Capítulo 25

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- Eu não tenho roupa pra ir. - choraminguei depois de tirar todas as minhas roupas do guarda roupa e jogar no chão. Meu quarto ficou a maior bagunça, já estava anoitecendo e eu não encontrei nada digno pra usar.

- Mel... - ouvi batidas na porta e a voz do Aaron me chamar, gritei para ele entrar e o no segundo seguinte meu quarto estava iluminado pela beleza daquele ser loiro. Seu cabelo estava molhado e penteado para trás, mordi o lábio ao imaginar bagunçando ele todo enquanto nos beijavámos.

- Tranque a porta pra ninguém entrar querendo te matar. - ele sorriu da forma maravilhosa que só ele sabia e fez o que eu mandei.

- Passou algum furacão aqui? - Ele veio até onde eu estava e sentou no chão ao meu lado. Seus olhos me analisaram de uma forma divertida e o sorriso no seu rosto aumentou. Quem precisa de um ogro quando se tem um príncipe?

- Eu não tenho roupa pra usar hoje. - reclamei novamente e seu sorriso mudou para um sorriso de lado parecendo os sorrisos pervertidos dos gêmeos. Opa, opa, opa, aquilo podia ser interessante.

- Desde que você não use apenas isso, pra mim tudo bem. - ele ergueu uma mão e tocou meu cabelo, senti vontade de abrir um buraco e enfiar minha cabeça quando ele me mostrou uma calcinha de renda minúscula.

Como diabos isso foi parar na minha cabeça?

Ao sentir minhas bochechas queimarem com o olhar safado que eu recebi dele, lembrei que eu não era uma garotinha insegura, não havia motivos pra ficar com vergonha. Aplicando os conhecimentos adquiridos com a tia Bella, devolvi o olhar e mordi o lábio inferior.

- E se eu quiser usar? - provoquei e eu senti meu corpo estremecer com a intensidade do olhar que ele me lançou.

- Não provoque, Mel. - advertiu mas pelo seu tom de voz era notável que ele não queria que eu parasse.

- Não é provocação, Aaron. - tomei o objeto das suas mãos e arquei a sobrancelha pra ele. - Você acha que combina com o quê? - o loiro mordeu o lábio inferior e foi diminuindo a distância entre nós.

- Era bem mais fácil quando você era uma criança. - sussurrou quase inaudível e deixou nossos rostos a centímetros um do outro. - E se for apenas pra eu ver, acho que fica perfeito sem nada. - seus lábios roçaram levemente nos meus enquanto ele falava. E se eu já não estivesse no chão, sem dúvidas eu iria pra ele. O Aaron fofo já é bom, sendo safado então.

Ao terminar sua frase, eu já nem sabia mais como respirar direito, a temperatura no lugar pareceu subir de repente e minha única reação foi jogar a calcinha pra longe, prender minhas mãos no seu cabelo e unir nossos lábios.

Sua língua quente e macia encontrou a minha e elas se moviam no mesmo ritmo, suas mãos afastaram os fios de cabelo do meu rosto e ele aprofundou o beijo. Ele deitou nossos corpos no meio da bagunça das minhas roupas, ele se encaixou entre as minhas pernas e pude sentir muito bem ereção, sem ter controle sobre meu corpo minhas pernas rodearam sua cintura, suas mãos desceram para o meu corpo e ele continuou o beijo que era sem dúvidas o melhor beijo que eu já havia experimentado até agora.

Esperei ouvir batidas na porta e alguém interrompendo tudo, mas não aconteceu. Eu já nem conseguia mais raciocinar direito e quando eu mordi seu lábio, ele afastou seus lábios dos meus.

- O que você faz comigo, Mel? - o tom rouco da sua voz, seu hálito próximo do meu rosto e seu dedo que percorreu o contorno dos meus lábios fizeram meu corpo arquear em direção ao seu.

- Temos que parar por aqui. - ele deu um selinho rápido nos meus lábios e saiu de cima de mim, soltei um suspiro de frustração e vi ele sorrir.

