« vinte e um »

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Caitlin Franklin 

Conduzia calmamente de volta para casa, depois do encontro com o meu pai eu decidi que realmente ter aceitado esta proposta foi o pior erro da minha vida. Por isso eu estou a voltar para onde nunca devia ter saído, irei chegar a casa e pegar todas as provas que consegui durante estes últimos messes, irei fazer as malas e desaparecerei sem sequer me despedir de ninguém. Tenho pena do que irei fazer com as pessoas que mais afecto demonstraram comigo, mas se elas continuarem livres o caos continuará e esta pequena cidade nunca andará para a frente. Baixei o som da música que tocava na rádio e diminui e velocidade com que ia, talvez se demorasse mais tempo eu conseguisse pensar melhor, no entanto o regresso para casa parece-me o melhor nesta altura. Travei o carro e encostei-me no banco, senti os meus olhos ficarem lacrimejados e suspirei, deixando que elas rolassem, provavelmente eu só preciso de chorar. 

Porque é que tudo parece errado? Eu vim para aqui com a intenção de meter seis pessoas na cadeia, no entanto essas mesmas seis pessoas tornaram-se importantes na minha vida. Molly e Freya, tornaram-se duas raparigas que eu levaria para o resto da minha vida, mesmo elas não sabendo a confusão que existe dentro de mim elas fizeram-me rir, e distraíram-me e quase me fizeram perder o foco do meu objetivo. Harry, Niall e Liam sempre serão aqueles três rapazes que eu poderei contar e nunca agradecer o suficiente, tantas vezes em três messes eles me protegeram das faltas de respeito do Zayn? E um obrigada nunca foi suficiente, tantas as vezes que eles confiaram em mim para conquistarem uma rapariga por uma noite? Eu estou a ser demasiado egoísta com eles os cinco, e eles nem sequer merecem isso. E o Zayn? Bom o Zayn é aquele rapaz que consegue deixar a minha mente confusa, hora ele é um querido como no outro ele consegue fazer-me gritar, dá-me vontade de lhe dar um tiro, dá-me vontade de entregar os papéis que tenho deles todos... 

- olhei para o vidro e limpei as lágrimas, e encarei os seus olhos castanhos misturado com verdes. Ri com ironia presente e suspirei, destrancando a porta do carro. - Sozinha no meio de uma estrada? Um pouco a anormal, não? 

- encolhi os ombros. - Acho que fiquei sem combustível. - inventei, e vi os seus olhos irem até ao ícone que representa a quantidade de gasolina no automóvel. - Okay, talvez eu estivesse à espera que um carro colidisse comigo. 

- Estás deprimida, ou é impressão minha? - inquiriu com um leve sorriso, sentando-se no banco ao meu lado. 

- Não. - encolhi os ombros. - Apenas tive um mau momento. - ele assentiu. - Nada demais. 

- Queres falar sobre isso? - questionou e eu neguei levemente com a cabeça. Se eu lhe dissesse que o seu maior inimigo é meu pai, a minha vida acabaria aqui em três tempos. 

- Não é nada demais, apenas saudades de casa. - sorri fraco. - Acho que está na minha hora de voltar... - lambi os meus lábios e encarei os seus olhos, ele deixou sair um sorriso leve e assentiu compreensível. 

- Só não te esqueças de nós. - pediu gargalhando. 

- Um pouco difícil. - encostei a cabeça no seu ombro, e logo em seguida senti a sua cabeça encostar-se à minha. Como é que eu consigo ser tão egoísta? Ao ponto de entregar as únicas pessoas que me acolheram minimamente. 

Encarei os seus olhos por um bom tempo, e em segundos depois juntei os nossos lábios num beijo calmo. Ao ínicio o moreno pareceu ficar chocado no entanto ele continuo o beijo, sem qualquer pressa, senti um pequeno arrepio assim que a sua mão afastou os cabelos da minha bochecha, e o seu polegar começou a acariciar a mesma calmamente. Zayn foi parando o beijo com pequenos selinhos, e logo em seguida colocou a sua testa encostada à minha, fechei os olhos sentindo a sua respiração embater contra a minha face. 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora