You're conformed

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Era inevitável para Park conter o sorriso bobo que tinha em seu rosto enquanto caminhava de volta para casa. Desde que recebera aquele rápido beijo de Jungkook sentia como se tudo em sua volta fosse motivo para ficar feliz, até mesmo a rápida chuva de verão que o atingiu, fazendo com que ficasse molhado da cabeça aos pés.

Entrou debaixo de um toldo branco e só quando já estava ali, notou que era o mesmo lugar em que havia passado antes, o da cartomante. Pôde ver uma senhora saindo de dentro, acompanhada de uma mulher que tinha lágrimas em seu rosto e um pano em mãos para enxugá-las.

— Foram os sessenta reais mais bem gastos de toda minha vida! – Abraçou a senhora de modo apressado e foi embora em seu carro.

— Eu só ajudei ela a se despedir decentemente do marido que faleceu. – Disse para Park, chamando sua atenção. – O quer aqui, garoto? Não tem pão velho aqui não.

— Ahn... Eu? Nada.

— Tem certeza que não quer saber um pouco sobre seu futuro ou está a fim de falar com algum parente ou amigo que já foi?

— Com todo respeito, mas, não vou gastar meu dinheiro para ouvir você inventando histórias sobre a minha vida, tiazinha.

— Então não gaste, eu faço de graça para você. – A idosa falou com a sobrancelha arqueada. – No fim você me diz se mudou ideia sobre minhas previsões.

"O que custa?" O ruivo pensou, assentindo e entrando naquele lugar abafado e pouco iluminado, seguindo-a. Foram até o fim do extenso corredor e entraram em uma porta de madeira escura. Era um cômodo médio com direito a uma pequena janela e uma mesa baixa sem cadeiras, coberta por um pano negro. Ela sinalizou para que Jimin sentasse de pernas cruzadas na frente da mesa e ele assim o fez.

— Então, qual seu nome? – Perguntou, imitando a ação do garoto e ficando de frente para ele. – Pode me chamar de Astrid.

— Jimin. – Balbuciou, perplexo pela conhecidencia do nome da mulher. – O que eu tenho que fazer? Te dar minhas mãos ou algo do tipo?

— Exato. – Astrid segurou a mão direita do ruivo e fechou os olhos, respirando profundamente umas cinco vezes antes de abrí-los novamente e passar a encarar Jimin. – Você está apaixonado, não é?

— Não me olhe assim, ainda não acredito que você possa prever meu futuro. Quase todos os jovens tem uma paixão por alguém nos dias de hoje... – Disse com o cenho franzido, pousando as mãos sobre o próprio colo.

— Parece que o garoto que você gosta também tem sentimentos por você, mas não quer admitir isso. – Sorriu com a boca semi-aberta de Park, que indicava sua surpresa. – Você vai precisar se esforçar muito mais, Park, para que ele se declare para você.

— Espera, como você sabe meu sobrenome? Eu não lhe disse! – A senhora sorriu e se levantou, abrindo a porta.

— Acho que terminamos por aqui. Te desejo sorte para conseguir o que quer! – Abraçou-o e fechou a porta logo que Jimin pisou fora do cômodo, deixando ele sozinho no corredor.

Andou até o lado de fora e os chuviscos haviam parado de cair, então voltou a seguir até a casa de Yoongi. Não fazia ideia de como aquela mulher sabia sua sexualidade, seu sobrenome ou que Jeon mantinha sentimentos escondidos por si, mas havia ficado realmente abalado pela sua falta de ideias para despertar os sentimentos do tritão e seu curto prazo.

— Você e o Seokhan só podem ter se comido pra ter demorado tanto para voltar pra casa, né? Porra, vocês saíram lá de carro ou de tricíclo? – Namjoon exclamou enquanto acariciava os cabelos do namorado que estava com a cabeça deitada em seu colo, no sofá da sala.

Pretty Mermaidboy × jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora