Capítulo 3

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ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS INADEQUADAS PARA MENORES DE 18 ANOS.

BOA LEITURA!

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-Narra Leon-

Preparei meu prato, e esquentei no micro-ondas, pois, por chegar tarde, a comida já tinha esfriado. Enquanto eu comia, Nilce estava sentada a mesa, só me observando a degustar sua comida, que é maravilhosa, com seu belo sorriso. No começo, quando nos casamos, ela não cozinhava muito bem, mas hoje ela é uma verdadeira chefe de cozinha! Eu a amo, desde o dia em que a vi, naquele banco do pátio da escola. Ela estava no primeiro ano do ensino médio, e eu, no segundo. Ela tinha sido transferida para a escola onde eu estudava na época, e quando a vi, pela primeira vez, meu coração disparou. Eu era extremamente tímido, e isso me atrapalhava muito, mas um dia, minha timidez foi embora quando aquela menina, dos cabelos loiros e lisos, olhos esverdeados e sorriso perfeito, me convidou para o baile da primavera. Sim... Ela que tomou a iniciativa disso, e quando aceitei ser o par dela, nem acreditei depois no que aconteceu. Fui um garoto de sorte não é mesmo? E depois desse baile, nos tornamos amigos inseparáveis, e durante essa amizade, surgiu o amor, e até hoje, estamos juntos, e com uma bela família. Meus pensamentos e lembranças são interrompidos pela chamada de Nilce.

— Meu bem... — chamou ela.

— Sim.

— Preciso te contar uma coisa. — falou ela séria.

— Pode falar... O que é? — disse deixando o garfo e a faca em meu prato.

— A Zelda levou uma suspensão de novo.

— De novo? — perguntei com espanto.

— Sim. E deixei ela de castigo por um mês. — falou ela.

— Nilce, um mês é muito pra ela. — resmunguei.

— Leon, eu já cansei de falar que essa menina é muito travessa, e merece um castigo decente.

— Mas, meu bem, ela só tem sete anos... É uma criança... Não vá me dizer que você nunca fez bagunça quando era pequena, porque pelo que me disse, a Zelda puxou à você... — falei dando um pequeno sorriso malicioso.

— Tá... Eu fui uma criança bagunceira sim, mas não tanto quanto ela! Sabe o que ela fez agora? — falou ela olhando fixamente para mim.

— O que?

— Junto com os meninos, ela jogou um balde de tinta na inspetora. Acredita numa coisa dessas? — esbravejou Nilce, brava por sinal.

— Calma meu amor, só foi uma pequena travessura.

— Pequena travessura? Leon!... Você é muito tranquilo mesmo né? Já percebeu que você passa muito a mão na cabeça dela? Que a protege demais? — questionou em alta voz e irritada.

— Meu bem... Ela é uma criança...

— É uma criança, mas precisa saber o que é certo e o que é errado. Ela não é mais bebê Leon. — falou ela extremamente séria.

— Tá certo meu bem... — comecei a acariciar seu rosto. — Desculpe tá?

Nilce ficou pensativa por alguns segundos, e me perdoou. Eu não consigo ser severo com meus filhos. Por ser calmo, muitas vezes deixo escapar de minhas mãos certas exigências. Infelizmente, Nilce e eu não nos entendemos muito bem nessa parte de educar os filhos. Sinto-me envergonhado por isso, mas o amor que sinto pela Nilce e pelo meus filhos faz com que eu continue lutando para tentar melhorar, e acredito, que conseguirei vencer esse obstáculo.

Uma psicopata entre nós {COMPLETO}Onde histórias criam vida. Descubra agora