Nunca quis me permitir escrever sobre a tristeza, pois, para mim, isso a eternizaria.
Mas é que ela já está tão guardada em mim, tão misturada aos meus órgãos, que ela só se vai quando eu também me for. E, isso, para mim, não seria eterno?
Por isso hoje me permiti.
Achei que ela deveria ficar registrada, antes que me faça partir.
Apesar do mal que me faz, sinto como se ela me abraçasse. Como se fosse à única que realmente me guardasse.
Ela me acalenta e me embala em um sono profundo de uma maneira que até esqueço que deveria me livrar dela.
Me acostumo.
A deixo ser parte de mim.
Deixo que eu seja toda dela.
Toda ela.
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Abismo De Versos
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