Despedida fúnebre

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Peter estava matando betas por mero capricho mas Scott ainda pensava que a aula de cálculo era mais importante que impedi-lo. A cada frase que professor falava, fazia eu me sentir ainda mais perdido, odeio números.

Nate estava determinado a tirar minha paz de qualquer maneira, o idiota já tinha me acertado sete bolinhas de papel seguidas de sussurros sobre lua cheia, tem gente que não entende quando está sendo inconveniente, me viro para encara-lo antes que ele decida jogar o livro todo em cima de mim.

-O que foi? - Sussurro impaciente com medo de ser acertado por um giz do professor.

-Não precisa mais se preocupar em me ajudar, consegui arranjar um jeito melhor para aprender - O garoto sorri abertamente como se tivesse ganhado na loteria

-Então tá - Coço a nuca ainda desconfiado - Tem certeza?

Ele responde com um aceno rápido de sua cabeça. Tudo bem se ele prefere as salas de bate-papo sobrenaturais á um emissário (Ou quase emissário), ótimo, menos trabalho pra mim.

A cantina hoje estava lotada, se eu demorasse cinco minutos a mais para chegar com certeza ficaria sem... strogonoff?. Aquela mistura duvidosa no meu prato era realmente medonha, faltava muito pouco para que ela começasse a andar por aí atacando os alunos. Empurro meu prato para longe sentindo um enjoo gigante com i cheiro daquilo enquanto Érica e Boyd sentam-se á minha frente.

-Vamos pegar Peter hoje - Boyd diz com um sorriso vitorioso demarcando o rosto - E ele nem sequer vai estar esperando.

-Vamos? - Me assusto com o jeito que ele joga toda a informação de uma vez só - Onde?.

-Aqui na escola, eu estou fingindo a alguns dias estar do lado dele para ganhar confiança - Érica argumenta aparentemente satisfeita com o bom trabalho que fez - Vai nos ajudar não é?

-Claro, vou sim -Eu ainda estava digerindo toda a informação - Podem contar comigo - Digo por final antes de me levantar da mesa e caminhar em direção ao campo de lacrosse.

O time da nossa escola estava jogando contra ( praticamente em guerra) a escola rival. A arquibancada estava cheia de pessoas que assistiam o jogo, aflitas com tamanha violência. Um garoto do time visitante derruba Liam com a maior facilidade do mundo, como se ser um lobisomem raivoso fosse totalmente descartável.

O garoto que atacou Liam em seu descuido, deixa que seus olhos brilhem em tom amarelo ouro por uma fração de segundo, lobisomem, já era de se esperar em uma cidade como essa.

Pela troca de cumprimentos amistosos que esse garoto trocava com o restante da alcatéia ao fim do jogo, ele não seria um problema para me preocupar. Realmente o time rival era extremamente habilidoso, mas em contrapartida tínhamos 3 lobisomens mortais em campo, e como sempre dizem, no amor ou na guerra vale tudo.

Stiles e Isaac erguiam o troféu da vitória o mais alto que podiam, eu nunca tinha visto o treinador chorar como hoje, parecia um bebezão de tantas lágrimas que lhe escapavam, todos estavam felizes pela escola ganhar o campeonato.

Minha comemoração acaba quando a mensagem de Deaton faz meu celular vibrar freneticamente. " Preciso de ajuda", tudo bem, se um cara experiente como Deaton precisa de ajuda de alguém como eu a situação é realmente séria. Penso vagamente em avisar o resto do pessoal sobre a mensagem.... Não vou estragar o momento deles, eu consigo dar conta do que quer que Deaton precise. Começo a correr em direção á clínica veterinária sentindo os pulmões queimarem com o cansaço.

O lugar estava todo fechado e as janelas tampadas pelas cortinas, com certeza Deaton não queria que ninguém soubesse o que estava acontecendo la dentro. Entro a pela porta dos fundos com o maior cuidado que se pode reunir e sigo caminhando cautelosamente até a sala onde Deaton se encontrava me esforçando para fazer o mínimo de barulho.

Emissário do caos - Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora