Surpresas

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O barulho de chuva lá fora era convidativo a permanecer na cama, mas havia um dia cheio pela frente. Logo que Cecília despertou, tateara a cama antes mesmo de abrir os olhos, identificando que estava sozinha, lhe ocorreu a mente de que Tiago já havia ido embora, mas ao sentar-se na cama, vira que suas roupas ainda estavam ali, o que significava que ele ainda encontrava-se sob o mesmo teto, Cecília recordou-se de que iriam até Bryan, e isso lhe causou um calafrio, não sabia como contar, muito menos como olhar para ele depois do que acontecera na noite anterior.

Cecília levantou-se, ainda vestida em sua camiseta larga, e caminhou até a cozinha, onde dali, vinha um forte e delicioso aroma de café, Cecília deparou-se com Tiago, vestido apenas com sua cueca, ela o admirava no momento em que ele notou sua presença.

- Tomo uma ducha, enquanto preparo nosso café. – Ele diz com um sorriso de canto, e olhar calmo.

Cecília assente e se retira, encaminhando-se para o banheiro. A água morna cai sobre o corpo da mesma, trazendo uma certa leveza, embora quase inútil, ela passa a mão em sua barriga e imagina o pequeno ser que possivelmente se forma ali, ele poderia ter os olhos de Tiago, olhos que a prenderam, mas seria impossível, pois só poderia ser de Bryan, e ela não o amava. Cecília recordou-se de todos os momentos que passara com Tiago, onde o mesmo se era misterioso e protetor, apesar de ser um assassino, Cecília lembrava-se bem do dia em que descobrira isso e em sua mente era gravada as lagrimas de Tiago, ele era protetor, um homem que sabia muito bem como tratar uma mulher, o homem que ela amava. As lagrimas começavam a formar-se nos olhos de Cecília, mas a mesma desviou seus pensamentos para longe.

Assim que saiu do banho, Cecília vestiu-se de uma meia calça preta, um vestido curto de manga longa em gabardine na cor rosa bebe, juntamente com um gorrinho feminino e coturno, Cecília passou uma maquiagem leve e saiu em direção a cozinha, onde encontrou Tiago comendo uma torrada, acompanhada de uma caneca de café com leite, assim que ele a vê, ele levanta-se e puxa uma cadeira ao seu lado para que a mesma se sentasse.

-Você esta linda. – ele falou, vendo-a corar.

Logo que Tiago terminou seu desjejum, encaminhou-se para uma ducha rápida, e logo surgiu na cozinha novamente com a roupa do dia anterior, já que não havia retornado para casa. Logo que Cecília terminou seu café da manha, ambos foram até o apartamento de Bryan, o qual ficava do outro lado da cidade.

-Vai dar tudo certo. – ele sussurrou beijando a testa de Cecília, lhe passando confiança.

Cecília pegara um elevador e fora até o quinto andar, onde Bryan residia, após uma breve batida na porta, Bryan abriu a porta e deparou-se com a mesma, seu olhar desaprovador revelava que ele não gostara da presença dela naquela manha.

-Bryan, preciso falar com você. – ela disse adentrando o apartamento mesmo sem ser convidada.

-Fala logo, preciso trabalhar ainda hoje. – Ele disse com desdenho.

Cecília tentou tomar coragem, escolher as palavras certas, mas quando vira já havia cuspido as palavras.

-Minha menstruação esta atrasada, e bem... – Ela fez uma pausa, Bryan a fitava, seus olhos pareciam queimar em ódio. – Se eu estiver grávida, o filho só pode ser seu. – Ela concluiu.

-Se só pode ser meu então aborte-o, nunca fiz planos para ter filhos, pensei que soubesse disso. – Ele disse pegando-a pelo braço e retirando-a do seu apartamento.

Cecília estava sem chão, não pensara em casar-se com Bryan ou algo do gênero, como faziam em muitas famílias, mas ela queria um apoio e um reconhecimento. Cecília retirou-se do prédio, cabisbaixa, Tiago a esperava no estacionamento.

-Como foi? – Ele perguntou. Os olhos de Cecília encheram-se de lagrima, e a mesma relatou o que Bryan havia dito, Tiago a ouve com atenção, mas não diz uma única palavra, assim ele segue para uma clinica ginecologia e obstétrica.

Na sala de espera, Tiago e Cecília sentam-se lado a lado, onde o mesmo segura sua mão com os dedos entrelaçados. Cada minutos que aguardam para serem atendidos parece uma eternidade. Após dez longos minutos de espera, Cecília é chamada, e Tiago a acompanha. Ela relata a doutora que sua menstruação esta atrasada, a doutora logo opta por uma ultrassom. Ambos caminham em direção a uma sala anexa ao consultório, enquanto Cecília se deita na maca, a doutora se dirige a Tiago.

-Então quer ser papai? Qual o seu desejo interior, príncipe ou princesa?- Ela pergunta sorridente.

Cecília segura firme a mão de Tiago, ao ouvir a pergunta feita pela medica, um nó invade a garganta de Cecília, Tiago a fita e responde:

- É, eu quero sim. Se for uma princesa ficarei extremamente feliz, sei que será como a mãe, dona de uma beleza encantadora.

Um Desconhecido No HorizonteOnde histórias criam vida. Descubra agora