« setenta e quatro »

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Catherine Cooper 

Grunhi irritada assim que começaram a tocar à campainha de uma forma louca, tentei sair debaixo de Zayn sem o acordar mas foi impossível. Senti a mão do moreno passar pelas minhas costas, e suspirei sentindo vários arrepios na minha pele. 

- A porta... - sussurrou respirando pesadamente, assenti e fechei os olhos com força assim que tocaram novamente. - Eu vou abrir, dorme. - senti um beijo ser plantando na minha bochecha e dei um sorriso sonolento. 

- Obrigada. - agradeci, e logo o aquecimento do corpo do moreno desapareceu sendo substituído pelo o frio do meu quarto. - Volta! - resmunguei e ouvi a gargalhada do moreno, abri um olho. - Eles pararam de tocar, provavelmente desistiram. - virei-me de forma a encarar o rapaz de cabelos escuros. 

- ele ficou sério do nada. - Catherine veste-te. - pediu da mesma forma séria, franzi as sobrancelhas e sentei-me na cama tapando os meus seios. 

Olhei para cima da cama e peguei a t-shirt do moreno, e assim que a vesti ouvimos um estrondo no andar debaixo arregalei os olhos e coloquei-me de joelhos em cima da cama. Zayn pediu-me silêncio, e eu assenti levantando-me lentamente da cama, agarrei a arma em cima da minha mesa de cabeceira e entreguei-a ao moreno. 

- Não faças barulho, alguém entrou. - sussurrou pegando na minha mão com calma, olhamos através do parapeito e eu quase soltei um grito ao ver a minha porta arrombada. 

Zayn afastou-nos do parapeito, e eu sentei-me na cama vendo o moreno olhar-me atentamente, pegou na minha mão novamente e puxou-me para dentro da casa de banho, fechou a porta com cuidado e deu duas voltas na chave trancando-a, sentei-me no tampo da sanita e cruzei as pernas. 

- Quem é que será? - indaguei mordiscando o meu lábio inferior. 

- Eles estão à minha procura Catherine. - lambi os meus lábios, encarei o moreno com receio e engoli em seco. - Eu fugi deles, eu não posso estar em Compton. 

- Para onde é que vais, tu não tens para onde ir no momento. - falei baixo, ouvindo coisas a partirem-se lá em baixo, levantei-me do tampo da sanita e moreno sentou-se puxando-me para o seu colo. - Nós podemos ir lá para baixo, ver o que se está a passar... 

- Não, se algum de nós for vou eu. - falou acariciando a minha coxa. 

Baixei a cabeça encarando as minhas pernas desnudas, senti os meus olhos ficarem humedecidos e comecei a brincar com os meus dedos num modo de me abstrair da confusão, que estava cada vez pior. Eu não quero que ele vá lá para baixo, e depois quando eu provavelmente descer ele não estar lá. 

- Hey... - ele chamou acariciando os meus cabelos. - Não chores. - pediu beijando levemente o meu rosto, funguei baixo e encostei a minha testa à sua. 

Dei um pequeno salto assim que ouvi o espelho do meu quarto ser partido, Zayn tapou a minha boca e eu arregalei os olhos um tanto assustada, segurei o seu braço e os dois levantá-mo-nos encostando-nos perto da porta. 

- Eu sei que vocês estão ai! - arregalei os olhos ao ouvir a voz do meu progenitor, retirei a mão de Zayn da minha boca. 

Começamos a falar por gestos, enquanto eu dizia que ia lá para fora, Zayn negava freneticamente e fazia gestos para eu ficar quieta. Abri a porta com alguma força e fechei-a logo em seguida, o meu pai rapidamente se virou e eu cruzei os braços. 

- Que falta de educação, invadir a casa dos outros e ainda partir tudo! - exclamei negando levemente com a cabeça, vi os seus capangas viram para trás de mim. - Não me toquem! - berrei assim que vi a mão de um deles dirigir-se na minha direção. 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora