Libertação

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Pelo visto consegui sobreviver á noite sozinho em casa, sem pesadelos nem barulhos assustadores na janela, a noite de sono foi pela primeira vez, ótima. Era sábado e consegui acordar bem tarde, o relógio marcava 11:00 A.m., dormi até demais.

Levanto da cama totalmente energizado descendo em direção á cozinha, não me arrisco a tentar fazer o café da manhã e queimar metade da cozinha, então me contento em apenas colocar uma porção generosa de cereal e leite em uma tijela.

Passo o resto da manhã assistindo filmes e vendo t.v. quando meu celular vibra incessantemente me tirando do foco. A mensagem da senhorita Morrel ocupando metade da tela acaba por chamar minha atenção: "Cheguei hoje na cidade, e sei como ajudar com seu problema".

Ajudar? Ela sabe do que aconteceu?, tudo bem, se ela tem alguma ideia de como pegar Peter antes que ele mate mais alguém, estou disposto a considerar, além de que a senhorita Morrel é uma das poucas pessoas em que confio. Levanto do sofá decidido á fazer algum exercício hoje antes de encontrar com ela, já que ultimamente tudo que eu queria era dormir, correr um pouco não seria má ideia para acabar com essa preguiça.

Tranco a porta de casa com grande dificuldade já que a chave decidiu ficar emperrada á fechadura, depois de longos puxões consigo arrancá-la pela metade. Maravilha, tomara que Scott goste de entrar pela janela.

Começo a correr aparentemente sem rumo pelas ruas, o clima ainda estava frio apesar da neve ter deixado de cair. Meu celular volta a vibrar no meu bolso com mais intensidade do que antes. Derek? O que ele queria ligando para mim?

-Alô? - Minha voz acaba soando mais cansada do que o habitual assim que paro de correr.

-Érica está no hospital, em coma - É tudo o que ele diz antes de desligar o celular sem ao menos me dar a chance de perguntar como isso foi acontecer.

Dobro a esquina correndo o mais rápido que se pode imaginar em direção ao hospital, o fato de Derek não ter me explicado nada só servia para me deixar mais desesperado. Como minha mãe fazia falta, em uma hora dessas eu tinha certeza que ela daria conta do problema e em poucos minutos Érica estaria em ótimos cuidados.

Entro no hospital frio, dando de cara com a recepcionista que parecia já me conhecer há anos. Era óbvio, com certeza minha mãe deve ter mostrado todas as minhas fotos para o pessoal do trabalho, constrangimento grátis, que ótimo.

-Oi.... - Coço a nuca envergonhado enquanto ela me olhava como seu eu fosse um filhote de hamster - Vim ver Érica Reyes

-Quarto 25 do segundo andar Dylan - Ela me indica o elevador - Como cresceu! Como vai o Scott?

Maravilha ela me conhecia, então está claro que ela deve ter realmente visto todas as fotos possíveis.

-Obrigado - Respondo um pouco sem jeito - Scott vai bem, até melhor do que eu

Após esperar alguns segundos no elevador, entro no quarto de Érica a observando em seu pior estado. As marcas em seu rosto e braços demarcava que algo a tinha atacado, mas não estavam curando, por quê?. Me aproximo sentando na cama ao lado dela, seguro sua mão o mais firme que posso como se ela fosse escapar por entre meus dedos a qualquer momento. Não posso perder você também Érica.

-As feridas não foram causados por golpes físicos - Derek argumenta ao se desencosta da parede, o que me faz pular de susto - Esses machucados tem essência sobrenatural, não da para simplesmente se curar.

De onde esse cara saiu?. Volto a observar as feridas procurando qualquer coisa em minha mente, eu nunca vi nada parecido. A senhorita Morrel pode ajudá-la tem que ter algum jeito.

Emissário do caos - Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora