30 Dias Com Eles |PAUSADO|

Capítulo 7

JACK ACIMA

Impossibilitada de andar em plenas férias. Existe no mundo uma pessoa mais azarada que eu?

- O que aconteceu? - pergunta o tio Brian ao me encontrar jogada no sofá da sala com uma expressão de dor no rosto, embora o Austin e eu tenhamos vindo o caminho inteiro rindo, meu pé agora tá doendo pra caralho.

- Ela torceu o tornozelo e não vai poder andar por alguns dias. - responde o Austin saindo da cozinha com cubos de gelo dentro de um balde. Ótimo enfermeiro esse que eu fui arrumar. - Coloca o pé aí dentro. - sem ter muitas opções sento no sofá e faço o que ele diz, um calafrio percorre meu corpo quando minha pele entra em contato com o gelo.

- Chame os outros que eu preciso dar um aviso. - fala o tio Brian sorrindo pra mim, os anos fizeram um bem enorme ao tio Brian apesar dos quarenta e três anos, ele continua lindo, o Austin sai em direção ao segundo andar e meu tio senta ao meu lado.

- Sua mãe te ensinou bruxarias? - pergunta e eu olho pra ele com cara de wtf? - Você vai precisar se quiser infernizar a vida desses garotos, acho que eles merecem. - ele pisca o olho pra mim e o barulho das vozes dos outros tomam conta do local. Tio Brian levanta e assume uma postura séria quando eles se aproximam.

- A Mel se machucou e não pode movimentar o pé, vocês agora são babás dela e vão fazer tudo que ela quiser, caso contrário vou enviar o valor da fiança para os pais de vocês e adeus férias de todo mundo. - EU TENHO O MELHOR TIO DO MUNDO.

- Eu não fui preso, então não sou obrigado a nada. - diz o Dylan dando de ombros e voltando pelo mesmo lugar que saiu. Seria tão interessante ele obedecendo minhas ordens, mas eu ainda tenho outros seis.

- Eu não vou cuidar de ninguém. - diz o Jack.

- E o Chris vai adorar saber que seu filho foi parar na delegacia. - meu tio tira o celular do bolso e o Jack corre até ele tomando o aparelho da sua mão.

- Não precisa, tio. Eu amo minha irmãzinha, posso cuidar muito bem dela. - Eu deveria ter medo dessas palavras.

- Alguém vai protestar? - todos, exceto o Justin que não está ali e o Dylan que saiu, negam com a cabeça e meu tio pisca o olho pra mim mais uma vez antes de sair e nós deixar a sós, tirando o Aaron e o Austin os outros não parecem estar tão felizes com a notícia .

- Dói muito? - pergunta o Aaron se sentando ao meu lado, ele aponta para o meu pé que agora está congelado e me olha preocupado.

- Vou ficar bem. - principalmente com tantos empregados gatos, quis acrescentar.

- O Aaron tá querendo a Mel, ele pode muito bem cuidar dela sozinho. - fala meu querido irmão e olho para ele admirada, eu nunca tinha ouvido uma frase tão linda saindo da sua boca. Um sorriso brota no meu rosto rosto. Eu quero o Aaron e se ele me quer, podemos nos querer juntos. Não foi um raciocínio legal, ignora.

- Você tá o quê? - o Austin pergunta enquanto fuzila o Aaron com o olhar. Por que eles não deixam a Mel ser feliz com algum? Pode ser com qualquer um deles ou com qualquer um outro, eu só quero um.

- Você vai dá ouvidos ao que sai da boca do Jack? - diz se levantando e se afastando de mim. Aaron, Aaron, assim você não colabora comigo!

- Eu não estou mentindo. Esses lindos olhos aqui observam tudo. E como eu sou um irmão maravilhoso, pode cuidar dela no meu turno. - Eu nunca pensei que eu fosse dizer isso e talvez eu me arrependa no minuto seguinte. Mas o Jack é o melhor irmão do mundo!

- Deixem de discutir isso e vamos dividir os horários, eu fico com a parte que ela está dormindo. - diz o Ethan e os cinco começam uma discussão, eu só ficava admirando tanta beleza reunida, depois de quase uma hora, decidiram assim, da hora que eu acordasse até o meio-dia seria o Austin, do meio-dia até as três da tarde o Ethan, das três as seis o Liam e das seis até a hora de eu dormir o Aaron, já que o Jack conseguiu se livrar do seu turno e doou a ele, meu irmão agora tem um lugar enorme no meu coração, e ninguém quis ficar com o turno da noite porque é o horário das festas, e eu vou passar longas noites acordadas.

- Está no seu turno, Ethan. Boa sorte! - diz o Austin, todos saem, deixando apenas nós dois na sala, ele senta no sofá e não diz nada, ficamos alguns segundos em silêncio e o único som é o da minha barriga roncando.

- Tô com fome. - falo, ele vira o olhar pra mim, posso jurar que ia dizer alguma besteira, mas deve ter se lembrando da ordem do tio Brian e forçou um sorriso.

- Vou cuidar disso, pequena Mel. -ele sai em direção a cozinha e em minutos volta com um prato contendo algo que eu acho que deveria ser macarrão mas parece um monte de minhoca enrolada.

- Eu não vou comer isso! - falo quando ele me entrega o prato e sinto o cheira daquilo, tenho certeza que isso não é de comer.

- Deixa de frescura, tá uma delícia. - ele abre um lindo sorriso perverso e eu faço o mesmo.

- Se eu comer isso, sem dúvidas vou ficar doente. E adivinha quem vai ter que cuidar de mim. - ergo uma sobrancelha o desafiando.

- Fique com fome então! - diz dando de ombros e toma o prato das minhas mãos, ele pega garfo e leva a gororoba a sua boca, fico olhando pra ele com nojo e assim que sente o gosto da comida, ele cospe tudo.

- Isso tá horrível, caralho! - ele sai correndo pra cozinha e eu até iria rir se minha barriga não tivesse roncado mais uma vez.

- EU PRECISO DE COMIDA, ETHAN! - grito, do que adianta ter empregados se nem um almoço eles conseguem me trazer.

- VAI SE FUDER, MEL! E VOCÊ SABE POR QUE ESSE NEGÓCIO QUE TAVA EM CIMA DA PIA E TEM GOSTO DE MORANGO TÁ FAZENDO MINHA BOCA ESPUMAR? - explodo em gargalhada, não é possível ele ser tão idiota a esse ponto.

- VOCÊ LAVOU A BOCA COM DETERGENTE? - pergunto enquanto deito no sofá rindo descontroladamente.

- PORRA! - minutos depois ele volta para a sala secando a boca com um guardanapo e eu ainda não consegui parar de rir. - Por que caralho não colocam um aviso dizendo que não pode lavar a boca com aquilo? - o tom de indignação na sua voz me faz rir ainda mais.

- Talvez porque as pessoas não são idiotas pra lavarem a boca com detergente, Ethan.

- Que engraçadinha, Mel. - ele me mostra a língua e eu atiro uma almofada nele e ele atira de volta em mim.

- Também tô com fome, vou procurar alguma coisa pra gente. - ele pisca o olho e saí correndo de casa. Enquanto eu paro pra pensar no que aconteceu, ele não me chamou de criança e não me tratou tão mal, devo está me iludindo outra vez, mas acho que algo está mudando...

DESCULPEM A DEMORA, É QUE MEU CELULAR TÁ BUGADO E ODEIO ESCREVER PELO PC.