Capítulo 7 °

15.6K 1.4K 293
                                    

°° Breeze °°

Estava ouvindo o Dimitri conversar, e comecei a me sentir mal ao descobrir o motivo de seu jeito. Ele viu minha irmã, por isso se tornou esse ser ruim, me sinto culpada. Só que a voz feminina que soou em seguida me fez tremer de pavor, e precisei nadar rápido para ver a quem pertencia.

Não acreditei quando vi a mulher ao qual papai sempre nos contou histórias, e mostrou ilustrações. A única diferença é que ela agora tem pernas, ao invés de uma cauda roxa. Sempre fomos alertadas sobre o quão ruim ela é e que deveríamos ficar longes.

— Maldita, é ainda mais bonita que a mãe. — Diz baixinho, mas posso escutar.

— O que você falou? — Dimitri pergunta se aproximando e ela sorri falsamente.

Essa mulher é uma bruxa do mar, das mais cruéis que tentaram nos destruir. Tentou matar minha mãe muitos anos atrás, por ciúmes, pois meu pai não escolheu ela e sim sua inimiga. Achamos que ela estava morta, que havia se matado, pois nunca mais foi vista, mas esse tempo todo ela estava aqui entre os humanos vivendo livremente.

— Não falei nada, amorzinho. — Diz se virando para ele e apoiando em seu peito.

— Agora que você já viu a sereia, pode ir embora. Esse foi o trato. — Expulsa a mulher, e me sinto feliz por isso, mas o semblante da bruxa se aproxima de tristeza.

— Vamos sair, preciso pagar seu jantar por essa conquista. — Ele pensa um pouco, como se isso fosse algo que pudesse o convencer.

— Tá bom, você conhece os melhores restaurantes e tem truques para entrar. Aceito! — Fala e ela sorri, logo Tony aparece na sala com outra roupa. — Vamos, Tony. Hoje o jantar é por conta da Tassála, não é? — Ela dá um sorriso forçado, mas consigo perceber.

— Tô dentro, comer é comigo mesmo. Ainda mais de graça. — Tony responde e o amigo sorri satisfeito.

Não consigo focar em mais nada, apenas em como o rosto do Dimitri fica harmonioso quando sorri, se ele soubesse como fica bonito assim, faria isso mais vezes.

Logo os três saem da sala, mas antes Tassála me olha sem que eles percebam e sussurra um 'Vou acabar com sua vida'. Acho que devo me preocupar com ela, tentou com minha mãe e agora, comigo presa, fico vulnerável e se permanecer assim, ela com certeza conseguirá.

Preciso arrumar um jeito de fugir logo. Que tipo de coincidência é essa? Não consigo entender, parece até algo predestinado.

Estou com bastante fome e ouvir eles falando sobre isso, apenas aumentou mais. Escuto o barulho de ranger as portas e sigo até o som, Jhony está entrando com um balde bem grande na mão e sorri, vou até a superfície.

— Surpresa.

— O que tem ai? — Pergunto curiosa.

— Ostras fresquinhas, acabaram de sair do mar. — Meus olhos brilham. — Foi um custo, mas consegui.

— Minha comida preferida!

— Posso jogar no aquário? — Pergunta e assinto, logo ele o faz, jogando muitas ostras dentro, pego uma e logo abro, que fome.

Como uma certa quantidade, enquanto Jhony foi pegar o equipamento de proteção para limpar o aquário, pois antes não conseguiu.

— Obrigada, Jhony. — Falo assim que ele volta.

— De nada, agora faremos o mesmo esquema de ontem, você fica aqui fora e eu limpo lá dentro. — Assinto bem satisfeita e feliz. — Dimitri saiu, isso vai nos ajudar e evitar estresses. — Concordo.

Breeze - Uma sereia em minha vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora