papyrus apontando para ela) olha aquilo, Paps.

MUFFET: (rindo abobadamente) quer mais alguma coisa? Um biscotinho? Um pãozinho? (acrescenta, baixo demais para Sans ouvir) eu, de repente...?

AUTORA: ai meu Deus (segura o riso e quase engasga com o chá) a Muffet tá querendo a salsicha do Sans, cara (se joga no ombro de Asriel para sufocar uma risada) ai meu rim. Socorro, senpai.

ASRIEL: (unindo a ponta dos dedos e sacudindo a mão num jesto de WTF) que merda de shipp é essa?

UNDYNE: (tentando convencer Smyle a beber o chá que ela colocou numa mamadeira feita de várias lancinhas do tamanho de palitos de dente) os dois gostam de extorquir dinheiro alheio e são sarcásticos. Eles se merecem.

PAPYRUS: (enciumado) se esse shipp tivesse cara, eu socaria o rosto dele! (dá um epteleco na barbatana de Undyne) e não fala assim do meu maninho!

Depois que todos terminam o chá das cinco (embora já sejam seis), Muffet manda suas colegas tecerem vários colchões fofinhos para que os visitantes passem a noite. Ainda por cima, também encantada com Smyle, faz um bercinho suspenso, todinho feito de teia de aranha, para que Undyne e Alphys possam ninar Smyle sem problemas.

ASRIEL: (rindo do olhar perplexo da mãe, que encara ele e Bia deitados no mesmo colchão de teia) que foi, mãe? A gente só vai dormir aqui. Fizemos um voto de castidade, como é tradição dos Dreemurr, até juntarmos os farrapos.

AUTORA: sim (boceja, rindo) ao contrário do comediante e da nossa anfitriã... hehehe.

CHARA: (deitada com a cabeça no colo de Frisk num sofá-teia) verdade, mamãe (dá piscadela pra Toriel) e depois, a senhora não pode falar muita coisa. Tenho certeza que vai fazer as pazes com papai hoje a noite (risadinha maligna) ou outra coisa também.

METTATON: fazer as pazes? (dá risada) é assim que chamam o acasalamento hoje em dia?

TORIEL: (injuriada) hunf (vai pro seu canto, chateada)

PAPYRUS: (aparece atrás de Mettaton, levantando um pouco no colchão) falando nisso, cadê meu irmão?

Frisk aponta para cima, no teto da construção, onde, suspensos por uma rede de teia, Sans e Muffet trocam beijinhos carinhosos. Bia olha para Papyrus, e aponta com o dedo pra dentro da boca, num gesto de quem quer vomitar.

ASRIEL: (acotovelando Bia) e eu já pensando besteira aqui ri) ovo ou parto normal?

AUTORA: (revira olhos) a questão é: se o esqueleto da aranha fica do lado de fora do corpo, e Sans é um esqueleto normal, vai sair o que? Aranhas viradas do avesso? Elas já dão bastante medo sem conjurarem Spider Blasters...

SANS: (suspirando lá do alto, deitando a cabeça na de Muffet) ai, Muffet. Você não é sofá, mas me faz perder o controle...

MUFFET: (rindo) hihihihi, seu bobo...

AUTORA: (falando baixo e sorrindo) ah, tá bem. È fofo.

Asriel balança a cabeça, achando braça, e abraça Bia. Depois disso, todos ali, cansados, finalmente adormecem. Mettaton, num gesto de boa vontade, atira seu salto na tela, fazendo tudo desaparecer em glitter e glamour.