Capítulo 2

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Os raios de sol adentravam o meu quarto e se misturavam entre a cortina branca e brilhante, eu havia acabado de  acordar, mas não tinha vontade nenhuma de me levantar.
O canto dos pássaros que ecoava pelo meus ouvidos me embalava calmamente e os lençóis quentes que me cobriam me passavam uma sensação de segurança, mas eu não estava me sentindo propriamente bem até abrir os meus olhos.
Abri-los era como erguer as cortinas para um novo mundo, em minha frente estava a minha parede, na qual havia um gigantesco desenho de Praia que cobria a mesma por inteiro. Era realmente uma obra de arte em todos os sentidos, a areia branca parecia brilhar, o mar produzia pequenas ondas azuis como o céu, e bem no canto da parede estava o sol, o brilhante e cativante sol.
Era ótimo acordar todos os dias e me deparar com uma arte linda dessa, era a primeira e a última coisa que eu via em meu dia, mas hoje, particularmente, acordei me sentindo melhor, mais feliz, mais forte, mais energética, estava sentindo como se o mundo fosse apenas meu hoje, mas como dizem... tudo que é bom dura pouco.

Decidi me levantar para tomar o café da manhã, enquanto vestia a minha roupa e fazia minhas higienes pessoais já podia escutar as vozes dos meus pais a ecoarem pela casa e sentir o cheiro chamativo de omelete, então terminei rapidamente de me arrumar e desci correndo pela escada para ir de encontro com os meus pais.
Eu não sou filha única, tenho um irmão mais velho chamado Carl, porém ele vive em Nova York por causa de seu emprego como advogado, meus pais trabalham aqui mesmo na Califórnia, meu pai é pintor e trabalha em uma galeria de arte, em fato, foi ele quem pintou aquela paisagem em minha parede, já a minha mãe é contabilista em uma empresa de advocacia aqui na Califórnia.
Nós nunca fomos uma daquelas famílias ricas e cheias de tudo, sempre fomos simples, até porque criar dois filhos e sustentar uma família de quatro pessoas não é a coisa mais fácil do mundo, porém nunca tivemos falta de nada.
Quando cheguei na cozinha encontrei os meus pais conversando e rindo, mas quando eles me viram, os risos cessaram e a conversa acabou, o clima na cozinha havia mudado, eles me olhavam de forma triste e cuidadosa como se não quisessem me machucar, houveram suspiros de ambas as partes, mas nenhuma palavra foi pronunciada.

- Bom dia - eu falei tentando parecer o menos confusa possível.

-bom dia minha filha- respondeu meu pai entre suspiros enquanto minha mãe apenas se colocava em minha frente e me olhava com um sorriso fraco.

- E então? O que temos para o café da manhã?- -falei desviando o olhar, mas tudo o que ganhei foi um silêncio dos dois.

Olhei para eles confusa, não sabia o que havia acontecido.

- Olha filha- começou minha mãe - lembra a duas semanas atrás quando você fez a prova para entrar na faculdade de Hemington ?

- Aham- falei desconfiada.

- Então... - minha mãe parou de falar e olhou para o meu pai.

- Bom, a sua carta com a resposta chegou- ele falou sem expressar emoção.

- Jura? Aí meu Deus ! Deixa eu ver, deixa eu ver ! - Falei empolgada.

E então foi quando tudo mudou...
Meu pai esticou a mão em minha direção com um envelope na mesma. Ele não sorria, nem gesticulava, apenas me olhava cuidadosamente.

- Que estranho, o envelope está aberto - soltei um riso fraco - vocês que abriram ?

-S-sim- gaguejou minha mãe

E foi então que eu percebi o olhar triste deles direcionados a mim.

Não, não pode ser.

Puxei a carta rapidamente de dentro do envelope rasgado, e ali estava, a coisa que eu mais temia na minha frente, o meu sonho quebrado bem em frente aos meus olhos, uma carta escrita à mão cuidadosamente apenas para me dizer exatamente o que eu não queria.
Eu não havia entrado.

" Prezada Madison Dunphy Winchester,
É com muito pesar que lhe dizemos que você não poderá entrar na universidade de Hemington Law por motivos de ocupação de vagas por alunos com matriculas efetuadas por pagamentos e por superlotação de alunos com bolsa escolar.
Nós realmente sentimos muito.
Agradecemos pela sua paciência e preferência em nós.

                            Mr.Gellernan, diretor."

Eu estava sem reação, eu podia sentir os olhares dos meus pais fixos em mim, mas eu só conseguia olhar para a carta em minhas mão.
Meus olhos estavam enchendo-se de água, minha garganta segurava uma dor horrível, a vontade de gritar era enorme, mas eu simplesmente não conseguia me mexer.
Eu dediquei a minha vida toda a esse momento, alimentei esperanças e expectativas durante anos, para o meu sonho ser simplesmente arruinado por uma carta.  

- Filha?- perguntou o meu pai preocupado - você está bem ?

Tirando o fato de que o maior sonho da minha vida foi arruinado...

-sim - falei curta e rápida.

-você prec...- interrompi minha mãe antes que ela terminasse, eu apenas não queria escutar mais ninguém falando comigo.

- eu posso pegar a chave do seu carro mãe ? - pedi tentando não mostrar fragilidade

- pra quê? - perguntou ela.

- E-eu preciso de ar... por favor mãe - e com um simples aceno de cabeça dela eu peguei a chave do carro e sai.

Eu estava indo para o único lugar aonde me sentiria bem nesse momento... a Praia.

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Então amores, esse foi o segundo capitulo, espero que tenham gostado! Muito mais ainda está por vir ! Aguardem ! Beijos ❤️

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