Capítulo 5

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Aaron acima⬆😏

Como não consegui lembrar de nada, tentei dormir mas assim que fechei os olhos escutei a porta do meu quarto abrindo.

- NÓS NÃO FIZEMOS NADA, CARALHO! - escuto o Dylan gritar e minha cabeça dói.

- E eu sou uma fada! Você tem noção do que vai acontecer comigo se o Chris souber o que você fez com a Mel? A BRUXA DA MIA VAI ME MATAR POR ESTRAGAR SUAS FÉRIAS, PORRA!

- CALEM A MERDA DA BOCA QUE MINHA CABEÇA ESTÁ DOENDO. - jogo um travesseiro neles e o Dylan o pega no ar.

- Mel, explica pra ele que nós não fizemos porra nenhuma. Porque eu contei sobre você está bêbada e os meninos serem presos e ele só se importou com a parte que acha que eu te fodi. - meus olhos se arregalam e o tio Brian acerta um tapa na cabeça dele.

- Respeito moleque! Porque ela é a única de vocês que não saiu com defeito. - me sento na cama e vejo que o Dylan ainda está apenas com uma toalha em volta do corpo, o tio Brian deve ter visto ele saindo do meu quarto e pensou besteira. Lembro que eu também não vesti uma roupa e puxo o cobertor pra esconder ainda mais o meu corpo, se o tio Brian me ver de calcinha e sutiã ele vai matar o Dylan.

- Eu não lembro de nada, tio. - falo esfregando minha cabeça que parece que vai explodir e ele caminha e senta na cama ao meu lado, sua mão toca a minha testa e então se vira para o Dylan.

- Por que você deixou ela beber? - pergunta mais controlado e o Dylan dá de ombros.

- A babá aqui é você, não eu. - Escuto meu tio xingar minha mãe e dizer que tudo é culpa dela.

- Vista uma roupa e fique com ela, eu vou na delegacia. É bom não aprontar nada. - o Dylan revira os olhos e sai do quarto.

- Você vai contar ao papai? - faço uma carinha triste e ele me olha com pena, a única coisa boa em te considerarem uma criança é porque eu sempre consigo o que eu quero com meus tios. Ele acaricia o meu rosto e beija minha testa.

- Não, meu amor. Eu já tive sua idade e já fiz muita merda. Mas me prometa que não vai mais beber. - assinto com a cabeça e o abraço me fazendo de vítima. - Você tem certeza que o Dylan não fez nada com você? - aah como eu gostaria que ele tivesse feito.

- Ele me ajudou, se não fosse por ele eu nem teria chegado em casa. - defendo o Dylan e imagens dele me carregando no colo aparecem na minha cabeça. Preciso me lembrar de beber mais vezes.

- Até hoje eu não entendo como você saiu da Mia. - diz sorrindo e o Dylan entra no quarto usando apenas uma calça de moletom que caem perfeitamente em suas coxas grossas. Meus olhos caem sobre sua barriga definida e o tio Brian olha para o mesmo lugar.
- Qual a parte do "vista uma roupa" você não entendeu? - pergunta ao Dylan sem alterar o tom da voz.

- Está calor e eu não sou um pedófolo.

- Você só poderia ser filho do Ian. Durma, princesa. - ele beija minha testa mais uma vez e sai do quarto levando o Dylan junto.

Viro meu corpo para o lado e consigo dormir. Sonho que estava nos braços do Dylan e nossos lábios estavam a centímetros um do outro, mas seu rosto mudava e eu via o Aaron com alguns fios loiros caindo sobre o rosto, quando estávamos quase nos beijando aparecia o rosto do Ethan, ou seria do Austin, pela primeira vez não consegui destingui-los, e quando nossos lábios se tocam... Sinto uma pancada forte em todo o meu corpo.

- PUTA QUE PARIU! - abro os olhos e minha cabeça dói e meu corpo inteiro também dói. Vejo os olhos azuis do Jack me olhando com raiva, há uma marca roxa neles e um pequeno ferimento próximo a sua boca.

- EU FUI PRESO POR SUA CULPA, PIRRALHA! - ele grita e eu tento me levantar, esse menino tem uma mania de me acordar me derrubando.

Minha cabeça gira e eu consigo sentar no chão, flashes de memórias surgem na minha cabeça, eu beijando o garoto da praia, bebendo alguma coisa que queimava minha garganta, dançando em cima de uma mesa, pedindo ao Aaron pra me beijar, meus irmãos e primos se envolvendo em uma briga, eu encontrando o Dylan com uma vadia, eu vomitando nele, ele me pegando no colo, a polícia chegando, ele me dando banho, seu corpo coberto apenas com uma toalha e o tio Brian dizendo que não ia contar aos meus pais.

