Boêmia

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E na noite de bares, estava ela mais uma vez na Boemia das palavras.
Entorpecida em um novo poema e embriagada em novos versos.

Era assim todas as noites. Sempre foi.

A lua surgia e ela ia em busca de novos rumos, novos lugares e novas pessoas.

E sempre os encontrava; Vezes em páginas amareladas, vezes em livros recém lançados. Mas só, ela nunca ficava.

Descia uma dose atrás da outra. Ia do gélido romance ao mais alcoólico suspense. Ela provava e apreciava o gosto amargo de um logo após sentir o doce do outro. Sempre misturava.

Era loucura. Ela sempre soube.

Mas ela era Boêmia. E a noite era dela.



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