Disorder « z.m »

« setenta e seis »

Catherine Cooper 

Respirei fundo sentindo uma forte dor de cabeça, o sítio onde estava deitada era duro e nem um pouco confortável, olhei em volta e franzi as sobrancelhas ao perceber que estava à beira da estrada, coloquei a mão na cabeça e assim que voltei com ela para a frente dos meus olhos, vi um pouco de sangue. Merda, arregalei os olhos assim que me lembrei do que havia acontecido e ao levantar-me demasiado rápido quase cai, coloquei as mãos no capo do carro e inspirei várias vezes, procurando pelas chaves do carro no alcatrão. 

- Merda! - gritei batendo no meu carro, procurei o telemóvel no meu casaco e quando olhei para dentro do carro viu em cima do porta luvas. - Odeio a minha vida! - grunhi irritada. 

Eu tenho de arranjar uma forma de voltar para casa, eu preciso de saber do meu filho, da minha mãe e do Zayn. Olhei em volta e passei para lá da estrada, peguei numa pedra que desse para partir o vidro do carro, passei para o lado da estrada novamente e sem receio ou hesitação, parti o vidro, grunhi de dor assim que senti um vidro espetar-se na minha mão. Com cuidado abri a porta do carro, tentando ignorar o facto de ele estar a apitar, assim que consegui abrir a porta sorri. Puxei a maga do meu casaco para baixo e sacudi os vidros, mas isso não impediu de alguns cortes serem feitos. Sentei-me no banco e peguei o meu telemóvel ligando para Harry que era a primeira pessoa na lista de últimas chamadas. 

- Chegou à caixa de correi de... - bufei de frustração e tentei ligar novamente, dando agora o telemóvel como desligado. 

A seguir a Harry, tentei ligar para Dylan e tal como o moreno dos olhos verdes, o telemóvel estava desliga e assim para todos os outros. Senti os meus olhos ficarem lacrimejados e comecei a conduzir rapidamente para a residência dos Bloods, a porta estava aberta e a polícia estava mesmo a porta de casa, corri até lá e assim que entrei consegui encontrar uma senhora com o meu bebé no colo dela. 

- Lorenzo! - exclamei pegando no mesmo, abracei-o com força e o mesmo começou a chorar, tentei segurar as minhas lágrimas para não o assustar. 

- Mamã... - acariciei os seus cabelos negros e suspirei aliviada por saber, que ao menos ele está em segurança. 

- É a mãe da criança? - assenti para o polícia. - Sabe o que aconteceu aqui? 

- Não sei, ele estava com a minha mãe e eu recebi uma chamada dela, a dizer-me que alguém tinha entrado em casa. - balancei o meu corpo de um modo a acalmar Lorenzo que continuava a chorar. - Eu estava a trabalhar, até agora. - menti. - E assim que soube, vim a correr para aqui. 

- o polícia escreveu algo no seu bloco de notas e eu franzi as sobrancelhas. - Como é que se chama? 

- Caitlin. - se este nome tem uma vantagem? Obviamente que tem, afinal de contas eu posso usá-lo para alguém que não me conhece. 

O meu telemóvel começou a tocar e eu afastei-me um pouco do polícia, um enorme alívio percorreu a minha espinha ao ver Niall escrito no ecrã, rapidamente atendi e levei o telemóvel ao ouvido. 

- Niall! - exclamei. - Onde é que vocês estão? 

- Eu não sei! - falou baixo, mas eu percebi que ele estava alarmado. - Estamos aqui todos, incluindo a tua mãe. - comprimi os meus lábios. - Tu e o Zayn, estão bem? 

- abri a boca chocada. - O-O Zayn não está com vocês? 

- Não, ele não está connosco! - exclamou e logo em seguida ouvi-o pedir silêncio a alguém. - Ele não está contigo? Calma onde é que tu estas? 

- Não ele não está comigo, eu estou em casa. - olhei para o polícia. - O Lorenzo ficou sozinho quando levaram a minha mãe, e quando cheguei a polícia estava cá ainda está cá. - mordi o meu lábio inferior. - O Zayn desapareceu.