— Olha o aviãozinho. — faço um movimento prós lados até finalmente aproximar a colher da boca de Estela, ela parece animada com o barulho que faço com os lábios, pois abre a boca sem choramingar. — Muito bem.
Enquanto a bebê engole o mingau, tomo um gole do meu café e faço tudo de novo com o aviãozinho. Estava tão entretida com Estela, que não percebi Ben entrar na cozinha. Ele sentar no outro lado da mesa, em minha frente. Olho para ele e reviro os olhos, eu detesto esse homem, e depois do ocorrido de ontem a noite, eu esperava que ele tivesse um pingo de vergonha na cara e fosse embora. Mas pelo visto não tem.
— Eu queria pedir desculpas por ontem a noite. — começa, mas eu não olho para ele. Limpo a boca de Estela e sorriu quando ela bota a língua para fora. — Você tem todo o direito de estar chateada.
Chateada? Eu tô é puta da vida. Mas não digo nada, permaneço calada.
— Eu não esperava que Anny fosse capaz de ... fazer mal a uma criança, eu só pedir que ela olhasse Estela enquanto eu ia rápido no Subway da esquina.
— Célia, prepare o carrinho de Estela, por favor? Ela precisar sair um pouco. — a bebê parece entender minhas palavras, pois bate as mãos em sua cadeirinha animada.
— Eu estou falando com você, Lorena. — que profissional, me chamando pelo meu nome. Continuo a ignorá-lo e levanto da cadeira para tirar Estela da sua cadeirinha e ir limpá-la para o passeio. Apesar de ser sábado, às ruas eram quietas durante o dia.
Quando estou saindo da cozinha, escuto a cadeira ranger e segundos depois o corpo de Ben para em minha frente, impedindo minha saída. Ele abre a boca, mas logo tornar fechá-la, parece ter mudado de idéia sobre o que ia dizer. Tento passar, mas ele me seguram no lugar, juro que se eu não tivesse com Estela em meus braços, eu lhe daria uma joelhada no meio de pernas.
— Não, me toque. — Ben ergue as mãos em um sinal de paz.
— Deus, você pode me escutar?
— Não.
— Olha, desculpa, ok? Eu tô me sentindo um lixo desde de ontem, e ver essa marca no braço de Estela só piora as coisas.
— Ah, agora é culpa de Estela por ter sido agredida?
— Quê? Não! Eu tô tentando dizer que minha culpa só aumentar quando vejo, eu nunca deveria ter deixado ela sozinha.
— Até que fim estamos falando a mesma língua.
— Estou desculpado?
— Não sei, Estela ainda não sabe falar, talvez quando ela estiver um pouco maior, você tenha essa conversar de novo.
— Estela já me desculpo, tive uma conversa com ela antes de você acorda. — Ah, então é por isso que ela não acordou chorando. — Estou pedindo desculpas a você.
A surpresa foi tão grande, que passei vário segundos apenas piscando os olhos.
— Eu?
— Sim, você. Você confio em mim para cuidar dela e eu falhei, desculpe.
Rio nervosa, eu não estava acostumada a isso, Benjamin Argent pedindo desculpas e todo arrependido em minha frente. Eu estava começando a ficar com medo.
— Você está pretendendo me matar?
Ele ergue as sobrancelhas confuso.
— Como?
— Você está doente?
— Não.
— Estamos sendo gravados?
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Lola
RomanceAos dezoito anos você pode esperar e desejar muitas coisas. Como uma bolsa na faculdade, finalmente encontrar o amor da sua vida, ter seu coração partido pelo mesmo. Até mesmo ganhar na loteria! Haviam mil e uma possibilidades para o futuro de Lola...