E então chegamos a época das folias, das gargantas mergulhadas em cevada e dos fáceis amores.
A todos esses, o brasileiro é apegado o ano todo. Mas chegou a semana da celebração desse amor, quase, incondicional.
Quantos as folias, é característico desse povo a vontade de se reunir para festejar. E festejam. Seja após um grande desastre, após o caos tomar conta ou mesmo depois de saber que o governo perdeu as rédeas do pais. Seja lá o pandemônio, a festança ainda é digna.
E com o que mais regar tanta alegria? A famosa da loiraça. A mesma que extasia, que faz esquecer os problemas e até mesmo arranjar mais. A mesma que se, não controlada, pode gerar uma nova vida ou destruir uma já existente.
E quando aos fáceis amores? Desses o povo usufrui o ano inteiro; Dos abraços sem carinho, dos beijos sem paixão. Do corpo oco e vazio em busca do amor construído só pelo tesão. Da alma gélida que não busca aquecer-se, e sim, apenas saciar-se de momentos, e não da vida inteira.
Mas tudo bem, todo nos sabemos do obvio: alguns amores são de tempos. E alguns tempos são de amores.
Afinal, é carnaval!
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Abismo De Versos
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