- Não é tão fácil se controlar. - se explicou e me estendeu uma mão me ajudando a levantar. Eu entendia o lado dele, ele era homem. E por mais pervertida que eu fosse, ainda não me sentia pronta pra me entregar e ele deveria saber disso. Mas eu queria continuar beijando ele!

- Tudo bem. - falei sem muita empolgação. - Pode me ajudar a jogar isso dentro do guarda roupa? - ele sorriu e assentiu, em seguida me puxou para seu corpo e me beijou, dessa vez um beijo mais comportado, mas mesmo assim perfeito.

O Aaron fazia eu me sentir bem, não era como o Dylan que me irritava ao extremo e sempre me deixava confusa.

Nos afastamos minutos depois e ele me ajudou a colocar tudo de volta no seu lugar.

- Aqui uma roupa perfeita pra você usar. - olhei pra ele que estava erguendo uma calça jeans e uma blusa folgada de mangas longas.

- Eu vou pra uma festa, Aaron. E não está fazendo frio pra eu usar isso. - ele olhou mais uma vez pras roupas, em seguida olhou pra mim.

- É bem melhor que aqueles seus vestidos que faz todos pensarem merda. - sorri com suas palavras.

- A culpa de vocês homens terem mentes poluídas não é minha. - defendi e ao lembrar dos "vestidos que fazem todos pensarem merda" lembrei de um perfeito pra hoje.

- É isso... - saí jogando roupas para todos os lados a procura da peça. Quando finalmente a encontrei, fiz uma dancinha da felicidade e só lembrei que eu tinha plateia quando ouvi o som de palmas e um assobio. Olhei para o Aaron e mostrei o que seria meu look da noite, ele fez uma careta desaprovando.

- Eu ainda prefiro a calça. - retrucou.

- Uma pena que me visto pra cobrir meu corpo e não pra agradar alguém. - devolvi com grosseria e seu sorriso apareceu.

- Esse vestido não vai cobrir nada e garanto que ele vai agradar muita gente e eu não quero um monte de idiotas olhando pra você. - ele deu passos na minha direção diminuindo a distância entre nós.

- Ciúmes, Aaron? - ele envolveu um braço na minha cintura e colou nossos corpos novamente.

- Digamos que sim, Mel. - confessou e foi impossível não comparar ele com o Dylan. O Aaron era tão claro. O Dylan tão fechado.

- Então acho bom você ficar de olho em mim a noite inteira, porque eu vou usar esse vestido. - roubei um selinho dele e consegui escapar. Ele tentou me puxar pra si de novo e eu corri, ele correu atrás de mim e não demorou muito pra me segurar pela cintura e erguer meu corpo do chão, tentei me soltar e ele acabou se desequilibrando nos fazendo cair rindo como dois idiotas. Rolei meu corpo para o lado e apoiei minha cabeça no seu braço, ficamos encarando o teto sem dizer nada, apenas tentando controlar as respirações.

- Eu me sinto tão bem quando estou com você. - pronunciou as palavras que minutos atrás eu havia pensado. Ele virou o rosto para o lado e me encarou, senti meu peito bater mais forte e sorri sem querer.

- Digo o mesmo. - um sorriso tímido se abriu no seu rosto e ele beijou meus lábios suavemente. Ficamos perdidos no momento só nosso e apenas quando ouvimos o barulho de alguma batida de música eletrônica nos afastamos.

- Preciso ir me arrumar. - falei me levantando e ele fez o mesmo. - Até daqui a pouco. - dei um último selinho nos seus lábios e o empurrei até a porta. Ele ainda me beijou três vezes antes de ir.

Já sozinha no quarto fiquei sorrindo feito boba pelos últimos acontecimentos. Deixei o vestido que eu iria usar em cima da cama e joguei o restante das roupas no guarda roupa. Em seguida fui tomar banho, demorei mais que o normal pois estava fazendo meu show cantando Hands to myself da Selena Gomez.

Quando sai do banho enrolada no roupão e com uma toalha no cabelo quase cai pra trás quando vi o Dylan sentado na minha cama, mas o que me fez ficar em estado de choque foi ver o objeto nas suas mãos e o olhar intrigado dele para o mesmo.

Calcinha maldita!

30 Dias Com Eles |PAUSADO|Onde histórias criam vida. Descubra agora