SÔNIA NARRANDO.Assim que cheguei em São Paulo, peguei minha bagagem e fui para o ponto de taxi, assim que adentrei o táxi dei o endereço da minha irmã, ele distinguiu o valor e eu apenas assenti, o caminho todo fui admirando a paisagem, logo o táxi para na entrada do morro.
Sonia: Não irá subir? - Questionei.
Taxista: Nós não subimos nenhum morro moça, o máximo que chegamos é aqui - Suspirou fundo, abri minha bolsa pegando o valor estimado do percurso e paguei o agradecendo. Logo desci com minha mala em mãos. Já era tarde da noite, subi o morro observando o mesmo, tudo muito iluminado, acredito que a vista lá de cima seja a mais bonita, depois de alguns minutos chego há casa da minha irmã, bato na porta e logo minha irmã abre a mesma, assim que me vê, me abraça fortemente e eu retribuo sorrindo.
Luciana: Oh minha irmã que saudades - Disse acariciando minhas costas.
Sonia: Nem me fala irmã - Beijei seu rosto e me afastei dela segurando suas mãos.
Luciana: Sara me disse que você e Thauany brigaram, veio consertar seu erro? - Apertou minha mão e eu assenti - Que ótimo, vem vamos entrar - Disse me puxando, me aconcheguei no sofá.
Sonia: Ela está ai irmã? Queria logo falar com ela. - Ela negou com a cabeça
Luciana: Ela deve estar lá no Dan, pois a sua amiga está aqui, Sara está com Léo e Danilo vai se saber aonde está. - Gargalhou.
Sonia: Então vou lá irmã, bom que já falo com os dois - Disse me levantando - Me explica aonde é. - Pedi e logo ela o fez - Bom vou lá, quando voltar botamos o papo em dia e matamos a saudade - Me levantei e dei um beijo em sua bochecha saindo, eu já morei aqui no morro, na época não tinha nem a Thauany, conheço cada canto daqui, agora as casas estão mais bonitas. Fui subindo o morro devagar e logo cheguei em frente à casa de Dan, que por sinal é uma casa muito bonita, olhei para os seguranças e pedi para eles o chamarem, depois de um tempo ele sai e vem em minha direção, assim que me reconheceu seu semblante mudou para sério, acredito que ele esteja chateado comigo, respirei fundo.
Sonia: Oi - O encarei
Dan: Oi - Disse seco.
Sonia: Thauany está aí? - Desviei o olhar do dele
Dan: Não, ela saiu daqui já faz um tempinho - Arqueou a sobrancelha - Ela não está na tia Luciana não? - Soou preocupado
Sonia: Não, acabei de vir de lá - Respirei fundo, cadê essa menina agora meu Deus.
Dan: Então ela só pode estar em um lugar - Pensou
Sonia: Aonde? - Perguntei rápido
Dan: No galpão.
Sonia: Pode me explicar o caminho? - Perguntei
Dan: Eu te levo lá, só vou pegar uma blusa - Disse saindo sem esperar minha resposta e adentrando a casa, rapidamente ele voltou vestindo a blusa e ajeitando algo em sua bermuda atrás, ele se aproximou e abriu um sorriso. - Vamos
Sonia: Vamos, - O acompanhei - Olha Dan me desculpa por ter te julgado, foi no momento sabe, eu fiquei nervosa e apenas disse sem nem ao menos medir minhas palavras, eu sei que você não é esses traficantes ruins e espero que continue assim, você é um bom homem e faz minha filha feliz.
Dan: Olha dona Sônia, eu te desculpo tranquilo, não guardo rancor não sabe, mas assim, eu errei da mesma forma que você só que com minha morena tá ligado? E agora a gente deu acho que um tempo, eu espero reconquista-la, mas uma coisa que nós devemos fazer é pensar antes de falar. - Sorri e o abracei.
Sonia: Tudo vai se ajeitar - Alisei suas costas e desfiz o abraço, voltamos a caminhar e logo chegamos ao tal galpão, avistei uma moto e era a da minha menina, Dan parou e eu o olhei.
Dan: Vou ficar aqui esperando beleza? - Assenti e fui andando em passos largos até a entra do galpão, assim que entrei ví a pior cena da minha vida, havia um homem, um homem batendo na minha menina, tentei me controlar e me aproximei vagamente, olhei em todo o canto procurando algo para tentar detê-lo, a única coisa que avistei foi uma arma jogada no chão, fechei meus olhos e respirei fundo " Antes ele do que minha menina" pensei e abri meus olhos, abaixei e peguei a arma me levantando, minha mão estava trêmula, nunca havia manuseado uma arma, meu marido havia me ensinado, mas nunca me interessei por esse tipo de coisa, me aproximei mais e ergui a arma posicionando em suas costas, os estralos dos socos que ele dava em minha filha chega fazia eco em todo o galpão, cerrei meus olhos e mirei em suas costas, destravei a arma e posicionei o dedo no gatilho, respirei fundo e atirei, a bala o atingiu e logo ele caiu para o lado, joguei a arma no chão, corri até minha filha e comecei a bater em seu rosto a chamando, ela estava toda machucada, olhei para o vagabundo e ele estava gemendo de dor e tentava levantar de todo jeito, enquanto chamava por minha filha Dan adentrou correndo e viu a cena, ele pegou a arma no chão se aproximou de Bruno e posicionou a arma próxima do rosto do mesmo, fechei meus olhos e ouvi 2 disparos, logo minha menina começou a se mexer.
THAUANY NARRANDO.
Comecei a despertar, mas tudo em mim doía, bem capaz de eu ter fraturado algo, praticamente fui espancada, abri meus olhos e vi minha mãe, fechei os olhos e abri novamente e ela continuava ali.
Thau: Mã... mãe? - Digo fraca, ela colocou as mãos em meu rosto e acariciou o mesmo.
Sonia: Não fale nada minha filha, vamos te levar pro hospital e depois a gente conversa tá? Mamãe está aqui e não se preocupe. - Apenas assenti e fechei meus olhos, tudo doía, senti braços fortes me segurarem, gemi de dor e abri meus olhos um pouco e vi que estava nos braços de Dan, ele me olhava preocupado, sorri de lado e apoiei minha cabeça em seu peito, fechando meus olhos novamente. Não tinha forças para mais nada, nem para chorar, que era a coisa que eu mais queria nesse momento.
O que acharam meninas?
Comentem e votem, dependendo do rendimento eu posto um amanhã.
Mil beijos ;*
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A Patricinha, O Traficante e a Vingança Ψ
БоевикThauany uma menina que consegue tudo o que quer e que não leva desaforo para casa, mora no rio na Zona Sul com sua mãe, perdeu seu pai quando ela tinha 12 anos, agora tem 18, após perder seu pai, virou usuária de drogas, mesmo tendo condição deixou...