« vinte e quatro »

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Caitlin Franklin 

- Então? O que aconteceu? - indagou entregando-me uma caneca com chocolate quente. - Tens a certeza que não precisas de ir ao hospital? - sorri agradecida pela sua preocupação e neguei. 

- Como te disse eu fui ter com o meu pai, eu basicamente que me passei e acho que foi por causa do álcool, acho que lhe disse coisas a mais mas sei lá Dylan... - suspirei. - Eu estava com raiva, ele não me queria conhecer! - exclamei irritada. - Ele quer-me a fazer as coisas que ele faz, ele quer-me como criminosa. 

- O teu pai não é o... 

- Sim o meu pai é o Robert Cooper. - falei antes que ele acabasse de falar, suspirei e encarei o interior da caneca. 

- Tu tens noção do quão perigoso, é andares tão perto dos Bloods? - questionou e eu assenti, dando um pequeno suspiro. 

- Eu sei, é por isso que ao pé deles o meu nome é Caitlin Franklin, eu preciso mesmo de acabar com isto, o mais rápido possível. - falei tomando um gole do chocolate. - E para isso, eu preciso de ajuda... - olhei os seus olhos claros. 

- Eu posso ajudar-te. - virou-se ficando de frente para mim, sorri levemente e pousei a caneca em cima da sua mesa de centro e meti a minha mão esquerda no seu joelho. - Não digas que não, eu não me importo. - sorri pequeno e ele aproximou-se, após pousar a sua caneca também. 

- Dylan, eu não te quero meter nos meus problemas. - ele humedeceu os seus lábios. - Não quero que te aconteça nada. - sussurrei sentindo a sua mão acariciar a minha bochecha, olhei os seus olhos e mordi o meu lábio inferior. 

- deixou um pequeno beijo nos meus lábios. - Eu também não quero que te aconteça nada. - deixei escapar mais um sorriso e sentei-me em cima do seu colo. - Podemos fazer isto juntos. 

- Se eu disser que não, tu vais insistir? - ele assentiu e ambos rimos. 

- Obrigada, por me quereres proteger. - sussurrei acariciando a sua bochecha calmamente, voltei a juntar os nossos lábios num beijo calmo. 

Senti as suas mãos grandes nas minhas coxas, e logo em seguida subirem lentamente para dentro da minha blusa, envolvi o meu braço esquerdo em torno do seu pescoço e Dylan teve todo o cuidado de não me magoar. Mordi o seu lábio inferior e afastei-me, deitando a cabeça no seu ombro o moreno abraçou-me e eu sorri levemente fechando os olhos. Com ele sinto-me bem, e realmente segura. 

- Anda, vamos descansar. - assenti e levantei-me do seu colo. 

Peguei na minha caneca e caminhámos os dois para o seu quarto, sentei-me na sua cama e coloquei a caneca em cima da mesa de cabeceira, Dylan pegou o seu computador e sentou-se ao meu lado, tapei-me com os seus cobertores e encostei-me ao seu corpo observando o que ele fazia. Franzi as sobrancelhas ao vê-lo abrir uma pasta com o nome " Crips e Bloods " percebi que era naquela pasta que ele guardava um monte de informações sobre ambos os grupos. 

- Qual é que queres ver primeiro? - questionou. 

- Crips. - mordi o meu lábio inferior, e ele abriu a pasta do grupo. 

Grupo criado por Mark Cooper, no ano de 1969  um dos maiores grupos criados nesse ano. Por onde passavam os Crips causavam estragos, roubando bancos, assaltando pessoas e matando as mesmas. Dez anos depois do grupo ser criado Mark Cooper morreu deixando a sua herança, e gosto por matar e roubar ao seu filho mais novo James Cooper, James perseguiu todos os passos deixados por Mark, fazendo-o cometer crimes idênticos e talvez piores que os do pai. A verdade é que James cresceu a ver o pai a cometer todos os crimes, aprendeu demasiado cedo a usar uma arma, na escola era perito a vender drogas entre os seus colegas de escola, e a roubar pequenos supermercados, dando um orgulho enorme ao seu progenitor. Em 1999 James foi preso, deixando em maus lençóis a sua família o seu filho Robert de  quase vinte anos, e a sua mulher. A última linhagem de crimes é ainda feita por Robert, que fingiu a sua morte para a sua mulher, mãe e filha que acabou por estragar a linhagem de crimes na família Cooper, Catherine Cooper, é procurada por muitos grupos rivais aos Crips. 

- Eu sou procurada por vários grupos, como assim? - questionei acabando de ler aquelas palavras escritas no documento. - Há três gerações de criminosos na minha família? O meu treta avô, o meu avô e o meu pai? - questionei ainda de boca aberta. 

- Parece que sim. - murmurou. - E se eles não te procurarem mais, o último é o teu pai. 

- E se eles me procurarem? - questionei calmamente e até com algum medo da resposta. 

- Eles podem levar-te a ser mais uma na linhagem dos Cooper's. - mordi o meu lábio inferior. - És tu quem decides Catherine, ou matas a tua própria linhagem ou juntas-te a ela. 

- Mas eu não estou aqui pelos Crips, eu estou aqui pelos Bloods. - cruzei as minhas pernas e suspirei passando as mãos pelo o meu cabelo. - Que merda... - sussurrei. 

- Imagino. - suspirou beijando a lateral da minha cabeça. - Bom, então eu vou matar a minha própria linhagem, eu não serei como eles. - ele sorriu. - Mas primeiro os Bloods. 

- Primeiro os Bloods. - fechou a tampa do computador e encarou-me. - E o que é que vais fazer com eles? 

- O meu chefe, quer que eu recolha informação suficiente e que a entregue, depois eles vêem para cá para os prender. - expliquei calmamente. - É basicamente isso, nós queremos prende-los. 

- Não será fácil Cath. - concordei. 

- Eu sei, mas eu já tenho alguma informação, e nós temos as tuas informações. - ele olhou-me interessado. - Podemos junta-las. 

- Podemos, claro. - sorriu. - Mas, vão ser suficientes para provar o que eles fazem aqui em Compton? 

- Não sei, mas vão ter de ser suficientes. - ele concordou. - Eu tenho de apressar tudo rapidamente, e não posso demorar mais do que um mês. 

- Ou seja, estas em contagem de crescente a partir de agora? - questionou rindo e eu dei-lhe uma chapada no braço. 

- Bom, parece que sim. - ri juntamente com ele. 

HELLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! TUDO BEM COM VOCÊS COMIGO ESTÁ TUDO BEM! 

Disorder « z.m »Onde histórias criam vida. Descubra agora