Lola

Epílogo II

                      CAMI & PAUL

— Ele vai chorar.

— Não, ele não vai.

— Eu conheço meu irmão, ele vai chorar.

— Não, ele não vai! Vai no mínimo ficar surpreso.

— Quê aposta? — Paul vira em direção a sua mulher. — Lembra quando Ben pediu a Lola em casamento?

— O cachorro comeu a aliança e o coitado já tinha planejado tudo, essa não vale. — Cami defende seu cunhado.

— E da vez que eles levaram Estela para o primeiro dia de aula? — Paul estava determinado a mostra para ela que estava errada.

— Acho que você deve está confundido as coisas, pois só foi Lola que chorou. — e Cami lembrava bem daquele dia, pois ela quase chorou junto com Lola.

— Vai aposta ou não? — ele estende a mão a ela.

— Eu não sei, se o chefe descobri …

— Aposte logo mulher! — Paul sabia onde ela queria chegar toda essa enrolação. Mas Cami acabar apertando sua mão.

Nesse momento a porta do consultório é aberta e Lola é a primeira a entrar, seguida por Estela e por último Ben.

— Vista isso é logo começaremos.

Lola pega a roupa de hospital e se direcionar até o banheiro ali dentro.

Paul sorrir quando ver seu irmão enxuga as mãos suadas na calça. Ele sabia bem que tipo de nervosismo ele estava passando.

Estela, que até então estava olhando o aparelho de ultra-sonografia, vem em direção a eles. Os dois abrem sorrisos, mesmo sabendo que a menina não podia ver os pais.

— Papai, que tamanho está meu irmãozinho agora? — ela pergunta olhando as fotos de bebês em todos os estágios da gravidez na parede.

— Eu não sei, pequena. — ele vem para o lado da filha e também ficar olhando as fotos. — Sua mãe disse que está de treze semanas.

— E o que isso significa?

— Quatro meses. — Lola responde saindo do banheiro.

Lola vai até a cama e deitar, levantar o vestido hospitalar deixando só sua barriga amostra, e Ben cobre sua parte de baixo com o lençol.

— Muito bem. — o médico diz passando o geo em sua barriga.

O som de coração batendo os pegar de surpresa, menos o médico.

Cami sorrir quando lembra da primeira vez que fez a ultra-som Estela. Ela e Paul não comemoram quando descobriram o sexo do bebê, pois sabiam que existia grandes chances daquela gravidez não ir até o fim. Mas um milagre aconteceu, e ali estava Estela, linda e saudável, eles só lamentavam por ainda não estarem em vida para poder presencia de perto o crescimento da filha.

— Porque o bebê tem duas cabeça? — Estela perguntar, depois olhar para o médico em tom de acusação.

— Como? — Lola e Ben perguntam em uníssono.

— Verdade, como eu não tinha percebido isso antes? — o médico começar a mexer na barriga de Lola de todos os lados.

— A menina é minha. — Paul sussurra no ouvido de Cami.

O médico que atendeu Lola em sua consulta pré natal, estava sem os óculos, e o homem era praticamente míope. Sendo assim, ele não vio o outro bebê.

— Está tudo bem doutor? — Ben perguntar.

— Está tudo perfeito, assim como os bebês.

Os dois respiram aliviados, mas não por muito tempo. Estela foi a primeira se pronunciar.

— São dois bebês? — a menina perguntar animada.

Ambos não sabiam, mas existia uma grande chance de terem gêmeos. A mãe de Ben era gêmea, assim como o próprio Ben, mas o seu irmão infelizmente não sobreviveu.

Lola olhar para o marido com os olhos cheios de lágrimas. Ben encarava a máquina onde se podia ver duas formas, os dois bebês em desenvolvimento.

— Ben?

— São dois milk-shake. — ele finalmente olhar para ela.

— Tudo bem para você?

— O nosso amor está vindo em dose dupla, poderia ser melhor que isso? — Lola meio que rir, meio que chorar quando Ben a beijar.

— Eu te amo.  — ela sussurra.

— Eu te amo. — ele repetir e mais uma vez a beijar.

Paul esperou o momento que seu irmão iria começar a chorar, mas não veio.

— Olhe só. — o médico exclama — Parabéns mamãe e papai, está vindo ai duas meninas.

Mas não era verdade, e Cami e Paul sabiam. Lola e Ben estão esperando uma menina e um menino, e os dois estavam ali para isso, como guardiões da guarda para os gêmeos.

— A menina é minha. — Cami virar em direção ao marido e sorrir, e Paul bufa.

— Isso não é justo.

O menino seria o mais levados dos gêmeos, isso significava trabalho em dobro para ele.

— Saiba perder, meu amor. — ela o abraça. Os dois viram e observar por um momento o casal se olhando apaixonado, o amor deles parecem ter se duplicado com a notícia dos gêmeos. Estela se juntar a eles, e juntos começam a planejar o futuro para família.

— Temos que ir, o chefe nos espera.

Sendo assim, os dois somem, mas eles voltariam. Eles sempre voltavam.