« cinquenta e três »

2.5K 211 55
                                    

Zayn Malik 

Girei a caneta entre os meus dedos, e olhei atentamente para o meu escritório, observando cada pormenor, mas não prestando a devida atenção. Estou preocupado, eu não costumo ficar preocupado não como nos últimos quatro messes. Eu nunca estive tão preocupado com uma rapariga, não como no último ano. Quando ela entrou no meu clube, e com toda a lata me decidiu enfrentar, quando eu a salvei naquele tiroteio de onde qualquer podia ter saído morto, quando ela tomou conta de mim mesmo não me conhecendo de todo, cada momento passado com Catherine Cooper é como uma forma de me fazer perceber, que eu nunca senti o que sinto por uma rapariga. Eu só as fodia e mais nada, afinal eu sou o Zayn e eu nunca precisei de uma rapariga. Nunca tive a necessidade de proteger uma, nunca tive a necessidade de a querer ter ao meu lado e vê-la sorrir a cada segundo. É uma merda estar apaixonado, porque eu sinto que estou dependente dela para qualquer merda, e porra é horrível ter medo por alguém. 

Eu tenho me de perder a Catherine, e o tempo que passei sem ela foi desbastador, eu ansiei a sua volta todos os dias. 

- Zayn? - olhei para cima encontrando Molly a entrar no meu escritório, assenti levemente com a cabeça. - Estão todos à tua espera. - colocou as mãos dentro dos bolsos dos calções. 

- Que horas são? - perguntei largando a caneta, passei as mãos pelo rosto e levantei-me pegando na arma. 

- Falta pouco para a meia noite. - disse apenas, olhou-me de um modo estranho, assim que ia perguntar por ela Molly falou antes. - Ela está a dormir, eu vou ficar aqui com ela. 

- Obrigada. - dei um sorriso fraco. - Liga-me se algo acontecer. 

- Tu sentes alguma coisa pela Catherine? - levantei as sobrancelhas ao mesmo tempo, e neguei. 

- Nunca na minha vida. - falei escondendo a arma nas minhas calças. - Eu não misturo sentimentos, com... 

- deu uma pequena gargalhada. - Esqueci-me que o teu coração é um iceberg. - revirei os olhos. - Eu sei que gostas dela, porque se não gostasses nem sequer a tinhas cá em casa. 

- Nada haver. - resmunguei. - Se acontecer alguma coisa liga-me, e por favor não a deixes comer tudo o que lhe aparecer à frente, o médico disse que ela tem de ter controle e eu não a quero aturar a dizer que está gorda. 

- Sim chefe! - exclamou e eu ri beijando o topo da sua cabeça. De todas as raparigas desta casa, excluindo Catherine, Molly é a que mais me entende o que muitas vezes me tira a razão. - Vai lá, assim que saírem eu tranco tudo. 

- Não esperava outra coisa Molly. - sai com ela do escritório. 

Antes de descer para o andar debaixo, passei pelo o quarto de Catherine mas a mesma não estava lá, franzi as sobrancelhas e fui até ao meu, dei um pequeno sorriso e ao abrir a porta do meu quarto e ver um montinho na minha cama. Sentei-me ao seu lado e passei a minha mão pelos seus cabelos, só não pensei que ela fosse abrir os olhos. 

- Zayn... - sussurrou sentando-se. - Finalmente saíste do escritório, passaste lá a tarde toda. - esfregou os seus olhos. 

- O que fazes aqui? - perguntou observando cada detalhe seu. 

- Eu pensei que se viesse para aqui, conseguisse falar contigo quando entrasses no quarto, mas demoras-te tanto que eu acabei por adormecer. - olhou-me com um sorriso sonolento. - E bom... - bocejou, olhou em volta da cama e pegou num envelope. - Eu fui com o Dylan à consulta e... 

- Zayn, vamos embora? - olhámos os dois para a porta encontrando uma Hanna com uma expressão nada amigável no rosto. - Estamos todos à tua espera. 

- Podemos falar sobre isso amanhã? - a morena dos olhos azuis assentiu, e penso que vi um pouco de tristeza passar pelo o seu olhar, mas logo isso foi substituído por um olhar cansado. 

- Claro. - pousou o envelope ao seu lado novamente e deitou-se novamente. Abraçou a almofada e olhou para um ponto não fixo do quarto. 

- Estas chateada? - perguntei. 

- Zayn! - Hanna chamou. 

- Óbvio que não. - respondeu sem me olhar. - Só esperei uma tarde inteira para te poder contar, que vai ser um menino, nada demais. - sussurrou não me deixando perceber algumas palavras. 

- Eu volto mais logo. - ela assentiu, deixei um beijo rápido nos seus cabelos e sai do quarto empurrando Hanna praticamente. - Vamos. - falei fechando a porta. 

Descemos as escadas rapidamente, e logo ouvi murmúrios de todos, revirei os olhos e peguei nas minhas chaves. 

- Então já sabes que é um menino? - Harry perguntou com um sorriso enorme. 

- Han? - questionei sem entender, o sorriso do meu melhor amigo murchou. - A Catherine está à espera de um menino? 

- Ela não te contou? - perguntou confuso. - Ela estava ansiosa para te contar. 

- Então era isso? Ela disse-me qualquer coisa, mas eu não percebi e a Hanna estava a pressionar-me. - expliquei abrindo a porta do carro. - Eu vou ter um menino? - ele assentiu e eu gargalhei. - Eu depois falo com a Catherine. 

- Eu acho que devias de dar mais de ti. - o moreno dos olhos verdes disse calmamente. - Tens andado distante, em relação a ela. 

- olhei na sua direção. - Eu não acho. 

- Tu nunca a acompanhas para as consultas, não basta oferecer-lhe Happy Meal's e depois fechares-te no escritório e evitares falar com ela. - explicou. - Ela vem tantas vezes feliz das consultas, para te mostrar as fotografias das ecografias mas tu nunca estas com a devida atenção e mesma felicidade que ela. 

- Eu não sei o que fazer. - suspirei. - Eu não me quero envolver tanto, não quero confundir as coisas. 

- E afasta-la, para ti é o melhor? - assenti. - Deixa de ser otário. 

Catherine Cooper

Enxuguei as lágrimas, assim que vi um feixe de luz aparecer no quarto. Fechei os olhos e fingi que dormia, já tinha ouvido a segurança da ser reforçada o que significava que já se tinham ido embora. Senti a cama afundar e a mão de Molly no meu ombro. 

- Eu sei que estas acordada Cath. - sussurrou, funguei. - Então o que é que ele disse? 

- Nada... - acendi a luz do candeeiro. - Ele simplesmente não me ouviu, estava com demasiada pressa. - sentei-me na cama e cruzei as pernas. 

- Catherine... - aproximou-se de mim. - Talvez quando ele voltar... - neguei. 

- Sinto que ele está arrependido... - sussurrei, acariciei a minha barriga calmamente e Molly olhou para a mesma com um leve sorriso, colocando a sua mão também. 

- Não acho que ele esteja, apenas não como... - a loira abriu a boca em espanto tal como eu, ambos começámos a rir ao sentir o segundo pontapé. - O Lorenzo! - gritou. 

- Ele está a dar pontapés! - gritei entusiasmada mas assim que ele deu o terceiro eu resmunguei. 

OLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA TUDO BOM? COMIGO ESTÁ TUDOOOOOOOOO!!! 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora