Bota Água No Feijão... Chegou Mais Um!

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ENQUANTO ISSO, NA SALA DE ESPERA DO HOSPITAL DO CASTELO...

PAPYRUS: (com Calibri dormindo em seu colo, sentindo algo cutucar seu crânio) mas que di... (olha pro lado, e vê Cross batucando o dedo numa trena, cuja régua está batendo na sua cabeça) Cross (suspiro longo) eu posso saber o que você está fazendo?

CROSS: (sorrindo) o que acha, Papyrus? Eu estou... MEDINDO... SUA... PACIÊNCIA!

PAPYRUS: (enquanto a sala toda de espera ri) AHHHH, CROSS! POR QUE VOCÊ E SANS PRECISAM ARRUINAR MINHA VIDA???

UNDYNE: (em uma maca, com a bunda enfaixada, numa posição que deixa Alphys – e provavelmente um leitor em especial – decididamente fogosos) fala sério (bota a mão no queixo e o cotovelo na maca, vendo Asgore roendo as unhas e Asriel com uma cara paranóica) se preocupar com a demônia parindo lá dentro ninguém quer, né?

NA SALA DE PARTO...

CHARA: (morrendo de dor na mesa de operações) ahhhhhhhh... essa criança vai me partir ao meio!

AUTORA: (enquanto Toriel apronta as coisas no canto da sala) essa fala não é do meu marido?

CHARA: (convulsionando na maca) FOUDASSE , MERMÃ!

AUTORA: (com a mão no peito) nossa, Keura...

FRISK: (de toquinha e tudo, segurando a mão da namorada) se acalma, amor. Respira fundo...

CHARA: FALAR É FÁCIL, NÉ? NÃO É TU QUE TÁ TENTANDO BOTAR UMA CRIANÇA NO UNDERGROUND! (se contrai toda e começa a choramingar de novo) ainnnn...

TORIEL: (finalmente volta, ficando na frente das pernas de Chara) pronto, querida. È só fazer força. Quanto mais você forçar, mais o bebê vai sair.

Chara assente, contraindo o rosto de um jeito doloroso, dando mais alguns berrinhos.

CHARA: tira isso de mim, mano... (funga, tampando a cara com as mãos) ai, mamãe... tá doendo muito... (grunhe baixinho) se essa dor foi a que eu causei pro povo na rota genocida dos outros universos... ai... peço perdão por ter nascido... ai... cara...

AUTORA: toma (dá um Gentilvete na boca de Chara) vai aliviar a dor... (Chara mastiga e engole o doce, parecendo um pouco mais aliviada) beleza. Tori?

TORIEL: (sorrindo) ahhh... acho que já estou vendo a cabecinha dele, filha!

Bia dá um gritinho gay (é de admirar que uma menina não saiba dar um gritinho gay, né? Tipo...) e começa a saltitar do lado de Frisk - que parece estar fazendo o cosplay de um vampiro de tão pálido. Chara continua ajudando nas contrações como pode, mas está tão fraca que mal consegue gritar de novo.

AUTORA: opa. Belezinha, Chara! Já tá saindo! Força na peruca, miga!

Durante alguns minutos, Chara faz força de um lado e Bia puxa do outro. Finalmente, depois de quase sete minutos de Chara xingando baixinho na maca, Bia dá uma risada animada, pegando algo nos braços e fazendo uma magia simples para limpar a bagunça toda.

FRISK: n-nasceu? (ofega) nasceu!

Todos arfam quando um choro alto e fofo ecoa na sala.

AUTORA: (sorrindo para Toriel, embalando uma mantinha no colo) olha só. È uma menininha!

CHARA: (exausta, mas admirada) uma m-menina...?

Bia, sorrindo, dá o bebê no colo de Chara. Frisk e Toriel se aproximam, encantados, vendo a pequena nenê, de cabelos castanho-escuros e olhos cor-de-rosa, balbuciando alegremente nos braços da mãe.

FRISK: (vendo Chara franzir a testa de um jeito pensativo para a filha) amor...?

CHARA: Mas... mas... (parecendo injuriada) ela é fofa e meiguinha! Não pode ser minha filha! (faz cara indignada) amor, a gente pode jogar fora e fazer outra?

FRISK: (enquanto Bia não agüenta e começa a rir) CHARA!

CHARA: (desmancha a cara, rindo) tô zoando, amor (abraça a bebê, arrulhando) bem vinda à família, filha!

UNIVERSO: OWNNNNNN...

AUTORA: (faz surgir, nas mãos, a DNV do bebê e uma caneta, para fazer a certidão de nascimento) bem... nomeie a criança nascida, gente.

Chara e Frisk se entreolham, enquanto o papai orgulhoso abraça as duas.

CHARA: ela vai se chamar... Lilith.

AUTORA: (ergue a sobrancelha) Lilith? Feito a demônia daqueles jogos de RPG?

CHARA: é.

AUTORA: (dá de ombros)... beleza. Boa sorte... Lilith...

Bia resmunga um "ela ainda vai resetar essa droga", ao que Toriel ri.

MINUTOS DEPOIS, NA APRESENTAÇÃO DO BEBEÊ Á GALERA...

PAPYRUS: (olhando dentro do embrulho no colo de Frisk, enquanto o restante tenta paparicar o bebê ao redor) olha só, Sans! A pequena humaninha se parece muito com a mãe... exceto, claro... as bochechas rosadas e o olhar psicótico... (guincha quando Chara revira os olhos)

SANS: olha só (risadinha) ela é mesmo a tua fuça, pirralha.

CHARA: (olha para Sans) quer pega-la?

Sans arregala as órbitas, enquanto Bia fita Chara como quem quer ter certeza de que ela não meteu a cabeça num poste.

SANS: e-eu? Pegar a Lilith?

CHARA: (sorrindo) é.

Desajeitado - e sem graça -, Sans apanha Lilith do colo de Chara. A bebê dá uma risadinha, segurando a mandíbula do esqueleto com a mãozinha minúscula.

FRISK: (encantado da vida) gostou de você, colega.

AUTORA: (acotovelando Chara, que parece satisfeita) tá amolecendo, amiga?

CHARA: (dá de ombros) sei lá (inclina a cabeça, olhando pra filha com carinho) acho que chega uma hora na vida... que a gente cansa de só sentir ódio e apatia.

METTATON: (abraçando Chara, que guincha) falou bonito, doçura!

CHARA: o que não quer dizer (empurra Mettaton) que te dei licença pra me agarrar, caramba. Sai. Xô.

ASRIA: (com as demais crianças, subindo nas macas para enxergar a prima, enquanto Smyle salta no ombro de Undyne e aponta para a bebê) ai, papai! Ela é tão fofinha!

ASRIEL: sim, é mesmo, filha.

CROSS: vocês estão morrendo de fofura aí... (olha para Chara, dando dois passinhos para trás) mas eu ainda me PARTO de rir com essa história toda.

Todo mundo balança a cabeça, enquanto Chara – pelo visto já recuperada e de volta ao modo genocida – sai correndo atrás de Cross.

CHARA: VOCÊ QUER MORRER, NÉ, FILHA DA PUNTA? (berra) VOLTA AQUI, Ô DA PEIXEIRA!

CROSS: HAHAHAHA... TROLLEI!

Bia, revirando os olhos, acompanha os dois sumindo sala afora, enquanto Sans sacode as clavículas e continua paparicando Lilith, como os demais que estão reunidos. Sorrindo, sacode a mão e fecha a tela, fazendo tudo sumir em nuvens prateadas.

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