Capítulo 32

35.7K 2.9K 1.7K
                                    

Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser uma eterna azarada
Ah meu Deus!
Eu sei... Eu seeeei
Que a vida devia ser menos complicada e será...
Mas isso não impede que eu repita
Tô fodida... Tô fodida... Tô fodida...

Só não comecei a sambar tipo a globeleza porque ainda estava sendo segurada pelo Dylan e Aaron, os dois trocavam olhares mortais e eu parecia uma pequena estátua entre eles. Afinal, quem era eu pra interromper a imagem do Dylan irritado somada a perfeição do Aaron com seus olhos azuis parecendo sair faíscas. Se eles não estivessem segurando os meus braços, eu iria tirar uma foto e colocar na parede do meu quarto, teria ótimos sonhos olhando aquela imagem todos os dias antes de dormir.

- Solta o braço dela. - Como sempre ordenou o Dylan, no entanto o Aaron não deu ouvidos a ele. E ainda me perguntam o porquê eu reclamo da vida, eu tinha dois gatos prestes a brigar por minha causa, mas ao invés disso um deveria está apanhando de mim por está conversando com uma puta e o outro tratando dos seus problemas mentais que só aumentam a cada dia. Se isso não é azar, então eu não sei o quê é.

- Você não ouviu que ela não quer conversar com você? - Eu até que queria ver uma treta, mas o Aaron apanharia feio enfrentando o Dylan. Por isso me manti quieta no meu canto.

- Eu não sou surdo, querido Aaron. E ela não tem que querer porra nenhuma, preciso conversar com ela e ponto final. - Senti meu braço esquerdo sendo puxado com força e no mesmo instante o direito também foi puxado me fazendo ficar parada com os braços abertos parecendo a estátua lá do Brasil que meu pai enviou uma foto.

- EU NÃO SOU UM OBJETO, CARALHO! VOCÊS ESTÃO ME MACHUCANDO, ME SOLTEM! - Gritei impaciente, o lugar onde eles estavam apertando tava começando a doer. No entanto, apenas o Aaron soltou e me pediu desculpas, o ogro fingiu nem me ouvir, apenas parou de apertar meu braço com força.

- Não teste minha paciência, Mel. Precisamos conversar e você sabe disso. - Oi? Eu sei?

- Pode refrescar minha memória, Dylan? Não lembro de nenhum assunto que seja de mútuo interesse. - Arquei uma sobrancelha e como de costume ele revirou os olhos. Somando tudo que o Dylan já me fez depois que viemos pra Miami, eu estava pouco me importando. É claro que eu estava me corroendo de curiosidade para saber qual o assunto e milhões de ideias se passavam na minha pobre e iludida cabeça. Entretanto, eu tenho meu orgulho e já tinha me humilhado demais hoje depois de cair na piscina durante uma festinha.

- Tem razão, Mel. Quando você crescer, talvez tenhamos. - Seu tom de voz irônico e a insinuação que eu sou criança me deixaram sem saber o que falar, ainda bem que ele se afastou encerrando o assunto.

- O Dylan é muito estranho. - Ouvi a voz do Aaron e desviei o foco de um certo lugar que eu já jurei inúmeras vezes parar de olhar e ficar pensando imprudências.

- O que ele queria conversar com você? - Questionou e eu comecei a andar em direção às escadas com ele atrás de mim. A festa estava sendo apenas do lado de fora e dentro da casa ainda estava a mesma bagunça de mais cedo, com exceção dos corpos espalhados por aí.

- Foda-se o Dylan. O que você estava falando com aquelazinha? - Parei de andar no segundo degrau da escada e olhei pra ele cruzando os braços. Eu já tinha julgado tanto o ciúme doentio da dona Mia, mas agora eu tinha uma noção do quanto aquilo era poderoso.

- Não tem importância, Mel. - Ergueu a mão para tocar o meu rosto mas eu a parei no meio do caminho. Ele abriu um pequeno sorriso e sem eu esperar passou um braço em volta da minha cintura me puxando para perto dele, tentei não olhar para seu peitoral bem definido tão próximo de mim mas foi em vão, meus olhos analisavam cada centímetro dali. Mas aí eu lembrei que deveria está com raiva dele.

30 Dias Com Eles |PAUSADO|Onde histórias criam vida. Descubra agora