- Caralho, que noite! - foi sem dúvidas a noite mais louca da minha vida. Levanto do chão e sinto meu estômago revirar, corro até o banheiro e coloco tudo que há dentro de mim pra fora, o Jack nem se dá ao trabalho de me ajudar e some do quarto. Sento no chão do banheiro e fecho os olhos esperando a ânsia de vômito passar, ressaca não é uma coisa legal.

- Mel... - a voz do Aaron me chama e parece está perto. - Você está bem? - nego com a cabeça ainda sem abrir os olhos. Sinto o calor do seu corpo próximo ao meu e seus dedos tocarem o meu queixo virando meu rosto na sua direção e sem querer eu abro os olhos, encontrando os seus que hoje estão azuis, eles variam entre azuiz e verdes, o seu rosto não está tão machucado quanto o do Jack, só há um pequeno corte próximo a sobrancelha. Todos devem está assim por minha culpa, pensando bem, a culpa é toda deles. Se eles não me tratassem como criança eu não precisaria fugir deles e isso teria evitado muita coisa.

- Vocês estão muito irritados comigo? - ele sorri e balança a cabeça em sinal positivo.

- Seremos obrigados a pegar ainda mais no seu pé. - ah não! Escondo o rosto com as mãos e controlo a vontade de gritar.

- Se vocês não me tratassem tanto como uma criança, eu não agiria como uma. - digo e desvio meu olhar do seu. Escuto o som da sua risada e sou obrigada a olhar pra ele novamente. Isso é injustiça comigo, primeiro o Ethan se esfregando em mim, depois o Dylan apenas de toalha no meu quarto, agora o Aaron sorrindo desse jeito. E EU NÃO POSSO PEGAR NENHUM DELES!

- Talvez algum dia você nos entenda, Mel. - ele estende a mão na minha direção e me ajuda a levantar, seu olhar desvia para o meu corpo e percebo que ainda estou usando apenas calcinha e sutiã. Tenho a leve impressão que isso já aconteceu. Ele demora tempo demais olhando e meu corpo parece querer pegar fogo, tento não me iludir achando que pode rolar alguma coisa entre nós, mas com ele me olhando desse jeito fica difícil.

- Você, definitivamente, não é uma criança. - Seu olhar volta para o meu rosto e o meu desvia para os seus lábios vermelhos e carnudos que estão com um sorrisinho de lado. - Mas é melhor pra todo mundo se continuarmos pensando desse jeito. - ele aperta minha bochecha e se afasta de mim.

- Vou procurar um remédio pra ressaca. - ele vai embora e minha mente tenta processar o que acabou de acontecer. Me desculpe Dylan, mas o Aaron acabou de se tornar meu crush supremo. Não dá pra competir com um loiro de olhos azuis, que tem um sorriso perfeito e não me trata mal.

Se é pra se iludir, vamos fazer isso direito.

Tomo um banho rápido e saio do banheiro enrolada na toalha, faço uma careta quando vejo meu irmão mais velho sentado na minha cama e a expressão no seu rosto não é nada amigável, diferente dos outros não há nenhum hematoma no seu rosto e eu tenho até pena se ele bateu em algum garoto.

- Onde estava com a cabeça, Mel? - Chris Thompson Júnior pergunta.

- Não sei, ela estava rodando muito. - brinco na tentativa de amenizar o clima e não funciona.

- Os meninos me convenceram de te levar à festa porque você se sentia excluída e você dá o maior show e faz todos nós nos metermos em confusão. - ele falando assim parece que eu fiz a coisa mais errada do mundo, e conhecendo meu irmão como eu conheço, sei que se eu discutir vai ser pior pra mim, e como ele é superprotetor faço minha melhor cara de irmãzinha-coitada e olho pra ele com lágrimas - falsas - nos olhos.

- Desculpa, Jus. Mas todo mundo estava se divertindo e eu só queria me divertir também. Vou mandar o papai vim me buscar, não posso estragar as férias de vocês. - Eu sei que sou uma ótima atriz, Hollywood está perdendo um talento brilhante. A raiva vai embora do seu rosto dando lugar a compaixão.

- Você não estraga nada, pequena. - diz com a voz suave e eu sorrio vitoriosa por dentro,nada melhor que uma boa atuação pra se dar bem. - Se troque, tome café e vamos sair pra nos divertir. - ele sai do meu quarto, que é bastante movimentado por sinal, e eu faço o que ele manda rapidamente, porque já imagino o que vamos fazer.

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