Capítulo 11

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*Narra Nilce*

Já tinha se passado alguns dias depois do dia em que Leon e eu fizemos amor. Ele é tão carinhoso comigo, me trata bem, sempre gosta de me fazer feliz. Sou muito grata por ter um marido amoroso como ele. Mesmo trabalhando arduamente, Leon faz de tudo para fazer a vontade dos filhos e da esposa. Ele é meu príncipe. Sempre foi meu príncipe.

Em um dia de terça-feira, Mario, Luigi e Zelda ficaram em casa. Era reunião de professores, então, não teve aula. Tinha que aturá-los o dia todo. Não tinha outra saída, a não ser ficar aguentando as brincadeiras e as bagunças dessas pestes.

*Narra Zelda*

Estamos livres da escola pelo menos um dia. Mario e Luigi ficaram felizes por estar em casa, mas, para mim, era normal, pois na maioria das vezes levo suspensão. Estou procurando me controlar nas travessuras, mas está sendo difícil. Pelo menos até agora não levei mais nenhuma suspensão, e ainda bem que não fui expulsa da escola.

— Zelda, Zelda... — Luigi venho correndo em minha direção. — Vamos jogar vôlei?

— A mamãe deixou a gente ir no quintal? — perguntei.

— Sim. O Mario foi pegar a bola. — respondeu ele.

— Então ta. — falei.

Depois de alguns minutos Mario chega com a bola de vôlei.

— Pronto. Vamos pro quintal! — falou Mario, e nós saímos da sala.

Ficamos horas e horas jogando. Nunca tinha me divertido tanto com os meninos. Aquele dia estava ótimo para nós.

— Nossa, eu estou com fome. — falou Luigi.

— Eu também. — falou Mario.

— Então somos três porque eu também estou com fome. — falei rindo.

— Então vamos... — disse Mario e nós entramos na sala.

Luigi estava com a bola de vôlei, e teve a ideia de ficar jogando para o Mario, e Mario jogar de volta para Luigi. Tudo estava bem, até que escutamos um barulho de vidro caindo no chão. Era um cachorrinho de vidro que estava em cima da mesa de centro, que minha mãe tinha ganhado do meu pai, e que era muito importante para ela.

— E agora? A mamãe vai ficar furiosa com vocês! — falei espantada.

— O que aconteceu aqui? — perguntou mamãe, aparecendo de surpresa.

Mario e Luigi ficaram assustados, olhando um para o outro.

— Não acredito nisso! Quem quebrou o meu cachorro de vidro? — questionou mamãe furiosa.

— É que eu fiquei jogando a bola para o Mario, e quando ele jogou de volta pra mim, a bola acertou no cachorrinho e ele quebrou. — falou Luigi tristonho e com medo.

— Bola é pra jogar no quintal, e não dentro de casa! Vocês vão ficar de castigo! — esbravejou mamãe. — Mas antes, vou dar uma bela surra em vocês! Já pro meu quarto, vocês dois! — ordenou ela.

— Sim mamãe... — responderam Mario e Luigi juntos.

E os dois foram para o quarto, totalmente tristes.

— Mamãe não bata neles...

— Cale essa boca Zelda! — falou ela brava.

— Ta... — respondi cabisbaixa.

Meus irmãos vão ser maltratados, e eu não posso fazer nada. Estou triste, muito triste.

— Mamãe! Por favor! — exclamei com uma lágrima caindo de meus olhos.

Ela não disse nada. Foi direto para o quarto, e fechou a porta. Só escutei os gritos dos meninos, que me fez ficar mais triste ainda, e chorar muito.

*Narra Nilce*

— Para mamãe por favor... — falou Mario chorando.

Eles mereciam sofrer. Peguei meu cinto, e mandei eles tirarem a camiseta. Após os dois tirarem a peça de roupa, os mandei ajoelharem. E a partir daí, comecei a dar várias cintadas em suas costas, deixando marcas, fazendo com que ficasse em pura carne viva. Percebendo o choro de cada um, continuei a bater ainda mais.

— Para mamãe! — implorou Luigi.

— Cale a boca moleque! — falei e continuei a bater.

Após vários minutos, parei de agredi-los, e disse para os dois continuarem a ficar ajoelhados. Fui até a cozinha, e peguei uma vela, e o esqueiro. Zelda só me olhava, chorando. Ignorei seu choro, e entrei no quarto, e tranquei a porta.

— Estão prontos para o próximo espetáculo? — ironizei.

— O que vai fazer com a gente? — falou Mario soluçando.

— Eu irei fazer uma coisa digamos que... Legal. — e dei gargalhadas.

Com a vela em minha mão, acendi, e deixei o fogo queimá-la, derretendo a parafina, que caía rapidamente nas costas de Mario e Luigi. Eles choravam de dor. E assim, fiquei ali, me divertindo à beça com aquela brincadeira. Após meia hora, parei de torturá-los. Seus olhos estavam vermelhos e enchados de tanto chorarem.

— Ta doendo... Por que fez isso com a gente? — resmungou Luigi.

— Aquele cachorro de vidro era muito importante pra mim... Agora ele está em pedaços, e não tem mais conserto! — falei furiosa.

— Mas foi sem querer... — disse Mario.

— Não quero mais conversa... Botem já suas camisetas, e pro quarto de vocês! Estão de castigo... Sem videogame por dois meses! — gritei.

— Mas...

— Nada de "mas" Luigi! Vocês dois estão de castigo e pronto!

— Ta bom... — respondeu ele.

Os dois saíram, e foram direto para o quarto, em meio aos soluços.

— Mamãe por que fez isso? Por que sempre você faz isso com a gente? — Zelda estava em prantos.

— Porque vocês são umas pestes! — respondi séria, e bufei impaciente, indo para a cozinha.

Uma psicopata entre nós {COMPLETO}Onde histórias criam vida. Descubra agora