Capítulo 7 - O beijo de um peixe

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Sim, esse é um post no meio da semana. E sim, é um caso urgente.

Okay, não exatamente urgente, mas de domingo até hoje (Quarta feira) aconteceram mais coisas do que eu poderia imaginar, então vou começar do começo (PLEONASMOOOOO).

O último post do site foi no sábado então vou começar pelo domingo sem muitos rodeios. Pela manhã eu saí para fazer algumas compras no mercado e enquanto estava lá, Weasley me ligou. Ele não estava bem, a voz estava estranha demais e ele estava dizendo coisas meio desconexas, me pediu para ir até sua casa e eu confirmei, pagando apenas o que já tinha pego e indo embora, afinal meu amigo precisava de ajuda.

Cheguei em sua casa vinte minutos depois e ele me recebeu com os olhos vermelhos. Drogas. Entrei no apê e ele me levou sem dizer nada até a sacada, me surpreendendo em seguida com uma pergunta que nunca tinha feito:

  — Por que chifre dói?

Talvez eu tenha rido um pouco, Weasley não costumava ser do tipo sentimental.

  — Eu to falando sério, porra! Não gostava tanto dela assim, mas foi na frente de todo mundo... Por que ela simplesmente não terminou antes de sair se esfregando nos moleques?

  — Não sei, W... Vai ver ela queria se vingar de todas as meninas que se jogam em cima de você na faculdade.

  — Não põe a culpa em mim, beleza?! Eu dei uns vacilos, mas não botei chifre. Pelo menos isso eu não fiz...

Ele ia pegar um pacote estranho na mesinha, mas eu não permiti, peguei antes dele e guardei no bolso, recebendo um olhar enfurecido.

  — Já chega okay? Você já atingiu a cota, já chega... —Falo encarando-o e o vendo revirar os olhos. Ele estava chateado, mas ia aceitar o que eu disse. —Quer desabafar?

  — Não, é muito estranho "desabafar" sobre um assunto de merda. 

  — Tudo bem então... —Me encostei na grade da sacada, vendo a rua sem grandes objetivos. 

Nós ficamos lá, olhando para os carros passando até que ele me abraçou, sem dizer muita coisa, lhe abracei de volta, até ai tudo bem. Mas quando nos separamos ele me beijou. Foi. Muito. ESTRANHO. Não que ele beije mal ou algo assim, mas somos praticamente irmãos, aquilo pareceu muuuuuito errado e ainda bem que terminou logo. 

Quando realmente acabou nos olhamos em silêncio por três segundos, depois começou um acesso de risos vindo dos dois. 

  — Isso foi muito bizarro! —Ele diz entre gargalhadas.

  — Foi como beijar um peixe morto, sei lá! —Comento com a barriga doendo pelas risadas. 

Quando nos recuperamos do riso descontrolado prometemos de dedinho nunca mais fazer aquilo, porque a experiência foi realmente traumática. Ainda fiquei mais um tempo na casa dele conversando sobre bobagens para distraí-lo e evitar que ele usasse mais alguma coisa. Confesso que um pouco antes de ir embora, na hora em que ele foi no banheiro, juntei o máximo de droga que consegui e joguei pela janela. Ele deve ter gastado muito dinheiro por aquilo, mas eu sinceramente prefiro vê-lo limpo.

Quando voltei pra casa, recebi mensagens do Lanterna Verde, nos falamos todos os dias ultimamente, ele me arranca boas risadas sempre, é bom conversar com ele... Dessa vez ele me perguntou se eu tinha alguma amiga que toparia ser entrevistada pra um trabalho que ele tinha que fazer, acabei passando o número de Branca de Herves, ela geralmente estava livre pra esse tipo de coisa então... Ele agradeceu e depois ficou offline, deve ter ido vender sorvete ou resolver tudo para a entrevista ou algo assim.

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