Capítulo 7

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Subi as escadas de madeira até o terceiro andar, aonde se encontrava o meu dormitório, e andei pelo corredor iluminado procurando pelo 25C.

O corredor era bem largo, me pergunto quantos quartos cada bloco deve possuir, eu sei que no meu cada andar possui 30 dormitórios, mas tive a impressão que o outro bloco que Dylan me mostrou era ligeiramente maior.

Andei até quase o fim do corredor em direção à minha porta e a abri, quando o fiz me deparei com uma pequena pequena sala composta por um sofá, uma estante e uma simples televisão, logo atrás avistei duas portas de madeira rústica branca fechadas, provavelmente são o quarto e o banheiro.

Fechei a porta e me direcionei até o sofá colocando todas as minhas malas em cima do mesmo. O apartamento era relativamente maior do que pensava, algo que eu não havia visto da entrada era a junção da sala com a cozinha, o que a deixava bem maior.

Esse apartamento não é grande demais para uma pessoa?

Ah, não. Eu confesso que eu realmente não queria ter uma colega de quarto, mas eles não me botariam em um lugar desses para ficar sozinha. Eu simplesmente não queria ter que dividir as coisas e o dormitório com outra pessoa. Corri em direção a uma das portas e acabei entrando dentro do quarto, na qual a minha teoria havia sido confirmada, havia duas camas...

Revirei os olhos mentalmente.

Rude.

E voltei para a sala para buscar as minhas malas. Acabei escolhendo a cama do lado esquerdo e coloquei-as sobre a mesma, começando a arrumar imediatamente as minhas coisas. Organizei minhas roupas, sapatos e acessórios apertadamente no guarda-roupa que havia do meu lado, e as outras coisas coloquei na escrivaninha do lado de minha cama.Não era tanta coisa como parecia ser nas malas.

Aproveitei o momento para botar o meu celular para carregar e ligar para o meu pai.

- Alô? - atendeu ele rapidamente.

- Oi pai!- disse abrindo automaticamente um sorriso.

-Filha!- exclamou alto e o ouvir chamar a minha mãe - como você está princesa?

- Estou bem, acabei de terminar de arrumar as minhas coisas aqui no meu quarto! É maravilhoso! O campus é enorme, e o apartamento é gigante- exagerei- eu queria tanto que vocês pudessem estar aqui para ver - falei aceleradamente arrancando uma gargalhada do meu pai.

- Que bom filha! Já conheceu alguém?- perguntou interessado.

- Não-  menti.

Eu sei que mentir não é o certo a fazer, mas o meu pai é completamente ciumento, e contar-lhe que a única pessoa que conheci é um menino, que no caso é bem atraente, não seria uma boa ideia.

- Filha, você precisa parar de ser tão antissocial!

Revirei os olhos.

- E a sua grade de aulas? Já pegou?- continuou.

- Ainda não, vou resolver isso logo- respondi.

A conversa ficou em silêncio por alguns segundos, tudo que eu ouvia era a calma respiração do meu pai.

- Acho que eu deveria desligar, você tem mais coisas para fazer- falou meu pai de forma baixa como um sussurro- ... te ligo mais tarde?- questionou-me.

- Claro pai - respondi me sentindo mais triste.

- Te amo princesa.

- Te amo pai, mande um beijo para a mamãe.

E assim desligamos os celulares. Seria infantil eu dizer que já estou morrendo de saudades deles? Talvez eu não esteja acostumada a ficar tão longe assim, mas...

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