Capítulo 2

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*Narra Zelda*

Durante o meu banho, só ficava chorando, chorando, e chorando. Sei que eu errei, mas não consigo parar de fazer travessuras. Só meus irmãos e eu sabemos como eu sofro. Eles também sofrem, mas quem sempre sofre mais sou eu. Desde sempre, minha mãe me bate e me maltrata, e nem se arrepende. Ela nunca se arrependeu de nada. Acho que ela não gosta de mim. Acho que sempre não gostou de mim. Sou uma criança, e faço bagunça, mas ela acaba exagerando nos castigos e nas punições, e não posso falar nada para o meu pai, pois se ele souber de alguma coisa, ela me bate mais ainda. Eu gosto dela, mas ela nunca demonstrou ser amorosa comigo, e não dá atenção para mim quando preciso de sua ajuda. Ela só sabe me julgar, me bater, e me desprezar. Fico muito triste com isso, mas faço de tudo para não demonstrar essa tristeza para o meu pai. Pelo menos ele me trata bem, e sempre ajuda meus irmãos e eu nos deveres de casa. Ele é um pai muito amoroso, e bondoso. Às vezes faço algumas travessuras com ele, e ele me dá algumas broncas, que são até engraçadas, mas, mesmo assim, ele não fica com raiva. As broncas dele são diferentes, não sei explicar. Sempre fui muito apegada ao meu pai, e ele sempre gostou de brincar com meus irmãos e comigo. Agora ele é um dos chefes da empresa, e não tem muito mais tempo de ficar conosco. Mas sempre quando ele pode, ele participa das nossas brincadeiras.

Saí do banho, e fui direto para o meu quarto. Minha mãe me avisou que meu pai iria chegar mais tarde, e disse que eu não precisaria descer para jantar, pois ela levaria a janta para mim no quarto. Porque meu pai gosta que todos fiquem sentados a mesa quando ele chega do trabalho, mas dessa vez, ficarei em meu quarto, sem meu tablet, triste e arrependida do que fiz.

-Narra Mario-

Tinha pedido para minha mãe não bater na Zelda, e confesso que estava com muito medo de que acontecesse alguma coisa com minha irmã. Sei que ela é muito travessa, mas é uma criança, assim como Luigi e eu. Quando Luigi tomava banho, fiquei esperando ele sair do banheiro, para eu ir tomar o meu. No quarto, dava para escutar os gritos da minha mãe com Zelda. Estava torcendo para que não acontecesse nada de ruim com minha irmãzinha, pois ela é nossa parceira em tudo que nós fazemos. Nós três somos muito unidos, e nos amamos muito. Às vezes brigamos, mas tudo volta ao normal depois. Algum tempo depois, Luigi saiu do banho, e quis saber o que aconteceu com nossa irmã.

— Será que a mamãe bateu na Zelda? — perguntou Luigi.

— Não sei. Mas a mamãe gritou com ela.

— Espero que a mamãe não bata nela outra vez. — falou ele tristonho e cabisbaixo.

— Não fique assim Luigi. Depois vamos lá falar com a Zelda. Mas antes vou tomar banho, aí vamos lá ok?

— Ok.

Após meu banho, Luigi e eu fomos ao quarto da Zelda. Batemos na porta, e ela deixou nós entrarmos.

— Como você está? A mamãe te bateu? — perguntou Luigi enquanto nós sentávamos na cama.

— Quase me bateu. Ela disse que só não me bateu porque o Mario pediu. — respondeu ela.

— Ainda bem que ela me escutou. — respondi. — Não queria que você levasse uma surra outra vez.

— Valeu maninho por me proteger. — falou ela dando um pequeno sorriso.

Mesmo Zelda me agradecendo, ela não estava tão feliz. Percebi que ela estava escondendo alguma coisa. E foi então que percebi, em seu braço, que tinha uma marca roxa.

— Que isso no seu braço Zelda? — perguntei preocupado.

— Não foi nada. — respondeu ela.

Uma psicopata entre nós {COMPLETO}Onde histórias criam vida. Descubra agora