« cinquenta e oito »

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Zayn Malik 

Sai do quarto de Catherine silenciosamente, e caminhei pelo o corredor, entrei na casa de banho e fiz a minha higiene pessoal. Após isso fui até ao meu quarto, peguei no meu maço de cigarro e tirei um do mesmo, entrei na varanda e sentei-me na poltrona, encarando logo a vista nada bonita do meu quarto, mas mesmo assim mais interessante que os meus pensamentos idiotas, que apenas têm como dona uma rapariga de olhos azuis, e cabelos loiros escuros. Mais intitulada como Catherine Cooper, a vadia mais sincera que eu já conheci.

Eu posso estar fodidamente apaixonado por ela, e dizer-lhe isso indiretamente muitas vezes, faz-me perceber que por causa dela eu tenho sentimentos, sentimentos esses que eu apenas quero deixar de ser e voltar a ser o que era. 

Eu apenas fodia, eu não gostava. 

O Zayn Malik de há um ano atrás, tinha qualquer uma nas mãos, o mesmo de há um ano atrás continuaria a fazer as merdas que fazia, e apenas se importaria com ele e apenas com ele. No entanto ela veio como uma bomba, e destruiu toda a minha parede, que eu demorei quatro anos a construir. Eu não gosto de me afeiçoar às pessoas, porque quando as perco eu sei que vou abaixo, demorou praticamente dois anos para me tornar no que me tornei. Num homem que não tem medo de matar, que não tem medo de magoar os sentimentos de uma rapariga, num homem frio e sem escrúpulos. 

Agora eu tenho um filho, e uma mulher que eu tenho de proteger, não porque quero mas sim porque sei que o tenho de fazer, mesmo que ela o consiga fazer sozinha. 

O meu telemóvel começou a tocar, resmunguei alguns palavrões e levantei-me indo busca-lo à cabeceira da cama. Vi o nome da minha mãe marcado, e franzi as sobrancelhas. O facto de ela nunca ter morrido deixa-me confuso, deixa-me bastante confuso porque eu já me havia mentalizado que nunca mais teria a minha família, e do nada ela volta. 

- Estou? - perguntei logo assim que atendi a chamada. 

- Meu raio de sol, como é que estas? - revirei os olhos ao ouvir a sua alcunha, porém dei um pequeno sorriso. 

- Estou bem. - respondi de forma curta. - E por aí? 

- Está tudo bem querido. - sabia que ela estava a sorrir, ajeitei os meus cabelos. - Quando é que nos vens visitar? 

- Não sei. - encolhi os ombros mesmo que ela não me estivesse a ver, no mesmo instante Catherine entrou no quarto. - Mãe, agora não posso falar. 

- Zayn, temos saudades tuas, não nos vemos há cinco anos. - murmurou calmamente. - Excluindo obviamente, o dia em que nos trouxeste para Inglaterra. 

- Eu sei, mas eu tenho muito que fazer aqui em Compton. - ouvi-a fungar. - Não chores, okay? Eu só quero que vocês estejam em segurança, quando eu puder eu irei ai a Inglaterra, prometo mãe. 

- Até lá, um de nós não estará vivo. - sussurrou, e apesar de ser verdade, eu não os posso meter em risco. Estaria  ser egoísta. 

- Desculpa. - Catherine sentou-se ao meu lado, e observou cada detalhe meu. - Eu tenho de ir. 

- Claro, até qualquer dia raio de sol. - sorri fraco e desliguei. 

- Estas bem? - a loira pergunta dando um leve sorriso, assenti e olhei o meu telemóvel. - Eu posso ir contigo, visitar a tua família. 

- Não, eu não vou. - senti a sua mão na minha, e rapidamente olhei os seus olhos azuis. 

- Devias ir, foram quatro anos em que pensaste que os tinhas perdido. - murmurou acariciando a minha mão. - Perderam tanto tempo, porque não recupera-lo. 

- Não é assim tão fácil. - rebati. 

- Eu sei que não, mas não deixa de ser a tua família. - levantou-se. - Eu vou dar o pequeno almoço, ao Lorenzo. - assenti e a mesma saiu do quarto. 

Eles nunca me iriam aceitar de volta, eu mudei durante estes quase cinco anos, eu não sou a mesma pessoa. Quando descobri que eles estavam vivos eu fiquei feliz, realmente feliz mas não o consegui demonstrar, foi algo terrível pois eu consegui perceber que a minha mãe ficou realmente triste. Mas eu não tenho culpa, nem mesmo eles têm culpa. 

Sai do quarto algum tempo depois, entrei na cozinha podendo encontrar Niall e Catherine a conversarem sobre algo, enquanto a mesma dava de mamar a Lorenzo. Caminhei até à bancada pegando numa taça, e na caixa de cereais despejando uma boa quantidade dentro da taça branca, peguei o leite em cima da mesa e adicionei aos cereais, agarrei uma colher e sentei-me à mesa. 

- Que cara é essa? - Niall perguntou uns segundos depois. 

- A minha cara. - respondi de forma seca. 

- Não costumas estar com essa cara. - insistiu. - Aconteceu algo? 

- Não aconteceu merda nenhuma, mete-te na tua vida. - o loiro olhou-me chateado. - Não é nada com os Bloods. 

- Não tens a necessidade, de ser tão rude logo pela manhã, ou até mesmo contaminares os outros com a tua má disposição. - resmungou. 

- Não perguntasses, porque se ficasses calado não terias recebido essas respostas. - atirei, começando a ficar realmente irritado. 

- Zayn... - Catherine repreendeu. - Estas a exagerar um pouco, ele apenas perguntou, não tens de responder com sete pedras nas mãos. 

- As pessoas não têm de se meter na minha vida. - respondi realmente irritado, peguei na taça e levantei-me. 

Fui para a sala, e ouvi passos atrás de mim, senti uma mão no meu pulso e rapidamente me virei encarando os seus olhos azuis intensos. 

- A sério? - questionou cruzando os braços, olhei o volume que os seus seios sem sutiã ganharam, mas logo voltei o olhar para os seus olhos. - Estas chateado, apenas porque a tua mãe te pediu para que a fosses visitar? - perguntou baixinho. 

- Porque é mais complicado que isso. - respondi. 

- Tu é que estas a complicar Zayn, tu podes perfeitamente ir ter com a tua família. - aproximou-se. - Não sejas egoísta, ao ponto de não ires. 

- Eu não os quero meter em perigo, entendes? - questionou. - Ir para Inglaterra, é um grande risco. 

- Não foi quando te pedi, para ires comigo. - o moreno olhou-me atentamente. - Porque é que é, um risco para ires ter com a tua família? O perigo é o mesmo Zayn. 

- Okay, talvez sejam desculpas. - resmunguei. - Eu tenho medo, eu tenho medo que me rejeitem. 

- És a família deles Zayn, porque haveriam de fazer isso? - indagou olhando-me atentamente. - Eles não te irão rejeitar, eu garanto-te isso. 

- Como é que me podes garantir isso? 

- A tua mãe ligou-te, ela tem saudades tuas, como toda a tua família. - fez uma pequena pausa. - Raio de Sol. - ri sem humor e a mesma sorriu. - Mete o medo de lado, ele não tem de ser maior que tu. Lembras-te? - ela é incrível. 

- É por isso que eu te amo. - tal como eu, ela ficou chocada, de tão chocado o meu pequeno almoço foi parar ao chão. 

- O-O quê? - indagou sem piscar os olhos. 

Catherine Cooper 

Ele acabou de dizer que me ama? O Zayn ama-me? Porque é que eu estou tão ofegante e cheia de calor, e o meu coração parece que vai sair disparado. 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! SOBRE DEMORAR A POSTAR UM CAPITULO, EU SÓ TENHO A DECLARAR QUE FORAM OS TESTES TODOS QUE TIVE ESTA SEMANA, E AS NOITADAS DE ESTUDO QUE TIVE DE FAZER!! 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora