Nesse capítulo desenvolverei um pouco mais o personagem do Dylan, espero que gostem s2-----------------------------------------------------
Meus olhos a encararam até seu corpo desaparecer dentro do pequeno táxi, deixei o ar que estava preso em minha garganta sair e olhei para o chão. Meus pés eram encobertos pela água em um ritmo constante, eu a sentia deslizar pelo meu pé, eu estava presente, mas ao mesmo tempo estava tão longe.
Minha cabeça divagava sobre ela, Madison. Seus olhos, sua boca, seu cabelo... sua beleza. Eu sentia que deveria me aproximar dela, mas algo dentro de mim me impedia de o fazer e eu sentia raiva por isso. Tinha medo de que ela soubesse quem eu realmente sou, de onde eu realmente vim e se afastasse de mim.
Caminhei em pés pesados até o carro e entrei. Sentei no banco e me olhei pelo retrovisor, bochechas vermelhas, cabelos bagunçados, olhos profundos, perdidos... que talvez tenham visto coisas demais. Liguei o carro, que soltou um barulho alto antes de se situar, e comecei a dirigir.
Conforme a cidade ia se formando sob meus olhos, liguei o rádio no volume máximo e comecei a cantar junto ao som de Here's a quarter, meus ombros e dedos balançavam ao ritmo da música e as pessoas ao meu redor me olhavam estressadas pelo barulho. Deixei um sorriso sair enquanto o refrão melódico tocava, mas esse sorriso desapareceu ao chegar em casa e ver a porta entreaberta.
Pai...
Desci do carro e me dirigi até a porta, abrindo-a por completo, a pequena sala se encontrava bagunçada, cacos de vidro acompanhados por um líquido alaranjado esparramados pela mesma, a porta de madeira que levava à cozinha estava escancarada, andei rapidamente até ela encontrando minha mãe e meu pai sentados na mesa.
Minha mãe tinha seus cabelos castanhos bagunçados e seus olhos vermelhos cheios de água, sua mão direita repousava sobre a perna enquanto a esquerda segurava fortemente a mesa, ao lado dela estava meu pai, com seus cabelos grisalhos igualmente bagunçados, sua cara mal-humorada, seus olhos contornados pelo roxo e sua testa franzida em direção a mim.
Senti a raiva borbulhar em mim, o sangue subir-me a cabeça,sabia o que havia acontecido, o que ele havia feito... dirigi meu corpo em direção a ele mas fui parado pela mão frágil da minha mãe.
Olhei para ela esperando alguma resposta para aquela interrupção, mas ela não disse nada, apenas moveu seus olhos para atrás de mim. Virei para trás encontrando um pequeno corpo ao pé da escada, com a cabeça entre as pernas como a se esconder.
Melanie.
Olhei novamente para minha mãe que apenas formou um Por favor com os lábios dando-me a entender o que deveria fazer. Olhei com raiva para o homem na minha frente e dei meia volta indo de encontro ao pequeno corpo na escada.
Peguei-a no colo, seus braços me rodearam e seu rosto encaixou na curva de meu pescoço, sai da casa sentindo uma dor no peito por fazer isto, mas o abraço apertado que minha irmã me dava impulsionou-me a continuar.
Seu cabelo loiro esvoaçava conforme andávamos, sua cabeça se levantou e seus grandes olhos negros me encararam.
Tentei dar-lhe um sorriso mas sua cara fechada me impediu de fazer isso.
Continuei a andar sem rumo ainda sentindo seu olhar curioso sobre mim.
- Por que ele faz isso?- sua voz fina fez soar.
- Quem? - perguntei olhando em seus grandes olhos.
-O papai...por que ele não trata a mamãe como o príncipe trata a Cinderela? - perguntou-me com seu jeito infantil.
- Porque o papai não é um príncipe -Respondi sendo mais grosso do que queria
- Mas, mas... - Gaguejou- Mas a mamãe é uma princesa! - exclamou como se tivesse feito uma descoberta.
Soltei um riso fraco.
- Você também é uma princesa e nem por isso tem um príncipe - Disse enquanto fazia uma leve cócega em sua barriga.
Um riso inocente saiu de sua garganta e por um momento achei que ela fosse esquecer o assunto.
Suas pequenas e pálidas mãos se apoiaram em meu rosto me forçando a olhar para ela.
- Você me ama? - Perguntou inocentemente
- Claro que amo! -- Respondi confuso pela sua pergunta.
- Então promete que nunca vai me deixar... nem eu, nem a mamãe - Disse enquanto levantava o seu dedo mindinho
Senti meu coração se apertar sob seu olhar esperançoso e suas palavras genuínas.
-Eu prometo - Cruzei meu dedo com o dela.
Um sorriso inundou seu rosto, dando ênfase em suas bochechas rosadas, fazendo-a parecer mais feliz do que antes.
Nos conduzi até a sorveteria mais próxima e pedi dois sorvetes de morango. Meu braço já doía de segura-la por todo esse tempo, mas não tinha coragem de a soltar, ainda mais quando pensava no que poderia estar acontecendo em casa. Preocupações rodando em minha cabeça.
Peguei os sorvetes e sentei-nos na mesa, seu pequeno rosto estava muito pensativo para uma menina de cinco anos, mas estava com medo de a perguntar o porquê de estar assim.
- Dylan? - sua voz fina puxou-me para fora de meus pensamentos.
Balancei a cabeça indicando para que continuasse.
- Você já tem sua princesa?
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OI GENTE!!!!! TUDO BEM?
PRIMEIRAMENTE, MIL DESCULPAS PELA DEMORA!!!! ESPERO QUE NÃO TENHAM ME ABANDONADO
SEGUNDO, SEI QUE FICOU UM POUCO CURTO MAS NÃO QUERIA ESCREVER TUDO DE UMA VEZ.
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, TENTEI DEIXAR CERTAS PARTES NO SUSPENSE PARA IR DESENVOLVENDO COM O PASSAR DO TEMPO.
O QUE ACHARAM DA MELANIE?
MUITO OBRIGADA A TODOS QUE ESTÃO LENDO E CURTINDO!
AMO VOCÊS S2S2
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A Natureza do Amor
Teen FictionEle me mostrou a felicidade, ele me mostrou a beleza, ele me mostrou as imperfeições e as virtudes, ele me mostrou o amor... O que eu mostrei a ele? A Lua, o Sol e a Praia. "Benditos aqueles que não lêem os jornais, pois verão a Natureza, e através...