Me sinto na base do meu próprio castelo de cartas.
Cada As, Valetes e Espadas foram colocados em suas posições com muito empenho e dificuldade. Designados para a tarefa de ser minha proteção, na estrutura do meu aconchego. Foram posicionados a mão, com toda delicadeza para não desmoronar a carreira que já existia embaixo.
Mas agora, daqui de dentro, o que deveria ser proteção me causa medo. Vejo a fragilidade do meu castelo e como ela simplesmente está a um suspiro de desabar em mim. Um movimento errado, um respirar mais forte, um chute raivoso em uma das cartas e...
Tudo desmorona. Todo trabalho para minha sanidade cai por terra sobre minha cabeça. Cada carta cai trazendo seu peso sobre mim e me cortando com suas laterais.
E a mim, sobra o trabalho de tentar me reconstruir.
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Abismo De Versos
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