Disorder « z.m »

« quarenta e quatro »

Zayn Malik 

Dois dias desde que chegámos a Inglaterra, o facto da mãe de Catherine dizer que há uma grande probabilidade da minha família lá estar, deixou-me realmente esperançoso. Justin obviamente não gostou nem um pouco de me ter novamente em Inglaterra, mas quem liga? Pois é ninguém. Dylan e Niall vieram comigo, Dylan por conseguir qualquer informação facilmente por ser da polícia e Niall por ser o meu braço direito e conseguir harckear o telemóvel de Catherine. 

- Então vão conseguir encontrar a minha filha? - Connor questionou sentando-se ao meu lado. - Desculpa estar sempre a perguntar mas é... 

- Eu entendo. - murmurei dando um leve sorriso. - Eu também estou preocupado com ela, apesar de saber que o Robert não a irá magoar.

- Pois... - falou suspirando. - Eu tenho é medo que ele, a faça mudar de ideias no que toca a ser líder daquilo. 

- Ela é inteligente. - dei-lhe uma leve palmada nas costas e fechei o computador calmamente. - Antes de ela sair não te disse mais nada? - dirigi-me a Justin, que até agora estava com o maxilar trancado. 

- Não. - respondeu da forma mais seca possível. 

- Apenas te apontou a arma, e disse que iria e que não queria que tu fosses atrás? - assentiu. - Como é que não a impedis-te?! 

- Ela apontou-me uma arma! - exclamou como se fosse óbvio. 

- Ela não te iria matar, ela é incapaz de matar alguém, só mata se estiver sobre pressão. - expliquei como se fosse a coisa mais simples, porque a realidade é essa. - Devias tê-la impedido. 

- Agora é culpa é minha? - perguntou indignado, revirei apenas os olhos e levantei-me indo para perto de Niall que continuava com o seu trabalho de conseguir encontrar a localização do telemóvel que enviou a mensagem a Catherine. - Ela está bem. 

- Eu sei que ela está, o problema não é ela estar bem. - falei com alguma raiva. - O problema é o Robert, e a sua forma de manipular as pessoas. 

- Então ainda há pouco, ela não era inteligente o suficiente para não se deixar levar? - questionou num tom visivelmente provocatório. 

- Não deixa de o ser, mas nunca se sabe e dois dias já são demais. - murmurei desviando o olhar do seu. Ela é inteligente, ela não se deixara levar, certo? Só espero que a minha família também esteja lá. 

- Obrigada... - Dylan desligou a chamada e veio ter connosco. - Nenhuma esquadra das redondezas viu movimentos estranhos, e o sítio onde foram fazer a troca não tinha nada para além de um estacionamento velho, que já ninguém usa. - assenti e olhei para Niall. 

- E tu? - perguntei com esperança no meu tom de voz.

- Ainda nada. - assenti sentindo uma leve irritação por tanta demora. Eu só os quero encontrar bem, a todos eles incluindo ela. - Tem calma. 

- Eu estou calmo. - falei sentando-me novamente. 

« quatro horas depois » 

- Consegui! Consegui! - Niall começou a gritar alertando todos nós, acho que fui o primeiro a saltar pelo o sofá e a chegar ao loiro. 

- Onde é que ela está?! - questionei puxando uma cadeira e sentando, mas logo me levantei pronto para a informação que ele me daria. 

- Nunca casa a 20km daqui. - pegou numa caneta e num papel, e escreveu a morada na mesma. - Vamos! 

- Vamos! - peguei a chaves do carro e sai rapidamente de casa, nem sequer esperando por todos eles. 

Catherine Cooper 

Entrei na estufa e encontrei Trisha a arranjar um ramo de rosas, sentei-me em cima da mesa e olhei o que ela fazia com um pequeno sorriso, durante estes dois dias eu pude conhecer a família Malik, recebendo ainda um pouco de ódio de Waliyha, mas é compreensível eu acho. Comecei uma conversa bem agradável com Trisha, na realidade estávamos a falar sobre Zayn e sobre o seu amor pela música, também vi algumas fotografias de quando ele era pequeno, e tenho de admitir que ele era a coisa mais adorável. 

- Quando ele era mais novo, andava sempre com um microfone e uma guitarra de brincar pela casa a cantar a altos pulmões. - ri um pouco. - Era realmente engraçado, porque era algo que ele queria. - sorri. 

- Não consigo imaginar o Zayn, a andar pela casa a cantar a altos pulmões e... -ambas nos assustámos ao ouvir vários tiros serem disparados. 

Saímos rapidamente da estufa vendo um carro entrar com tudo dentro do jardim da enorme casa, peguei na mão de Trisha e puxei-a comigo para dentro de casa, mas a meio do caminho ao olhar para trás parei ao ver que era Zayn quem estava ao volante. Mandei Trisha para dentro e corri de encontro ao carro mal estacionado. 

- Zayn o que é que estas a fazer aqui?! - gritei após ele sair do carro. - Tu não podes estar aqui, ele vai matar-te! - murmurei entre dentes empurrando-o para dentro do carro. 

- Se eu não o matar primeiro. - abri a boca espantada ao ver Dylan, Justin, o meu pai e Niall saírem do carro. - Onde é que ele está? 

- O que é que o meu pai está aqui a fazer? - questionei continuando a empurrar o moreno para trás. - E o Justin? - olhei os olhos de Zayn. - Eles não podem estar aqui, tu estas a meter tudo em risco ao estares aqui! - gritei. 

- Eu sei, mas não me interessa! - olhou-me fixamente. - A minha família está aqui presa há quatro anos, e se eu não viesse agora tu ficarias aqui também. - os meus lábios entreabriram-se. - E eu não quero isso, ficar dias a pensar que provavelmente tu não irias voltar, ou que se quando voltasses tu estarias do lado errado... - sussurrou, senti os meus olhos lacrimejarem. 

- Z-Zayn... - sussurrei o seu nome ainda prepelexa com as suas palavras.

O facto de estarmos no meio de uma confusão não mudou nada, pois mais uma vez começou um tiroteio e quando o moreno envolveu os seus braços em torno da minha cintura, e me girou eu vi o homem que me criou cair no chão lentamente. Agora era real, não era nenhum sósia era mesmo o meu pai a cair lentamente no chão. 

- Pai! - gritei durante um bom tempo, senti as lágrimas nas minhas bochechas. Larguei-me de Zayn rapidamente e praticamente que tropecei nos meus próprios pés ao cair ao lado dele. - Pai, não não não não.. pai... - chamei apertando a sua camisa. 

A culpa é toda dele... 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA